O líder abre vantagem
Uma vitória de líder, de quem quer o título brasileiro. Foi o que obteve o Palmeiras nesta noite. A equipe de Muricy Ramalho jamais chegou a jogar bem, até pelas circunstâncias que o jogo desenvolveu. Mas foi efetiva ao extremo, teve sorte, competência, raça e sangue frio para virar um resultado adverso diante do Cruzeiro no Mineirão e segurá-lo com um homem a menos por mais de 40 minutos.
O Palmeiras pode não ser brilhante, mas é muito bem arrumado. Possui bons jogadores em quase todas as posições e sabe exatamente como proceder para conseguir o que quer. O jogo deu uma falsa impressão de equilíbrio no começo. Thiago Ribeiro aproveitou um raro vacilo da zaga para abrir o placar logo aos 7 minutos. Aí veio a falta sofrida por Vágner Love, dois minutos depois. Diego Souza bateu maravilhosamente bem, com uma curva que lembrou Itaqui.
Nos minutos seguintes, o jogo era marcado por um Cruzeiro que pressionava e criava chances, contra um Palmeiras rápido para contra-golpear, principalmente através das ótimas arrancadas de Cleiton Xavier. Adílson corrigiu o problema adiantando a zaga e isolando Robert. Vágner Love era obrigado a buscar a bola muito longe do gol e os volantes cruzeirenses anularam os meias palmeirenses. Jogando pelos lados do campo, o time de casa dominou a segunda metade do primeiro tempo, podendo até ter saído em vantagem para o intervalo.
Muricy voltou num 3-6-1 visando dar liberdade aos dois homens de criação e deixar Vágner Love próximo ao gol adversário. Deu muito certo. Cleiton Xavier achou o centroavante livre de marcação, e ele parou dentro do gol de Fábio em contra-golpe de rara qualidade de execução. Marquinhos Paraná, fora de campo no momento da virada por conta de uma contusão na cabeça, foi justamente aquele espaço livre para o ingresso de Love. Detalhe que fez a diferença.
Armero foi expulso aos 8 minutos, o que obrigou o time de Muricy a armar um ferrolho. Na base do heroísmo, o Palmeiras suportou o Cruzeiro como pôde, abdicando de atacar. Jonathan e Guerrón entraram para explorar as fragilidades do lado esquerdo defensivo paulista, já que Armero fora expulso. Mas Souza, deslocado para o lado do campo, foi de abnegado esforço. Kléber saiu vaiado aos 30 para o ingresso de Wellington Paulista, que pouca diferença fez no andamento do jogo. O Gladiador teve atuação interessada, mas não brilhou. Não fez os gols que prometeu e ainda viu seu time perder o jogo. Será duro suportar a corneta nos próximos dias. O Cruzeiro fica a 10 pontos do G-4 e só um milagre o fará disputar a próxima edição da Libertadores.
O Palmeiras mostra força. Num campeonato que parecia completamente aberto, venceu com autoridade de líder, um líder que está na ponta há quase dois meses. Não que a disputa pelo título esteja definida, pelo contrário. Mas a equipe de Muricy demonstrou que está mobilizada e sai de Belo Horizonte afirmando que, sim, há um líder neste Brasileirão maluco - e não será fácil destroná-lo. Vitórias como a de hoje fazem toda a diferença numa disputa parelha e que exige resultados difíceis de alcançar como a do título.
Campeonato Brasileiro 2009 - 25ª rodada
23/setembro/2009
CRUZEIRO 1 x PALMEIRAS 2
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Evandro Roman (PR)
Público: 26.282
Renda: R$ 574.365,00
Gols: Thiago Ribeiro 7 e Diego Souza 9 do 1º; Vágner Love 4 do 2º
Cartão amarelo: Henrique, Gilberto, Marcos, Jumar e Cleiton Xavier
Expulsão: Armero 8 do 2º
CRUZEIRO: Fábio (4,5), Elicarlos (5) (Guerrón, 13 do 2º - 5), Leonardo Silva (5,5), Gil (5) e Diego Renan (5,5); Fabrício (6) (Jonathan, 7 do 2º - 5), Marquinhos Paraná (5,5), Henrique (5,5) e Gilberto (6); Kléber (5,5) (Wellington Paulista, 30 do 2º - 5) e Thiago Ribeiro (6). Técnico: Adílson Batista (5,5)
PALMEIRAS: Marcos (7), Wendel (5) (Figueroa, 18 do 2º - 5,5), Maurício Ramos (6), Marcão (6) e Armero (4); Jumar (5), Souza (6,5), Cleiton Xavier (7) e Diego Souza (7); Robert (4) (Maurício, intervalo - 6) e Vágner Love (7) (Willians, 28 do 2º - 5,5). Técnico: Muricy Ramalho (6)
Foto: Fábio não alcança a patada de Diego Souza (Carlos Roberto/Hoje Em Dia/Futura Press).
O Palmeiras pode não ser brilhante, mas é muito bem arrumado. Possui bons jogadores em quase todas as posições e sabe exatamente como proceder para conseguir o que quer. O jogo deu uma falsa impressão de equilíbrio no começo. Thiago Ribeiro aproveitou um raro vacilo da zaga para abrir o placar logo aos 7 minutos. Aí veio a falta sofrida por Vágner Love, dois minutos depois. Diego Souza bateu maravilhosamente bem, com uma curva que lembrou Itaqui.
