Problemas de parte a parte
As atuações vacilantes do Liverpool e a vitória emocionante do Manchester United sobre o Arsenal acabaram confirmando que, em princípio, o Chelsea é o principal candidato ao título inglês da temporada. Os tradicionais rivais fizeram um jogo de muitos erros em Old Trafford, longe daquela qualidade que nos acostumamos a ver nos últimos tempos. No fim, o resultado acabou não dizendo exatamente o que foi a partida.
As ausências de Cristiano Ronaldo, Tevez, Fabregas e Adebayor são um impacto que podem explicar a queda de qualidade da partida em relação às últimas temporadas. O primeiro tempo foi fraco e truncado. As poucas jogadas de qualidade respondiam pelo ótimo lateral Evra, do lado do Manchester, e do zagueiro belga Vermaelen, contratação dos gunners junto ao Ajax. Foi um resumo do jogo: as defesas levando vantagem contra ataques pouco inspirados e menos criativos que de costume. Arshavin, que havia errado tudo até então, acertou um daqueles chutes impossíveis que lhe são típicos e pôs o Arsenal à frente, aos 39 minutos. Dez segundos antes, fora derubado clamorosamente por um zagueiro, em pênalti inexplicavelmente não marcado. Foi o lampejo de brilho da etapa inicial.
O Manchester voltou para o segundo tempo sem conseguir se impor como devia. Giggs atrasava as jogadas de ataque com sua lentidão. O equatoriano Valencia, que segundo Ferguson será o homem a tapar o buraco deixado por Cristiano Ronaldo, esteve apagado. Nani e Rooney eram os mais efetivos na frente. Foi o centroavante que sofreu o pênalti que ele próprio cobrou, empatando o jogo aos 13 minutos. Resultado naquele momento incorreto, pois quem jogava melhor era o time de Londres. Vieram cinco minutos de domínio do time da casa até o incrível gol contra de Diaby, aos 19.
Dali em diante o Arsenal se perdeu. O Manchester emplacou três ou quatro contra-golpes de grande perigo. Os gunners só se aproximaram do empate aos 50, nos segundos finais, quando Rooney foi desleixado, perdeu a bola e Eduardo Silva empatou, mas impedimento fora corretamente marcado. Wenger reclamou, foi expulso e tentou ver o jogo de dentro da torcida adversária, para risadas e delírios de todos os presentes.
O Arsenal, para quem havia começado arrasador a temporada, decepcionou. Não vi nada demais no time de Wenger, sempre uma boa equipe, mas sem aquela qualidade a mais para disputar de fato o título. Já Ferguson terá muito trabalho. Com este time que jogou hoje, está alguns passos atrás do Chelsea. A defesa foi o ponto forte. Do meio para a frente, muitos problemas. Cristiano Ronaldo era mais importante do que muitos imaginavam naquela engrenagem vitoriosa dos últimos anos.
Em tempo:
- Sobre o Liverpool: conseguiu boa virada sobre o Bolton, 3 a 2, em jogo muito emocionante e disputado. Mas teve fraca atuação na maior parte do tempo, ainda que a excelente reação amenize. Porém, começou mal o certame. Já o Chelsea encurralou o Burnley desde o início e aplicou só 3 a 0 por piedade alheia.
Campeonato Inglês 2009/10 - 4ª rodada
29/agosto/2009
MANCHESTER UNITED 2 x ARSENAL 1
Local: Old Trafford, Manchester (ING)
Árbitro: Mike Dean
Público: 75.095
Gols: Arshavin 39 do 1º; Rooney (pênalti) 13 e Diaby (contra) 18 do 2º
Cartão amarelo: Evra, Brown, Song, Gallas, Van Persie, Almunia, Eboué e Sagna
MANCHESTER UNITED: Foster (5,5), O'Shea (5), Vidic (5,5), Brown (6) e Evra (7); Carrick (6), Fletcher (5,5), Valencia (4,5) (Park, 18 do 2º - 5,5) e Nani (6); Giggs (5) (Berbatov, 40 do 2º - sem nota) e Rooney (6). Técnico: Alex Ferguson (5,5)
ARSENAL: Almunia (6), Sagna (5,5), Gallas (5,5), Vermaelen (6) e Clichy (4,5); Song (5,5), Denílson (5,5) (Eduardo Silva, 33 do 2º - 5,5) e Diaby (4); Eboué (5) (Bendtner, 25 do 2º - 4,5), Van Persie (5,5) e Arshavin (5,5) (Ramsey, 35 do 2º - 5). Técnico: Arsene Wenger (4,5)
As ausências de Cristiano Ronaldo, Tevez, Fabregas e Adebayor são um impacto que podem explicar a queda de qualidade da partida em relação às últimas temporadas. O primeiro tempo foi fraco e truncado. As poucas jogadas de qualidade respondiam pelo ótimo lateral Evra, do lado do Manchester, e do zagueiro belga Vermaelen, contratação dos gunners junto ao Ajax. Foi um resumo do jogo: as defesas levando vantagem contra ataques pouco inspirados e menos criativos que de costume. Arshavin, que havia errado tudo até então, acertou um daqueles chutes impossíveis que lhe são típicos e pôs o Arsenal à frente, aos 39 minutos. Dez segundos antes, fora derubado clamorosamente por um zagueiro, em pênalti inexplicavelmente não marcado. Foi o lampejo de brilho da etapa inicial.
