Mi Buenos Aires querido
Se a torcida do Grêmio já tinha motivos para idolatrar Herrera e Maxi López, ganhou mais no início da noite mais longa do ano. Com oportunismo, o centroavante argentino empatou o jogo contra o Goiás no último minuto da partida no Olímpico, tornando até doce o gosto de uma partida decepcionante do time de Paulo Autuori. Antes, Herrera cavou o pênalti responsável pelo primeiro gol gremista na partida, convertido por Tcheco.
Mesmo com apenas quatro desfalques, e portanto não tão descaracterizado assim, o Grêmio entrou na partida claramente com menos concentração. Jogou pensando na Libertadores, para não usar meias palavras. Tanto que, mesmo com uma atuação ruim e problemática, só sofreu dois gols do Goiás em momentos de pura desconcentração. O primeiro gol, de Felipe, foi numa falta batida rápida, sem que ninguém se postasse à frente da bola na hora do cobrança, algo que faz parte do be-a-bá futebolístico. O segundo, de Felipe Menezes, foi uma bobeada infantil de Réver, que estragou o que era uma irrepreensível atuação sua num único lance. Em ambos os gols, a defesa esteve toda desarrumada.
Não fosse isso, mesmo jogando mal, o Grêmio poderia ter vencido o jogo. Verdade que não fez por merecer. A partida foi de domínios alternados entre gaúchos e goianos. O primeiro tempo começou só com o Goiás jogando. O tricolor estava nitidamente noutra rotação, algo fácil de se verificar em jogadores como Adílson e Fábio Santos, que pareciam às vezes não fazer questão de dividir com os adversários. Mas o time se impôs a partir dos 20 minutos, adiantando a marcação por parte dos atacantes. Não chegou a jogar bem nunca, mas tinha o controle das ações. Joílson não conseguiu repetir Souza. Postava-se fincado pela direita, mais como um assistente de Ruy que como de Tcheco. O capitão não cumpriu sua tarefa de criação como devia, mas ao menos colaborou com chutes de longa distância e bolas paradas perigosas.
O segundo tempo começou com o Grêmio tendo Réver de volante, fazendo a função de Adílson, que deixara o campo para a entrada de Rafael Marques. Os gols vieram cedo. O do Goiás veio aos 7, o do Grêmio aos 14, em jogada de muita raça de Herrera - e aí importância de um atacante que se movimenta e acredita sempre. Com ele e Maxi López, a dupla do momento, o tricolor terá muita combatividade e movimentação no ataque. Tcheco bateu como sempre, grande categoria, colocando no canto oposto de onde cai o goleiro. O Grêmio cresceu no jogo, pressionava, e dava a impressão de que a virada era questão de tempo. Maxi entraria para isso. Quando preparava-se para substituir Jonas, veio o erro de Réver, e o 2 a 1 esmeraldino.
O inesperado golpe fez o tricolor se perder de vez em campo. Foram 25 minutos realmente preocupantes, os piores que vi do time no Brasileirão. Tudo desajustado, fora do lugar, jogadores errando passes simples, precipitações de todos os tipos, reclamações transtornadas. Tudo errado. Ao menos o sistema defensivo seguiu firme, especialmente com Léo. Mas Ruy foi absolutamente deplorável, Túlio se perdeu, Tcheco errava passes que não costuma, Jadílson corria do nada para o lugar nenhum. Até que no abafa, na pressão desgovernada, veio Maxi López, o super-herói da noite, que evitou mais uma derrota para a eterna touca da Azenha.
Resultado muito ruim em termos de tabela, pois era noite para vencer e encostar no G-4. O Grêmio segue em sétimo, e pode perder posições amanhã. Para a sequência de jogos decisivos da Libertadores, a tendência é de dificuldades no Brasileiro. Mas a Libertadores, justamente ela, é que parece ter estado nos pensamentos gremistas hoje à tarde. Contra o Cruzeiro, muito mais bola e muito mais atenção serão necessárias.
