III Troféu Ás de Espadas

Desta vez, foram 12 votantes - embora a foto acima não mostre cinco deles. Paradoxalmente, houve muito mais empates que em edições anteriores, mesmo com menor quórum. Houve lembranças de todas as partes, e prêmios (para o bem e o mal) para todo mundo.

Time do ano: disputa equilibrada. Depois de empatar com três votos no primeiro turno, o Flamengo campeão brasileiro superou o Barcelona por 3 a 1 no segundo turno. Para quem ganhou com mais de 70% o Fiasco de 2008, nada mal. Também foram lembrados Corinthians, Estudiantes, Cruzeiro e LDU.

Seleção do ano: a única unanimidade da mesa foi o Brasil de Dunga e Jorginho, que ganhou a Copa das Confederações, liderou as Eliminatórias e chegou na Copa do Mundo com três rodadas de antecedência.

Jogador do ano: com quase metade dos votos (5), Verón, capitão e líder técnico do Estudiantes campeão da América levou o troféu. Nilmar, Adriano, Ronaldo, Messi e Petkovic também receberam menções.

Jogo do ano: eleição das mais equilibradas, que pode evidenciar o fato de termos tido vários grandes jogos ou nenhum jogaço inesquecível na temporada. Depende do ponto de vista. A final da Libertadores, Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes, recebeu 3 votos e levou o troféu, que pela terceira vez é de partida da maior competição do continente. A única vitória do Grêmio fora no Brasileirão, 2 a 0 contra o Náutico, recebeu 2 votos. Outras sete partidas ganharam 1 voto.

Lance do ano: vinheta de abertura de vários programas esportivos, o gol de Nilmar, no qual ele dribla meio time do Corinthians, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, ganhou fácil, com 5 votos. O gol de Diego Souza do meio-campo contra o Atlético-MG ganhou dois votos, bem como a mão de Henry em França x Irlanda. Também foram lembrados, com 1 voto cada, o gol do Paraná contra o Ceará marcado com a mão, o gol de Palermo de cabeça quase do meio-campo em Boca x Vélez e a voadora de Adílson Batista em placas de publicidade do Mineirão.

Fiasco do ano: outra eleição disputadíssima. Houve empate quádruplo de dois votos entre as reprovações de Leonardo Gaciba em testes físicos, os maus resultados do Grêmio de Paulo Autuori, a derrocada do Palmeiras de líder para fora do G-4 e D'Alessandro, tanto com seu desempenho no ano como sua "atuação" (no sentido de ator, mesmo) na final da Copa do Brasil. No desempate, deu Palmeiras.

Chatice do ano: a novela para contratar Maxi López sequer foi lembrada, certamente pelo fato de o jogador ter viajado de carro de Buenos Aires a Porto Alegre, o que o fez ganhar o respeito de todos. Com isso, vitória fácil da espera por Paulo Autuori, seis votos, que fez gremistas secarem o Al-Rayyan pela internet para terem seu treinador por perto o quanto antes. A semana de discussão se o Grêmio entregaria ou não para o Flamengo ser campeão, no intuito de prejudicar o Internacional, levou 3 votos.

Budum do ano: ainda recente e viva na memória de todos, a pancadaria no Couto Pereira, ocorrida no domingo retrasado, levou cinco votos. As trapalhadas da Conmebol no trato com os clubes mexicanos na Libertadores, devido à gripe suína, receberam dois votos, bem como os sopapos em pleno campo do Olímpico entre os palmeirenses Maurício e Obina no intervalo do jogo.

Migué do ano: contratado como multicampeão, Paulo Autuori chegou falando em conceitos e em aceitar ganhar no Grêmio menos que nas Arábias, em nome de um projeto e de voltar a competir no futebol em alto nível. Além da campanha pífia, saiu para o mesmo clube do qual veio. Levou quatro votos. Taison passou perto, ganhou 3.

Fato do ano: o fim da hegemonia paulista no Brasileiro após a conquista do Flamengo recebeu quatro votos, contra dois do Brasileirão maluco e que contou com quatro candidatos ao título na última rodada. Receberam 1 voto Maradona como técnico da Argentina, a comemoração da torcida colorada no Beira-Rio pelo gol do gremista Roberson, Verón levantando a Taça da Libertadores, as recuperações de Adriano e Ronaldo e o 11 a 0 aplicado pelo Viana sobre o Chapadinha, pela Segundona Maranhense.