Tudo igual

Foi uma quarta-feira de empates no País. Em gramados nacionais, eles tiveram sua noite de gala tanto pelo Brasileirão quanto pela Copa Sul-Americana. Ainda que as duas competições estejam psicologicamente entrelaçadas, e os resultados de um torneio possam explicar os do outro.

O Fla-Flu foi mesmo com maioria de titulares, exceto pelas estrelas Adriano e Fred, e mais alguns nomes importantes que estão de fora há mais tempo. O empate de 1 a 1 classifica o Fluminense, o que configura um absurdo: o tricolor passou pelo saldo qualificado, sendo que ambos os jogos foram no Maracanã. Na Copa do Brasil, neste tipo de duelo, não há o critério do gol fora. Convém lembrar que na Europa é assim também: em 2003, o Milan eliminou a Inter com dois empates nas semifinais da Liga dos Campeões por conta do gol qualificado, mesmo os dois jogos terem sido em San Siro.

Mas os comandados de Portaluppi nada têm com isso e festejam a vaga e um novo fôlego para tentar escapar da degola no Brasileirão, maior objetivo do clube neste fim de temporada. O detalhe constrangedor foi verificar que o Flamengo, no fim, tinha nove em campo e o Fluminense estava nitidamente com medo de trocar passes, querendo desesperadamente o fim da partida, mesmo com dois homens a mais. Clima de tensão absurda nas Laranjeiras.

Quem vai mal é o Galo de Roth, que ontem só empardou em 1 a 1 com o Goiás no Mineirão e se complicou, também pela Sula, jogo de ida. Iarley foi expulso ainda no primeiro tempo, mas nem assim a vitória veio.

Pelo Brasileirão, Barueri (8º, 33) e Corinthians (7º, 33) empataram em 2 a 2, resultado bom para os gaúchos. Jogo que abriu a 22ª rodada, impede que ambos ultrapassem o Inter e dá a chance ao Grêmio de subir a posição dos dois na tabela com vitória sobre o Botafogo domingo. Destaque para o gol relâmpago do time da casa, outro anulado mal explicado para o Barueri e o tirambaço de Elias, que vem se destacando mesmo em posição mais adiantada neste time desfalcado de Mano Menezes, provando que é ótimo jogador.

Foto: Roni comemora o gol que pôs o Flu nas oitavas da Sul-Americana (Globo Esporte).

Comentários

Lourenço disse…
O saldo qualificado é um critério artificial, e isso apenas fica mais evidente quando os jogos são em mesmo estádio.
Tem, a meu ver, dois objetivos: diminuir a chance de decisão de pênaltis e incentivar o time de fora a jogar mais avançado (ou é o time de casa que joga mais recuado?).
Quando é um estádio só, apenas a decisão por pênaltis é evitada. Inviável falar em "time de fora" atacar mais.
Sendo assim, acho muitos ônus para pouca solução. Não gosto do saldo qualificado quando os jogos são em estádio único.
Prestes disse…
Achei muito mandrake o pênalti que deram pro Goiás.