Onde estão os modos?
Os visitantes de ontem na Libertadores foram daqueles meio mal-educados: entraram sem bater na porta, mesmo sem intimidade já foram logo abrindo a geladeira, sentaram com os pés por sobre a mesma e ainda deram aquele arroto de satisfação ao desgustar o melhor pedaço da carne de ovelha que estava sendo assada.
O Nacional até nem jogou muito bem. Acho que chegou a pedir licença para entrar no Palestra Itália. Não vi o primeiro tempo, mas o que me informam é que o Palmeiras teve enormes dificuldades a ponto de Vanderlei Luxemburgo trocar dois jogadores aos 30 minutos de jogo, incluindo Obina no campo de jogo. O Nacional é um time que marca muito forte, osso duro de roer, apesar do eterno desdém de parte da crônica esportiva brasileira. Segundo crônica do Ovación, foi melhor no primeiro tempo que o time dono da casa.
No segundo não foi bem, manteve-se recuado em demasia. A estratégia era clara: liberdade aos zagueiros Marcão e Maurício Ramos, que não têm qualidade para propor praticamente nada, mas marcação severíssima de Pierre para frente. O Palmeiras chegou ao gol com muita paciência em troca de passes que resultou no belo chute de fora da área, única alternativa disponível, de Diego Souza. O camisa 7 foi muito bem marcado, mas, além do gol, deu um passe genial para Keirrison desperdiçar no primeiro tempo. Cresce muito em decisões.
Luxemburgo se precipitou ao retirar Keirrison para a entrada de Jumar. Justificou a troca porque o Nacional estaria ganhando o meio, o que, no máximo, é uma meia verdade. O time uruguaio tinha a bola por sua obrigação de tentar buscar o empate, mas nunca criou problemas a ponto de ameaçar Marcos. Esta troca, somada com o gol quase fortuito de "Morro" García, foi a fórmula para uma avalanche de vaias ao técnico, vinda da conhecida "Turma do Amendoim".
O empate com gols é péssimo resultado. Não está decidida a vaga, porém. O Nacional é melhor que o Colo Colo (ainda está invicto em sete jogos na Libertadores), o que me faz não crer que o Palmeiras chegue lá e vença de novo. Mas convém não duvidar disso. Paradoxalmente, o time de Luxa tem sido o mais copeiro desta 50ª edição da Copa. Se vencer outra vez fora de casa (já eliminou, além dos chilenos, o Sport nas mesmas circunstâncias), ganha força para se tornar o principal candidato ao título da competição.
Já em Montevidéu, o Estudiantes fez muito mais estrago na casa do mandante. Botou 13 mil argentinos enlouquecidos atrás de uma das goleiras do Centenario e venceu o Defensor por 1 a 0, garantindo grande vantagem para o jogo da volta. Os pinchas parecem ter usado a experiência da Sul-Americana de 2008 para corrigir alguns erros e chegar firme na Libertadores atual. São os maiores favoritos a chegarem à final pela chave que ainda inclui Nacional e Palmeiras, mesmo que seu ataque ainda não seja de todo confiável - e é justamente isso que me faz ainda tecer ressalvas quanto a um favoritismo maior em relação a título. Mas tem tradição, tem sistema defensivo, tem o centro técnico de Verón e tem uma mobilização forte para trazer a Copa novamente para a Argentina.
Passada a rodada de ida das quartas, três visitantes garantiram vantagens sólidas para decidirem em casa a vaga às semifinais (Grêmio, Estudiantes e Nacional). O outro (São Paulo), perdeu por pouco e marcando gol. Caso passem todos os que jogam a segunda em casa, serão 11 títulos sul-americanos em jogo. Um final de Copa capaz de honrar as 49 edições anteriores.
Foto: El Pais/Ovación
O Nacional até nem jogou muito bem. Acho que chegou a pedir licença para entrar no Palestra Itália. Não vi o primeiro tempo, mas o que me informam é que o Palmeiras teve enormes dificuldades a ponto de Vanderlei Luxemburgo trocar dois jogadores aos 30 minutos de jogo, incluindo Obina no campo de jogo. O Nacional é um time que marca muito forte, osso duro de roer, apesar do eterno desdém de parte da crônica esportiva brasileira. Segundo crônica do Ovación, foi melhor no primeiro tempo que o time dono da casa.
