Misto caliente

O Internacional entrou, de fato, um passo à frente da concorrência no Campeonato Brasileiro. Hoje, mesmo com apenas quatro titulares entre os que iniciaram a partida, venceu o ascendente Palmeiras, completo, por 2 a 0, num Beira-Rio em festa com 37 mil pessoas.

Consegui assistir boa parte do jogo, que inclui o primeiro tempo e momentos esparsos do segundo. Comandado pela velocidade de Taison, o colorado impôs frente pressão ao adversário até marcar seu gol, com Danny Morais. O time de Luxemburgo só foi se impor dos 30 minutos em diante, mas Diego Souza e Keirrison estiveram bem vigiados.

A tônica permaneceu a mesma no segundo tempo, com a diferença de que o contra-ataque dos gaúchos era cada vez mais perigoso. Com as entradas de Guiñazu, Nilmar e D’Alessandro, a partida tornou-se um ensaio para a quarta, quando o time vermelho recebe o Flamengo. Mesmo com dificuldades para segurar o adversário, o Inter ampliou no fim, com D’Alessandro.

Hoje o Inter se aproximou um pouco mais daquele desempenho que todos aguardam quando o vêem em campo. Mesmo assim, nos três primeiros jogos considerados difíceis fora os Gre-Nais, foram duas vitórias e um empate. E a defesa, único ponto que reconhecidamente precisa de ajustes, está invicta. Começo melhor, impossível.

Salvador: mas começo igual é possível. O Vitória fez 1 a 0 no Sport num Barradão vazio (menos de 5 mil) e igualou o Internacional em todos os quesitos, passadas duas rodadas de campeonato.

Barueri: menos de 3 mil pessoas viram grandes defesas do goleiro Renê, que impediu o misto do Fluminense de chegar à segunda vitória no Brasileiro. O Barueri segue invicto.

São Paulo: faltou sorte ao São Paulo que passou o jogo inteiro pressionando, também porque esteve sempre correndo atrás do prejuízo. O time ainda ressente-se psicologicamente da ausência de Rogério Ceni, ao menos passa esta impressão. Os dois gols do Furacão foram de Rafael Santos, aquele mesmo que fez horrenda dupla com Ediglê na Libertadores de 2007, pelo Inter.

Rio de Janeiro: com boas jornadas dos goleiros, Botafogo e Corinthians fizeram jogo pobre e ficaram no 0 a 0, com pouco menos de 15 mil torcedores no Engenhão.

Santos: o Goiás reviveu a primeira rodada, mas em outra condição. Semana passada havia aberto 3 a 1 sobre o Náutico, mas permitiu o empate. Hoje, foi buscar a mesma desvantagem na Vila diante do Santos, no melhor jogo da rodada – e talvez do campeonato até aqui.

Recife: o Cruzeiro veio com alguns desfalques, mas não muitos. O que não retira os méritos do Náutico, que fez 2 a 0, com direito a golaço de Carlinhos Bala, como Ronaldo na Vila Belmiro na decisão do Paulistão.

Público: a média da rodada foi de 14.130 torcedores por jogo. O maior público foi no Beira-Rio, com 36.623 torcedores; o menor foi na Arena Barueri, 2.555. A média do campeonato é de 15.207, e Grêmio x Santos segue sendo o público recorde (44,5 mil).

Foto: Lucas Uebel/Vipcomm