O Manchester voltou para o segundo tempo sem conseguir se impor como devia. Giggs atrasava as jogadas de ataque com sua lentidão. O equatoriano Valencia, que segundo Ferguson será o homem a tapar o buraco deixado por Cristiano Ronaldo, esteve apagado. Nani e Rooney eram os mais efetivos na frente. Foi o centroavante que sofreu o pênalti que ele próprio cobrou, empatando o jogo aos 13 minutos. Resultado naquele momento incorreto, pois quem jogava melhor era o time de Londres. Vieram cinco minutos de domínio do time da casa até o incrível gol contra de Diaby, aos 19.
Dali em diante o Arsenal se perdeu. O Manchester emplacou três ou quatro contra-golpes de grande perigo. Os gunners só se aproximaram do empate aos 50, nos segundos finais, quando Rooney foi desleixado, perdeu a bola e Eduardo Silva empatou, mas impedimento fora corretamente marcado. Wenger reclamou, foi expulso e tentou ver o jogo de dentro da torcida adversária, para risadas e delírios de todos os presentes.
O Arsenal, para quem havia começado arrasador a temporada, decepcionou. Não vi nada demais no time de Wenger, sempre uma boa equipe, mas sem aquela qualidade a mais para disputar de fato o título. Já Ferguson terá muito trabalho. Com este time que jogou hoje, está alguns passos atrás do Chelsea. A defesa foi o ponto forte. Do meio para a frente, muitos problemas. Cristiano Ronaldo era mais importante do que muitos imaginavam naquela engrenagem vitoriosa dos últimos anos.
Em tempo:
- Sobre o Liverpool: conseguiu boa virada sobre o Bolton, 3 a 2, em jogo muito emocionante e disputado. Mas teve fraca atuação na maior parte do tempo, ainda que a excelente reação amenize. Porém, começou mal o certame. Já o Chelsea encurralou o Burnley desde o início e aplicou só 3 a 0 por piedade alheia.
Campeonato Inglês 2009/10 - 4ª rodada
29/agosto/2009
MANCHESTER UNITED 2 x ARSENAL 1
Local: Old Trafford, Manchester (ING)
Árbitro: Mike Dean
Público: 75.095
Gols: Arshavin 39 do 1º; Rooney (pênalti) 13 e Diaby (contra) 18 do 2º
Cartão amarelo: Evra, Brown, Song, Gallas, Van Persie, Almunia, Eboué e Sagna
MANCHESTER UNITED: Foster (5,5), O'Shea (5), Vidic (5,5), Brown (6) e Evra (7); Carrick (6), Fletcher (5,5), Valencia (4,5) (Park, 18 do 2º - 5,5) e Nani (6); Giggs (5) (Berbatov, 40 do 2º - sem nota) e Rooney (6). Técnico: Alex Ferguson (5,5)
ARSENAL: Almunia (6), Sagna (5,5), Gallas (5,5), Vermaelen (6) e Clichy (4,5); Song (5,5), Denílson (5,5) (Eduardo Silva, 33 do 2º - 5,5) e Diaby (4); Eboué (5) (Bendtner, 25 do 2º - 4,5), Van Persie (5,5) e Arshavin (5,5) (Ramsey, 35 do 2º - 5). Técnico: Arsene Wenger (4,5)
Foto: Rooney comemora o gol de empate diante do Arsenal (Reuters).
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