No segundo não foi bem, manteve-se recuado em demasia. A estratégia era clara: liberdade aos zagueiros Marcão e Maurício Ramos, que não têm qualidade para propor praticamente nada, mas marcação severíssima de Pierre para frente. O Palmeiras chegou ao gol com muita paciência em troca de passes que resultou no belo chute de fora da área, única alternativa disponível, de Diego Souza. O camisa 7 foi muito bem marcado, mas, além do gol, deu um passe genial para Keirrison desperdiçar no primeiro tempo. Cresce muito em decisões.
Luxemburgo se precipitou ao retirar Keirrison para a entrada de Jumar. Justificou a troca porque o Nacional estaria ganhando o meio, o que, no máximo, é uma meia verdade. O time uruguaio tinha a bola por sua obrigação de tentar buscar o empate, mas nunca criou problemas a ponto de ameaçar Marcos. Esta troca, somada com o gol quase fortuito de "Morro" García, foi a fórmula para uma avalanche de vaias ao técnico, vinda da conhecida "Turma do Amendoim".
O empate com gols é péssimo resultado. Não está decidida a vaga, porém. O Nacional é melhor que o Colo Colo (ainda está invicto em sete jogos na Libertadores), o que me faz não crer que o Palmeiras chegue lá e vença de novo. Mas convém não duvidar disso. Paradoxalmente, o time de Luxa tem sido o mais copeiro desta 50ª edição da Copa. Se vencer outra vez fora de casa (já eliminou, além dos chilenos, o Sport nas mesmas circunstâncias), ganha força para se tornar o principal candidato ao título da competição.
Já em Montevidéu, o Estudiantes fez muito mais estrago na casa do mandante. Botou 13 mil argentinos enlouquecidos atrás de uma das goleiras do Centenario e venceu o Defensor por 1 a 0, garantindo grande vantagem para o jogo da volta. Os pinchas parecem ter usado a experiência da Sul-Americana de 2008 para corrigir alguns erros e chegar firme na Libertadores atual. São os maiores favoritos a chegarem à final pela chave que ainda inclui Nacional e Palmeiras, mesmo que seu ataque ainda não seja de todo confiável - e é justamente isso que me faz ainda tecer ressalvas quanto a um favoritismo maior em relação a título. Mas tem tradição, tem sistema defensivo, tem o centro técnico de Verón e tem uma mobilização forte para trazer a Copa novamente para a Argentina.
Passada a rodada de ida das quartas, três visitantes garantiram vantagens sólidas para decidirem em casa a vaga às semifinais (Grêmio, Estudiantes e Nacional). O outro (São Paulo), perdeu por pouco e marcando gol. Caso passem todos os que jogam a segunda em casa, serão 11 títulos sul-americanos em jogo. Um final de Copa capaz de honrar as 49 edições anteriores.
Foto: El Pais/Ovación
Comentários
Nacional é bem organizado, mas não me impressionou muito.
inexplicável a saída do Keirrison de campo. Era o único jogador que prendia a bola na frente, ameaçava o Nacional. Prender a bola na frente é fundamental quando tu tem uma vantagem curta de 1-0. Agora ele diz que "falta um atleta diferenciado". Ah sim: se ele ganhasse 100 mil, ao invés de 500, poderia pagar 400 mil para DOIS jogadores diferenciados.
Se tem um time que pode dizer "eu reverterei isso" é o Palmeiras, o imortal da competição. Não duvido, mas ainda acho que dá Nacional.
Não podia deixar passar uma VdP "SANTOS", uhsduhsdhsuuhsdasadasdasd
Agora a VdP é SUREAL.
MORRI. Tem um anãozinho matreiro dentro do PC.
O Luxemburgo é um treinador que já deitou nos louros da glória, não faz mais questão de ganhar nada.
O cara só faz merda. Botar um jogador como o Diego Souza na área. Jogador que tem um chute daquele, que é um carregador de bola, não pode jogar de costas pro gol. Ficou nítido, funcionou quando veio de trás.
Outra coisa: o Abelão não enxergar tudo bem. Mas o Luxa não perceber que o Marcão não é zagueiro! O Marcão, apesar de grandalhão, tem vocação ofensiva, só que os treinadores são ludibriados pelo seu tipo físico. O que ele sabe fazer bem é trombar até a linha de fundo e cruzar. Na defesa é um desastrado bárbaro.
tem que ficar no mínimo um mês se preparando fisicamente e tecnicamente para poder disputar competições de alto nível.