A fórmula do Gauchão 2010

A fórmula do Campeonato Gaúcho de 2010 repetirá um erro básico ocorrido neste ano: quatro clubes passam de fase por grupo em cada turno. Mais uma vez, teremos turnos que servirão apenas para encher os calendários da Dupla Gre-Nal, prováveis confusões de datas, jogos para mais e baixa competitividade dentro das chaves nas fases iniciais. Melhor seria se dois dos oito passassem. Aumentaria o nível de disputa e diminuiria o número de jogos (o Grêmio, neste ano, chegou a fazer três jogos em quatro dias e jogar outra vez com 48 horas de intervalo de um jogo para outro, por causa da coincidência com a Libertadores).

De resto, tudo igual: o campeão de cada turno faz a final, e se um time ganhar os dois turnos sai campeão antecipado. Jogos entre os times de grupos diferentes na Taça Fernando Carvalho (1º turno), e dentro dos grupos na Taça Fábio Koff (2º turno). Talvez os nomes das taças pudessem ser alterados, mas isso é detalhe.

Para compensar 2009, o Gre-Nal será disputado novamente em Erechim, desta vez com mando do Internacional. Novamente teremos um clássico em fevereiro, cedo demais.

As chaves ficaram assim:
Chave 1: Grêmio, Juventude, Ypiranga, Porto Alegre, Inter/SM, Novo Hamburgo, Esportivo e Avenida.

Chave 2: Internacional, Caxias, Pelotas, Santa Cruz, São José, São Luiz, Veranópolis e Ulbra.

Tabela equilibrada em termos de viagens e forças, aparentemente. Agora é esperar a definição dos jogos e torcer para que alguns absurdos cometidos nos últimos anos não se repitam.

Comentários

Lourenço disse…
Exato, essa fórmula é muito ruim, o Grenal é muito cedo.
Prestes disse…
Palhaçada esses nomeas das taças!
Vicente Fonseca disse…
Eu sempre achei que Gauchão tem de ter ao menos uma edição de cada clássico, e por isso sou contra fórmulas que não preveem ou dificultam a realização de Gre-Nais. Entretanto, esta subvaloriza o Gre-Nal no sentido de que podemos ter até cinco Gre-Nais entre fevereiro e maio. É demais.

No entanto, gostava daquela fórmula de 2005 e 2006, que dividia os 18 times em 3 grupos de 6 equipes, e passavam os oito melhores pra dois quadrangulares, que definiam os finalistas. Dificultava ao máximo os Gre-Nais, mas era interessante e aumentava o nível da disputa. Talvez pudesse ser reabilitada.

O ideal pra mim é fazer que nem no Paulista: pega os 16 times e joga em turno único, todos contra todos, passam os quatro melhores, semifinal e final. Simples assim.
André Kruse disse…
Também não gosto da fórmula. Porcamente copiada do Carioca, sem levar em conta as diferenças (Maracanã campo neutro).

o atrativo do gauchão é visita que a dupla faz ao interior. Isso acaba sendo tolhido na segunda fase. Sem falar que os que nao se classificam ficam 3 rodadas sem jogar.(6 no caso dos dois turnos). Sem falar na possível banalizaçao do clássico (e cedo como o Lourenço falou)

Atualmente temos no máximo 23 datas. Sugiro um campeonato como o Mineiro. Turno único, todos contra todos, 4 primeiros vao para semifinal, mata-mata com ida e volta = 19 datas

Resta saber como serao distribuídos os mando de jogos. Esse ano foi um verdadeiro escandalo.

Duvido muito que o Grêmio enfrente o Porto Alegre no Parque Lami
Vicente Fonseca disse…
Sim, essa fórmula do Mineiro que tu citou é semelhante a que defendo, do Paulista. Diminuiria as datas, forçaria a realização racional dos clássicos e seria mais bem distribuído o número de jogos entre os clubes.

Mas seria massa ver o Grêmio jogar no Parque Lami. dfhdhfsd
Prestes disse…
Acho que essa do turno único é interessante sim. Dá mais consistência ao campeonato.

O blogger me manda um recado do além, dizendo que Yasser AFARAT concorda conosco.
Vicente Fonseca disse…
Nossa mãe. dashdsah

Vale lembrar que esta do turno único foi utilizada em 1991 e 1992, por exemplo. Claro que havia mais espaço no calendário pros estaduais, mas não seria algo inédito.

Uma outra que eu achava interessante é a do octogonal, utilizada em 1993, 2000 e 2001, só que fica inviável pelo número de participantes atual.
Prestes disse…
Eu prefiro o turno único, pq tu dá uma sequencia de 15 jogos todos contra todos e aí os bons trabalhos podem aparecer.

Esse negócio de jogar meia dúzia de jogos e aí metade dos times já classificarem para um mata-mata deixa o campeonato fraco.

