Ficou para o Chile
Quando escrevi um post analisando a equipe do Universidad de Chile reiterei a necessidade de o Internacional jogar com os titulares para seguir em frente no duelo. No último Carta Na Mesa, Lourenço Fonseca opinou que, por circunstância da disputa do título brasileiro, os reservas poderiam dar melhor resposta, por maior motivação na competição que fica em segundo plano.
As duas teses mostraram um fundo de razão na partida de ontem. La U mostrou qualidade técnica suficiente para acreditarmos que bateria os suplentes colorados, com destaque para Contreras, Iturra e, especialmente, Montillo. Por outro lado, houve no primeiro tempo sinais de que os titulares colorados não davam o máximo de si. Faltava capricho nas jogadas. O fato de Edu ser o mais empenhado também ajuda a sustentar esta opinião.
Alguns erros, porém, eram os mesmo do campeonato ao qual o Internacional dá prioridade. O bom toque de bola que não gera chances de gol, desatenção na defesa. Como no gol dos chilenos, no qual faltou cobertura à saída de Fabiano Eller pela esquerda.
A entrada de Andrézinho no lugar de Danilo melhorou a equipe e desfez o 3-5-2 que Tite testava. Não necessariamente a mudança se deveu ao esquema tático. Sempre que entra um jogador da qualidade de Andrézinho no lugar de um com a ruindade de Danilo, a tendência é melhorar a equipe.
Mas talvez um dos problemas do 3-5-2 desta partida tenha sido que Dalessandro não guarda posição no meio, gosta de se deslocar por todo o campo. Neste ponto, Andrézinho parece ser o jogador mais talhado para esta função.
No segundo tempo novamente a equipe de Tite voltou pior do intervalo, vai entender. Mas com a entrada de um Taison mordido deu muita dinâmica à equipe, o toque de bola passou a ser mais agudo e a abrir a zaga chilena.
Aí foi válida a comparação feita por Maurício Saraiva entre o jogo de ontem e aquele do Grêmio contra La U no Olímpico. É óbvio que não foi perto do bombardeio surreal praticado pelos tricolores na Libertadores, mas o Internacional criou diversas chances que paravam em Miguel Pinto, na trave ou iam para fora.
O gol merecido saiu de uma boa triangulação com Kléber chegando à frente, o que não acontecera nas últimas duas partidas coloradas. O Internacional seguiu tentando mas foi perdendo fôlego. Empate justo, pela aplicação tática dos Chunchos e pela determinação dos brasileiros no segundo tempo.
Dá pra ganhar no Chile, como fizeram Grêmio e Cruzeiro. Acho que devem ir os titulares. O torcedor colorado e o clube gostam dessa competição, desde antes de conquistá-la. Foi nela que começamos a sentir novamente o gostinho dos duelos internacionais após o ocaso dos anos 90. O Inter tem que dar o máximo.
Copa Sul-americana 2009 – Oitavas-de-final
23/setembro/2009
INTERNACIONAL 1 X UNIVERSIDAD DE CHILE 1
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Sergio Pezzota (ARG)
Público: 6.031
Renda: R$ 68.940,00
Gols: Montillo 23 do 1º; Kléber 31 do 2º.
Cartão amarelo: Olarra, Arias, Alecsandro Edu
INTERNACIONAL: Lauro (6); Bolívar (5,5), Índio (5,5) e Fabiano Eller (5); Danilo Silva (5) (Andrézinho, 37 do 1º - 6,5), Sandro (6,5), Guiñazu (5,5), Dalessandro (6) (Marquinhos, 36 do 2º - 5) e Kléber (6); Edu (7) e Alecsandro (5) (Taison, 10 do 2º - 6,5). Técnico: Tite (6)
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto (7), González (5,5), Victorino (5,5), Olarra (6) e Arias (6,5); Contreras (7), Seymour (6,5) (Diaz, 22 do 2º - 6), Rojas (5,5), Iturra (6,5) e Montillo (7) (Nelson Pinto 46 do 2º - sem nota); Gomez (6) (Villalobos, 33 do 2º - 5,5) Técnico: Basualdo (7)
As duas teses mostraram um fundo de razão na partida de ontem. La U mostrou qualidade técnica suficiente para acreditarmos que bateria os suplentes colorados, com destaque para Contreras, Iturra e, especialmente, Montillo. Por outro lado, houve no primeiro tempo sinais de que os titulares colorados não davam o máximo de si. Faltava capricho nas jogadas. O fato de Edu ser o mais empenhado também ajuda a sustentar esta opinião.