Nos minutos seguintes, o jogo era marcado por um Cruzeiro que pressionava e criava chances, contra um Palmeiras rápido para contra-golpear, principalmente através das ótimas arrancadas de Cleiton Xavier. Adílson corrigiu o problema adiantando a zaga e isolando Robert. Vágner Love era obrigado a buscar a bola muito longe do gol e os volantes cruzeirenses anularam os meias palmeirenses. Jogando pelos lados do campo, o time de casa dominou a segunda metade do primeiro tempo, podendo até ter saído em vantagem para o intervalo.
Muricy voltou num 3-6-1 visando dar liberdade aos dois homens de criação e deixar Vágner Love próximo ao gol adversário. Deu muito certo. Cleiton Xavier achou o centroavante livre de marcação, e ele parou dentro do gol de Fábio em contra-golpe de rara qualidade de execução. Marquinhos Paraná, fora de campo no momento da virada por conta de uma contusão na cabeça, foi justamente aquele espaço livre para o ingresso de Love. Detalhe que fez a diferença.
Armero foi expulso aos 8 minutos, o que obrigou o time de Muricy a armar um ferrolho. Na base do heroísmo, o Palmeiras suportou o Cruzeiro como pôde, abdicando de atacar. Jonathan e Guerrón entraram para explorar as fragilidades do lado esquerdo defensivo paulista, já que Armero fora expulso. Mas Souza, deslocado para o lado do campo, foi de abnegado esforço. Kléber saiu vaiado aos 30 para o ingresso de Wellington Paulista, que pouca diferença fez no andamento do jogo. O Gladiador teve atuação interessada, mas não brilhou. Não fez os gols que prometeu e ainda viu seu time perder o jogo. Será duro suportar a corneta nos próximos dias. O Cruzeiro fica a 10 pontos do G-4 e só um milagre o fará disputar a próxima edição da Libertadores.
O Palmeiras mostra força. Num campeonato que parecia completamente aberto, venceu com autoridade de líder, um líder que está na ponta há quase dois meses. Não que a disputa pelo título esteja definida, pelo contrário. Mas a equipe de Muricy demonstrou que está mobilizada e sai de Belo Horizonte afirmando que, sim, há um líder neste Brasileirão maluco - e não será fácil destroná-lo. Vitórias como a de hoje fazem toda a diferença numa disputa parelha e que exige resultados difíceis de alcançar como a do título.
Campeonato Brasileiro 2009 - 25ª rodada
23/setembro/2009
CRUZEIRO 1 x PALMEIRAS 2
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Evandro Roman (PR)
Público: 26.282
Renda: R$ 574.365,00
Gols: Thiago Ribeiro 7 e Diego Souza 9 do 1º; Vágner Love 4 do 2º
Cartão amarelo: Henrique, Gilberto, Marcos, Jumar e Cleiton Xavier
Expulsão: Armero 8 do 2º
CRUZEIRO: Fábio (4,5), Elicarlos (5) (Guerrón, 13 do 2º - 5), Leonardo Silva (5,5), Gil (5) e Diego Renan (5,5); Fabrício (6) (Jonathan, 7 do 2º - 5), Marquinhos Paraná (5,5), Henrique (5,5) e Gilberto (6); Kléber (5,5) (Wellington Paulista, 30 do 2º - 5) e Thiago Ribeiro (6). Técnico: Adílson Batista (5,5)
PALMEIRAS: Marcos (7), Wendel (5) (Figueroa, 18 do 2º - 5,5), Maurício Ramos (6), Marcão (6) e Armero (4); Jumar (5), Souza (6,5), Cleiton Xavier (7) e Diego Souza (7); Robert (4) (Maurício, intervalo - 6) e Vágner Love (7) (Willians, 28 do 2º - 5,5). Técnico: Muricy Ramalho (6)
Foto: Fábio não alcança a patada de Diego Souza (Carlos Roberto/Hoje Em Dia/Futura Press).
Comentários
É difícil marcarem pênalti contra os times paulistas vou te dizer!
Mas isso não muda o q eu disse. Pelo contrário, por isso o Inter tem q ter ainda mais cuidado com pênaltis e expulsões.
Se tu pegares aquela lista de pênaltis que o Inter cometeu, os únicos pênaltis de cartilha são o do Guinazu contra o Cruzeiro e o do Glaydson contra o Flamengo. Os outros achei a marcação justa - exceção o do Avaí que não houve nada - como tb acharia normal não serem marcados.
Mas não falo de complô, nada parecido. O fato é que o árbitro entra em campo sabendo da repercussão maior que têm determinados clubes. É um problema insolúvel por si só. Só se resolveria com uma mídia mais nacional de fato, o que não deve acontecer tão cedo.
Por ora, tu tem q aguentar o Alberto Helena dizer q o Diego Souza não merece ser expulso por que joga bem, não tem jeito.
Vieram jogar no Beira-Rio e puxavam a camisa descaradamente em todos os cruzamentos.