O Caxias, por exemplo, jogou dois, três jogos bem e pintou como "bom time". Aí chegou na final e se viu que era uma porcaria, o que aliás reu tinha achado em todos os jogos que vi deles.

Prefiro que cheguem dois times bem azeitadinhos para enfrentar a dupla grenal, e poder se puxar ali em quatro jogos e termos uma grande semifinal com clubes fortes no Interior. Acho que o turno único pode melhorar o nível do campeonato, lá pela oitava rodada podemos começar a ver bons times no Interior, ao menos coletivamente.
Saulo disse…
Parece com o sistema do Rio.
Lourenço disse…
Parece, mas tem três diferenças importantes. Primeiro, no RJ temos o Maracanã, que atenua o fator local na maioria dos casos nos mata-matas de jogo único; segundo, que no RJ temos quatro grandes, de modo que há mais jogos interessantes nos mata-matas. Terceiro, que no RJ só temos semifinal, aqui temos ainda quartas de final. Ou seja, aí no Rio, há sempre grandes jogos decisivos, com várias combinações diferentes. Aqui, só o grenal.

O campeonato tende a, em 50% das vezes, nem ter final, como foi em 2008. No Rio, nem lembro quando isso aconteceu.
Vicente Fonseca disse…
Também prefiro o turno único, por todas as razões que tu citou, Prestes.

E agora que o Lourenço falou eu vou pesquisar qual a última vez que um grande do Rio ganhou a Taça Guanabara e a Rio, garantindo o título antecipado. Não consigo me conter! hshs
Vicente Fonseca disse…
O grande Vasco campeão da América de 1998 foi o último a alcançar tal façanha, Lourenço.
Lourenço disse…
No fim do meu comentário, eu falei que em 2008 não teve final. Corrijo, óbvio, era 2009.

Pois é, 1998. Alguém imagina que em 11 anos Grêmio ou Inter não ganhariam, somados, pelo menos 4 campeonatos por antecipação?
Até onde soube de informações, o Porto Alegre não vai jogar no Lami. o Assis fez acordo com a prefeitura de Cidreira para mandar seus jogos no Sessinzão.
luís felipe disse…
com todo o respeito, acho turno único uma bosta. Em qualquer situação os mandos de campo ficam desequilibrados, dando margem a choros constantes.

melhor forma para o Gauchão, na minha modesta opinião, é aquela que usa o campeonato como classificatório para a Série D. Como não é possível, eu gosto dessa fórmula "carioca". Só não vejo sentido nas quartas-de-final nem nos nomes das taças. Chimangos e maragatos, p.ex.

ninguém vai reclamar do grenal em Erechim esse ano? espero que não.
Vicente Fonseca disse…
É só inverter os mandos dos clássicos no ano seguinte, no caso do turno único. O critério de um time jogar 8 partidas em casa e 7 fora poderia ser definido pela classificação do ano anterior, como no Paulista.

Eu sigo preferindo Gre-Nais na Capital, mas trazer o clássico para Porto Alegre justamente quando o Inter terá o mando seria a federação pedir pra se incomodar.
luís felipe disse…
na prática, Vicente, não funciona assim, e um time sempre acaba "favorecido" na tabela mesmo sabendo que a federação não pode prever as colocações dos times.

outra coisa, por esse critério, o Inter poderia dar a sorte de jogar três partidas na RMPA (ex-Ulbra, Porto Alegre e São José) enquanto o Grêmio poderia jogar em Erechim, Pelotas e sei lá, BARRA DO QUARAÍ.

imagina a briga se o Grêmio está na Libertadores e cada minuto de viagem conta na preparação.

sei lá, não gosto de turno único. Acho bem desequilibrado e especialmente, acho chato.
Vicente Fonseca disse…
Desde que não se cogite a fórmula INTERMINÁVEL de 1994, todos estamos no lucro.

hsdhssd

Mas sério, acho que todas as fórmulas têm lá seus problemas. A do turno único me parece a que tem menos defeitos. Essa Carioca eu defendia até ser colocada na prática, com esta aberração de quatro classificados por grupo.
natusch disse…
Também acho a formula do turno único muito mais justa e interessante. Do jeito que está, é um torneiozinho bem meia-boca, falando sério. Mas o ideal MESMO seria reformular TODO o campeonato, de modo não tivesse Série B e começasse, sei lá, em maio, com os clubes menores. Aí sim ia ficar legal...
Lourenço disse…
Campeonato sem rebaixamento é inviável; o fato de o time ter que jogar, no ano seguinte, a fase preliminar seria até um atrativo para alguns clubes do interior cujo maior medo é não ter jogo para fazer.

