Na iminência de mudanças

Fernando Carvalho e Vitório Piffero ficaram no Rio de Janeiro após o jogo. Isto só aumenta a hipótese de que o clube procura novo técnico para o lugar de Tite. Ontem, no intervalo, cogitou-se um boicote ao atual técnico, tamanha a ruindade da atuação. O clima, diz quem viu a chegada da delegação no Aeroporto Salgado Filho, é péssimo. É a hora da mexida. Talvez não haja mais como bancar Tite.
Sobre o jogo, aguardo um VT para analisar o que realmente ocorreu. Enquanto isso, aqueles que viram estão mais que convidados a debater. Pelos melhores momentos, imagino um massacre do Botafogo. O 2 a 0 do primeiro tempo parece ter saído barato. No segundo, veio o gol cedo de pênalti, mas os cariocas jogavam melhor. Sofreram o empate, quase veio a virada num lance, mas logo retomaram o domínio e encontraram a vitória. O 3 a 2, aparentemente, foi enganoso. A diferença teria de ser maior.
E segue valendo a conta: 12 pontos nos 4 primeiros jogos. 100% de aproveitamento. E 12 pontos nos 10 jogos seguintes. 40% de aproveitamento, e com Nilmar na maioria dos jogos. Uma queda e tanto de rendimento, que pode resultar na saída do G-5 ainda neste domingo.
Sobre o Botafogo, tem o melhor chutador de longa distância do futebol brasileiro na atualidade. O zagueiro Juninho seria razoável, não fosse um excepcional arrematador de fora da área. André Lima e Victor Simões formarão boa dupla para o restante da temporada. Com Ney Franco, pode escapar das últimas colocações. Já está invicto há cinco jogos.
Curitiba
Quem sobe mesmo é o Avaí. Repete o Internacional do início do Brasileiro: quatro vitórias seguidas, que tiraram o time da lanterna e o colocam no 9º lugar provisoriamente. Parabéns à direção, que não demitiu Silas nos momentos difíceis. Não há nada ganho, óbvio, e nem a campanha será garantidamente boa até o fim do ano. Mas é um bom exemplo a quem manda embora o técnico após os primeiros fracassos.
Foto: Magrão foi um dos criticados pela atuação de ontem no Rio.
Comentários
E com essa informação de que os dirigentes ficaram no Rio, não duvido que estejam cogitando o Parreira...
Sobre o colorado, meu time, realmente falastes bem. Podia ter sido mais.
MAs antes defendia a saída do treinador. Acho que o problema, juntamente com este, de pouca verve de comando, sem autoridade, são os próprios jogadores, muitos que são medalhões bem pagos e que há tempos não rendem.
Sobre chorar ou não, essa arte é registradamente gremista. Um clube (torcida) que afirma perempetoriamente que o Carlos Simon é colorado, mesmo ele tendo apitado 13 clássicos, tendo o Gremio ganho oito destes 13, é no mínimo um indicador de CHORORÔ.
Isso quando não choram pelos outros, como na Libertadores 2006, contra o Nacional do Uruguai.
Ps: Também nao aprovei o circo armado pelo palhaço Carvalho, na final da Copa do Brasil.
Grande abraço.
Mas a essas alturas a pressão pela saída do técnico é inevitável. Evidentemente, todos em um clube tem sua parcela de culpa quando este sucumbe, mas desta vez eu não sei quem tem parcela maior. Já sobraram, e acho que não sem razão, críticas pro Tite, pros jogadores, pro Carvalho e até pro preparador físico (talvez, a "ordem de culpabilidade", decrescente, seja esta).
CULPABILIDADE é excelente, Pedro. Mas não há substitutos pro Tite mesmo. Parreira e Cuca me parecem os melhores tecnicamente, mas não são os mais indicados pra dar uma sacudida no vestiário. Neste caso, Leão é o mais indicado, mas a gente sabe como ele é.