Em tempo:
- A atuação de Ruy talvez justifique Thiego na quarta-feira. Mesmo sem fazer nada de excepcional, Joílson deve tomar seu lugar ao natural após o término da Libertadores.
Campeonato Brasileiro 2009 - 7ª rodada
20/junho/2009
GRÊMIO 2 x GOIÁS 2
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Público: 16.581
Renda: R$ 230.000,50
Gols: Felipe 7, Tcheco (pênalti) 14, Felipe Menezes 23 e Maxi López 47 do 2º
Cartão amarelo: Réver, Jadílson, Tcheco, Vítor e Iarley
GRÊMIO: Marcelo Grohe (5,5), Ruy (4), Léo (6), Réver (4,5) e Fábio Santos (4,5) (Jadílson, intervalo - 4,5); Túlio (4,5), Adílson (4,5) (Rafael Marques, intervalo - 5), Joílson (5) e Tcheco (6); Jonas (5) (Maxi López, 24 do 2º - 6,5) e Herrera (5,5). Técnico: Paulo Autuori (5)
GOIÁS: Harlei (6,5), João Paulo (6), Ernando (5,5) e Leandro Euzébio (5); Vítor (5,5), Amaral (5), Ramalho (6), Felipe Menezes (6,5) (Zé Carlos, 36 do 2º - sem nota) e Júlio César (6); Iarley (6) e Felipe (7) (Douglas, 41 do 2º - sem nota). Técnico: Hélio dos Anjos (6)
Mesmo com apenas quatro desfalques, e portanto não tão descaracterizado assim, o Grêmio entrou na partida claramente com menos concentração. Jogou pensando na Libertadores, para não usar meias palavras. Tanto que, mesmo com uma atuação ruim e problemática, só sofreu dois gols do Goiás em momentos de pura desconcentração. O primeiro gol, de Felipe, foi numa falta batida rápida, sem que ninguém se postasse à frente da bola na hora do cobrança, algo que faz parte do be-a-bá futebolístico. O segundo, de Felipe Menezes, foi uma bobeada infantil de Réver, que estragou o que era uma irrepreensível atuação sua num único lance. Em ambos os gols, a defesa esteve toda desarrumada.
Não fosse isso, mesmo jogando mal, o Grêmio poderia ter vencido o jogo. Verdade que não fez por merecer. A partida foi de domínios alternados entre gaúchos e goianos. O primeiro tempo começou só com o Goiás jogando. O tricolor estava nitidamente noutra rotação, algo fácil de se verificar em jogadores como Adílson e Fábio Santos, que pareciam às vezes não fazer questão de dividir com os adversários. Mas o time se impôs a partir dos 20 minutos, adiantando a marcação por parte dos atacantes. Não chegou a jogar bem nunca, mas tinha o controle das ações. Joílson não conseguiu repetir Souza. Postava-se fincado pela direita, mais como um assistente de Ruy que como de Tcheco. O capitão não cumpriu sua tarefa de criação como devia, mas ao menos colaborou com chutes de longa distância e bolas paradas perigosas.
O segundo tempo começou com o Grêmio tendo Réver de volante, fazendo a função de Adílson, que deixara o campo para a entrada de Rafael Marques. Os gols vieram cedo. O do Goiás veio aos 7, o do Grêmio aos 14, em jogada de muita raça de Herrera - e aí importância de um atacante que se movimenta e acredita sempre. Com ele e Maxi López, a dupla do momento, o tricolor terá muita combatividade e movimentação no ataque. Tcheco bateu como sempre, grande categoria, colocando no canto oposto de onde cai o goleiro. O Grêmio cresceu no jogo, pressionava, e dava a impressão de que a virada era questão de tempo. Maxi entraria para isso. Quando preparava-se para substituir Jonas, veio o erro de Réver, e o 2 a 1 esmeraldino.