Alguns erros, porém, eram os mesmo do campeonato ao qual o Internacional dá prioridade. O bom toque de bola que não gera chances de gol, desatenção na defesa. Como no gol dos chilenos, no qual faltou cobertura à saída de Fabiano Eller pela esquerda.
A entrada de Andrézinho no lugar de Danilo melhorou a equipe e desfez o 3-5-2 que Tite testava. Não necessariamente a mudança se deveu ao esquema tático. Sempre que entra um jogador da qualidade de Andrézinho no lugar de um com a ruindade de Danilo, a tendência é melhorar a equipe.
Mas talvez um dos problemas do 3-5-2 desta partida tenha sido que Dalessandro não guarda posição no meio, gosta de se deslocar por todo o campo. Neste ponto, Andrézinho parece ser o jogador mais talhado para esta função.
No segundo tempo novamente a equipe de Tite voltou pior do intervalo, vai entender. Mas com a entrada de um Taison mordido deu muita dinâmica à equipe, o toque de bola passou a ser mais agudo e a abrir a zaga chilena.
Aí foi válida a comparação feita por Maurício Saraiva entre o jogo de ontem e aquele do Grêmio contra La U no Olímpico. É óbvio que não foi perto do bombardeio surreal praticado pelos tricolores na Libertadores, mas o Internacional criou diversas chances que paravam em Miguel Pinto, na trave ou iam para fora.
O gol merecido saiu de uma boa triangulação com Kléber chegando à frente, o que não acontecera nas últimas duas partidas coloradas. O Internacional seguiu tentando mas foi perdendo fôlego. Empate justo, pela aplicação tática dos Chunchos e pela determinação dos brasileiros no segundo tempo.
Dá pra ganhar no Chile, como fizeram Grêmio e Cruzeiro. Acho que devem ir os titulares. O torcedor colorado e o clube gostam dessa competição, desde antes de conquistá-la. Foi nela que começamos a sentir novamente o gostinho dos duelos internacionais após o ocaso dos anos 90. O Inter tem que dar o máximo.
Copa Sul-americana 2009 – Oitavas-de-final
23/setembro/2009
INTERNACIONAL 1 X UNIVERSIDAD DE CHILE 1
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Sergio Pezzota (ARG)
Público: 6.031
Renda: R$ 68.940,00
Gols: Montillo 23 do 1º; Kléber 31 do 2º.
Cartão amarelo: Olarra, Arias, Alecsandro Edu
INTERNACIONAL: Lauro (6); Bolívar (5,5), Índio (5,5) e Fabiano Eller (5); Danilo Silva (5) (Andrézinho, 37 do 1º - 6,5), Sandro (6,5), Guiñazu (5,5), Dalessandro (6) (Marquinhos, 36 do 2º - 5) e Kléber (6); Edu (7) e Alecsandro (5) (Taison, 10 do 2º - 6,5). Técnico: Tite (6)
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto (7), González (5,5), Victorino (5,5), Olarra (6) e Arias (6,5); Contreras (7), Seymour (6,5) (Diaz, 22 do 2º - 6), Rojas (5,5), Iturra (6,5) e Montillo (7) (Nelson Pinto 46 do 2º - sem nota); Gomez (6) (Villalobos, 33 do 2º - 5,5) Técnico: Basualdo (7)
Comentários
Quando a Universidad jogou contra o Grêmio, muito embora tenha suas limitações, nunca a considerei o timeco que muitos falavam por aí. Em cinco jogos contra grandes brasileiros não venceu nenhum, é verdade, mas nunca foi goleado. Não é uma galinha morta, não.
Estranhou-me o baixo público. Explica-se pela chuva e pelo jogo do domingo que vem, mas achei que, pelo valor que os colorados deram ao título do ano passado, iriam pelo menos umas 12 mil pessoas. Foi só metade disso.
Classificação colorada é viável ainda. Dá para vencer no Chile, desde que a defesa não fure como tem furado.
Acho q quando tu tens um jogo de interesse menor em relação a outro em seguida e ainda chove, complica. Ainda mais com as últimas atuações.
Como disse o Vicente, o cara só é titular no carteiraço mesmo. Andrezinho, hoje, é o titular pra essa posição do meio-campo.
E o Sandro, por quem tava até admirando por ser um baita volante, voltou da Seleção e não jogou mais nada. Subiu o ego pra cabeça do guri, será?