Ares auspiciosos para Muricy

Nem os 570 quilômetros vencidos apenas de ônibus impediram uma atuação sobreana do Palmeiras hoje à tarde. Desde o começo do clássico, os alviverdes se impuseram em Presidente Prudente. Foi o time que mais buscou o resultado, que teve jogadas pelos lados e pelo meia, que teve atuação destacada dos volantes no combate e até armação de jogadas. Os primeiros 15 minutos de jogo foram de pressão palmeirense e Felipe salvando o Corinthians.
A lesão de Ronaldo, aos 18, fez Mano Menezes mudar o esquema para um 4-4-2, com Elias e Jucilei um pouco mais soltos para se juntarem a Douglas, Lulinha e Jorge Henrique, com Moradei cuidando a defesa. O Timão vinha suportando jogar sem seus laterais de antes, mas hoje, sem eles e sem a referência, não aguentou. A dupla de frente não tinha qualquer poder de fogo. Ficava nítido que faltava uma peça entre os pontas e o meia. O Palmeiras se aproveitou bem da situação, seguiu melhor, e abriu o placar com Obina.
Só no final do primeiro tempo houve uma melhora corinthiana. Já sem a obrigação de marcar gol, o Palmeiras recuou e deixou o Corinthians se adonar do meio. O segundo tempo seguiu assim, agora já com Alessandro na lateral-direita. Mas no momento em que os alvinegros eram melhores, veio o pênalti grosseiro de Chicão em Cleiton Xavier. O 2 a 0, com Obina de novo, desnorteou a equipe de Mano Menezes. Logo veio o terceiro, de novo dele, em jogada do próprio centroavante com Cleiton Xavier. O resto do jogo foi um mero cumprimento de formalidade. Alessandro ainda achou tempo de ser expulso, perdendo a cabeça completamente.
O Palmeiras mostra evoluções nítidas daquele time da Libertadores para agora. Sem depender tanto de Keirrison, ganha em conjunto. A defesa se acertou, finalmente, algo impensável na Era Luxemburgo. Maurício Ramos cresceu ao lado de Danilo e com Pierre e Edmílson - talvez a melhor dupla de volantes do País no momento - à frente. Armero solta-se e ajuda a criação, Diego Souza e Cleiton Xavier cada vez mais falam a mesma língua. E Obina parece ter se acertado nos ares do Palestra. Virou o goleador que o Vitória viu um dia, com tosquice, mas oportunismo e colocação.
Campeonato Brasileiro 2009 - 14ª rodada
26/julho/2009
CORINTHIANS 0 x PALMEIRAS 3
Local: Prudentão, Presidente Prudente (SP)
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)
Público: 29.777
Renda: R$ 867.035,00
Gols: Obina 31 do 1º; Obina (pênalti) 15 e 20 do 2º
Cartão amarelo: Diego, Maurício Ramos, Armero, Edmílson, Sandro Silva e Obina
Expulsão: Alessandro 30 do 2º
CORINTHIANS: Felipe (6), Diogo (4) (Alessandro, intervalo - 3,5), Chicão (4), William (4,5) e Diego (4,5) (Marcinho, 24 do 2º - 5); Jucilei (5,5), Elias (5) e Douglas (4,5); Jorge Henrique (4,5), Ronaldo (5) (Moradei, 22 do 1º - 4) e Dentinho (4,5). Técnico: Mano Menezes (4,5)
PALMEIRAS: Marcos (5,5), Wendel (5,5), Maurício Ramos (6), Danilo (6) e Armero (6); Pierre (6,5), Edmílson (6,5), Souza (5,5), Diego Souza (6) e Cleiton Xavier (7); Obina (8,5). Técnico: Jorginho (8)
Foto: Obina e Cleiton Xavier comemoram goleada sobre o maior rival (Gazeta Press)
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