O estadual é o campeonato mais difícil do mundo de se idealizar.
Joel disse…
Os nomes poderiam ser "Taça José Asmuz" e "Taça Rafael Bandeira dos Santos" ou Taça Pedro Paulo Zachia" e "Taça Flavio Obino" para combinar com esse regulamento sem nexo.
Vicente Fonseca disse…
De minha parte, apoiado!
Chico disse…
Mais uma bosta de campeonato! Imitar a fórmula carioca é uma vergonha.
Sancho disse…
Lourenço,

Segue a idealização, pois.

I. O Estadual deveria ocorrer entre maio e dezembro (no lugar da famigerada Copa FGF), em turno-e-returno (30 datas): valendo 3 vagas à Série D do ano seguinte; e rebaixando 4 à Segundona.

II. Concomitantemente a ela, uma Copa, em "mata", jogo único, com os clubes das Séries A, B e Estadual amador; valendo vaga na Copa do Brasil e na Recopa Gaúcha ao Campeão).

III. Entre fevereiro e abril, teríamos Torneio Especiais, com 16 clubes: duas Ligas, com 8 clubes; e uma Copa com 16.

IV. A Copa, apenas em "mata" (4 datas), jogo único. Enfrentamentos e mandos seriam definidos por sorteio; valendo vaga à Copa do Brasil e à Recopa Gaúcha ao campeão.

V. As Ligas seriam montadas pelo desempenho no calendário nacional (séries A, B e C) e, para aquelas abaixo da C, no Estadual(exemplo de 2009: Liga 1 - SCI, Grêmio, Juventude, Brasil, Caxias, Ypiranga, Veranópolis e Santa Cruz; Liga 2 - Universidade, Avenida, São José, ECI, NHFC, São Luiz, Esportivo e PAFC).

VI. As ligas seriam disputadas em turno único, mais uma rodada de clássico (teríamos DOIS Grê-Nal, p.e.) - 8 datas.

VII. Não haveria empates. Prorrogação e pênaltis, se necessário.

VIII. Quem tivesse mais vitórias seria campeão.

IX. Os campeões das ligas disputariam a SuperCopa Estadual.

X. O Campeão da Liga 1 teria vaga na Copa do Brasil.

XI. A Recopa Gaúcha seria antes das ligas, em jogo único.

XII. A SuperCopa, depois, também em jogo único.

XIII. Onde há 23 datas, entre fevereiro e abril, se utilizaria 12.

Eis a minha loucura!

Um abraço.
Vicente Fonseca disse…
Recopa Gaúcha e Supercopa é fantástico!
Vicente Fonseca disse…
Bueno, pros que sentem saudade das copas regionais, recomendo Grêmio x Avaí. Gostinho inconfundível de Sul-Minas.
Sancho disse…
Errata:

XIII. Onde há 23 datas, entre fevereiro e abril, se utilizaria 14.
Samir disse…
Eu acho que essa fórmula ficaria até bem aceitável não fosse as quartas de final. Duas datas fariam uma diferença imensa.

Na real acho que nenhuma fórmula vai ser capaz de tornar o gauchão atrativo. É um torneio deplorável com equipes ruins e quebradas. Como nunca vai acabar, e tb nunca vai melhorar o nível das equipes, deixa assim como está, mas tire as quartas. Melhora bastante!
natusch disse…
Não seria absurdo não ter rebaixamento se a competição fosse extensa e começasse com zonais - uma ideia que eu venho defendendo faz um tempinho já. Nesse sentido, inclusive, eu e o Batatinha concordamos bastante. Faz torneios regionalizados no começo da competição, com as equipes menores, e através deles define vagas para a competição maior, que vai dar vaga para o gauchão "quente" do início do ano seguinte. Num contexto menor, o rebaixamento é desnecessário, e estimular a competitividade regional faria os clubes menores se enfrentarem em torneios que valem título e chance de flauta nos vizinhos. Rebaixamento, se houver, é na competição maior, na qual os piores classificados jogariam essas séries regionais ou algo assim. Uma hora dessas elaboro melhor a ideia toda, que jamais será posta em prática mas que eu seguidamente fico elaborando =P
Sancho disse…
Conseguiste imaginar, Vicente?!
Vicente Fonseca disse…
Pois é, Natusch, essa das zonais eu também já defendi muitas vezes, mas desisti porque o Gauchão parou de ocupar metade do calendário do ano como antigamente.

Bah, Sancho, sensacional imaginar um LAJEADENSE X GLÓRIA na Recopa Gaúcha. dfsjdd
Sancho disse…
O Gauchão em zonais nada seria do que voltar às suas origens, abandonada em 1961.

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Sempre achei que o Brasileirão deveria ser em zonais.

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Tu ris, mas para que um Lajeadense-Glória fosse a Recopa, significaria que os dois teriam sido campeões das Copas e disputariam a Copa do Brasil desse ano. Que tal a insanidade que não haveria em Lajeado e Vacaria?

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Abraço.
Vicente Fonseca disse…
E isso de zonais revitalizaria clássicos históricos, como o Ba-Guá, o Bra-Pel e Rio-Nal, por exemplo.