O inesperado golpe fez o tricolor se perder de vez em campo. Foram 25 minutos realmente preocupantes, os piores que vi do time no Brasileirão. Tudo desajustado, fora do lugar, jogadores errando passes simples, precipitações de todos os tipos, reclamações transtornadas. Tudo errado. Ao menos o sistema defensivo seguiu firme, especialmente com Léo. Mas Ruy foi absolutamente deplorável, Túlio se perdeu, Tcheco errava passes que não costuma, Jadílson corria do nada para o lugar nenhum. Até que no abafa, na pressão desgovernada, veio Maxi López, o super-herói da noite, que evitou mais uma derrota para a eterna touca da Azenha.
Resultado muito ruim em termos de tabela, pois era noite para vencer e encostar no G-4. O Grêmio segue em sétimo, e pode perder posições amanhã. Para a sequência de jogos decisivos da Libertadores, a tendência é de dificuldades no Brasileiro. Mas a Libertadores, justamente ela, é que parece ter estado nos pensamentos gremistas hoje à tarde. Contra o Cruzeiro, muito mais bola e muito mais atenção serão necessárias.
Em tempo:
- A atuação de Ruy talvez justifique Thiego na quarta-feira. Mesmo sem fazer nada de excepcional, Joílson deve tomar seu lugar ao natural após o término da Libertadores.
Campeonato Brasileiro 2009 - 7ª rodada
20/junho/2009
GRÊMIO 2 x GOIÁS 2
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Público: 16.581
Renda: R$ 230.000,50
Gols: Felipe 7, Tcheco (pênalti) 14, Felipe Menezes 23 e Maxi López 47 do 2º
Cartão amarelo: Réver, Jadílson, Tcheco, Vítor e Iarley
GRÊMIO: Marcelo Grohe (5,5), Ruy (4), Léo (6), Réver (4,5) e Fábio Santos (4,5) (Jadílson, intervalo - 4,5); Túlio (4,5), Adílson (4,5) (Rafael Marques, intervalo - 5), Joílson (5) e Tcheco (6); Jonas (5) (Maxi López, 24 do 2º - 6,5) e Herrera (5,5). Técnico: Paulo Autuori (5)
GOIÁS: Harlei (6,5), João Paulo (6), Ernando (5,5) e Leandro Euzébio (5); Vítor (5,5), Amaral (5), Ramalho (6), Felipe Menezes (6,5) (Zé Carlos, 36 do 2º - sem nota) e Júlio César (6); Iarley (6) e Felipe (7) (Douglas, 41 do 2º - sem nota). Técnico: Hélio dos Anjos (6)
Comentários
No mais, achei que o Autuori cometeu erros pontuais. Joílson claramente perdido, pois poderia ter ficado mais pela ponta, tabelando com Ruy, mas ficou no meio campo mesmo, onde não sabe jogar. No segundo tempo, com Réver e Joílson, duas improvisações, aí que ficamos sem meio mesmo. Por que não Makelelê, Maylson?
O segundo gol foi uma cagada, mas o primeiro me irritou muito mais. Ficar de costas para a falta, sem parar em frente da bola, não existe.
Quanto ao jogo, dentro da normalidade. Ninguém em sã consciência imaginava um passeio tricolor ontem, e a falta de concentração às vésperas de um jogo absurdamente decisivo na Liber é normal. Para mim, o empate ficou de bom tamanho, e confio num time muito melhor postado e muito mais atento ao jogo na quarta. Venceremos!
De resto, Ramires está virando titular, (agora só falta substituir Gilberto Silva por Lucas), Kaká é sempre Kaká, Maicon tá jogando como joga na Inter (Ramires tem a ver com isso, acho eu), Luis Fabiano é o nosso 9, e o Lucio deixou de ser estabanado, pra virar um dos melhores do mundo na posição.
E a Itália segue precisando de um técnico com menos de 50 anos, de preferência um certo português marrento...
se el continuar jogando ALSIZ, a vida do grêmio no 2 jogo da liber vai ser muito dura...
Eu escalaria Thiego e Herrera na quarta.
Diogo Olivier tá cada dia melhor.
.
É muita sacanagem a Maldição do Centenário começar em Junho...
Gódêmit !!!
O lance é o Victor HYPTIOtizar o Ramires, transformando-o em um ZUMBI.
(excelente VdP)