Como sair vivo do Beira-Rio?
A pergunta vale tanto para o Internacional quanto para o Flamengo.
Depois do duelo de certo equilíbrio na semana passada, o que fica para o jogo de hoje à noite é que nada está definido. O Inter tem o favoritismo por ter melhores jogadores, viver melhor momento técnico e jogar em casa, com estádio lotado. Mas o Flamengo tem a seu lado um melhor retrospecto diante do adversário, uma maior tradição na Copa do Brasil e a vantagem de poder empatar com gols para eliminar o colorado. Diante disso, a tendência é de uma vaga decidida nos detalhes.
Ainda não se sabe quais as escalações irão a campo. Mistérios de última hora ocorrem em jogos desta magnitude. A tendência indica Rosinei, mas para o Inter o ideal deveria ser escalar Andrezinho ao lado de D'Alessandro. O jogo do Maracanã deixou uma mensagem clara: o Flamengo soube anular o argentino, e os atacantes colorados morreram de fome com isso. Um meio com Sandro, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro, ao contrário do que possa parecer, não deixará o time vulnerável. Isto porque a postura dos laterais deverá ser obrigatoriamente cautelosa, o que robustece sombremaneira o sistema defensivo. Leonardo Moura e Juan naturalmente exigirão maior atenção na marcação de Kléber e Danilo Silva. O time de Tite tem se notabilizado pelo pouco avanço dos laterais, e, ao enfrentar um time com a característica de muita força no uso dos flancos, isto se torna um imperativo.
Para o Flamengo, o uso de Juan e Léo Moura será a grande arma, tem sido assim há três temporadas. Sem um parceiro realmente criativo, D'Alessandro certamente sofrerá marcação fortíssima, e aí está a mais primária maneira de tentar conter o Inter. É claro que o ímpeto ofensivo colorado será muito maior no Beira-Rio do que foi no jogo de ida, o que dificultará demais a vida de Cuca e seus comandados. A defesa não tem sido problema rubro-negro, um time rápido e que certamente se aproveitará das contra-ataques. Mas a notória falta de qualidade ofensiva não será perdoada desta vez. Nas poucas chances que tiver, o Flamengo será obrigado a aproveitar. Por isso, Josiel, único atacante na Gávea que sabe realmente concluir, será importante. Será um erro não escalá-lo, pois é quem mais tem potencial para fazer gols, mesmo que esteja em má fase técnica.
Há dois pecados claros que as equipes poderão cometer, e que podem comprometer seus respectivos andamentos na partida. No caso dos gaúchos, a afobação. O Internacional normalmente se impõe muito bem no Beira-Rio e dificilmente não vence seus compromissos lá, pois imprime um ritmo fortíssimo, com grande volúpia ofensiva à base de toques rápidos, que cavocam espaços nas defesas rivais. Mas o Flamengo, dos times que virão fechados a Porto Alegre, é o mais qualificado. Como sabe se defender bem, a tendência é de que, passada uma normal pressão inicial, as oportunidades de fazer gol não sejam tantas. Será necessária grande movimentação ofensiva da equipe de Tite, para não centralizar apenas em D'Alessandro a criação de jogadas (outra razão para escalar Andrezinho), e muita paciência por parte do time e dos cerca de 50 mil torcedores que forem ao Beira-Rio.
Pelo lado do Flamengo, o maior perigo é se fechar demais. O Internacional mostrou dificuldades sempre que enfrentou equipes fechadas, mas venceu todas elas também. Não que Cuca tenha de botar seu time para jogar de igual para igual, mas será importante ocupar o campo do Inter sem medo e sem descuidar do trio perigoso colorado, formado pelos homens de frente. Um bom modo de segurar a pressão inicial (o Inter tem feito gols cedo em quase todos os jogos) é este. Pode ser arriscado por um lado, mas ter de buscar uma desvantagem em pleno Beira-Rio, mesmo que cedo no jogo, é tudo o que o Flamengo não precisa.
Em tempo:
- 1.000 dias de Carta na Manga. Uma marca que não imaginei que chegaríamos lá no 1º dia de existência do blog. Obrigado a todos que passaram por aqui neste período!
- Juventude demite Gilmar Iser. Cedo demais para tomar esta decisão. O que de melhor tinha o clube era o treinador, pois o grupo de jogadores é sabidamente inferior a temporadas anteriores.
- Cannavaro volta, mas parte da torcida da Juventus protesta. Não sem boa dose de razão. O capitão do tetra italiano saiu no momento em que o clube mais precisou; agora, depois de três temporadas irregulares em Madrid, aos 35 anos, volta cheio de amor pra dar. Enquanto o futebol italiano não se renovar, seus clubes dificilmente voltarão a disputar os grandes troféus europeus.
- O cruzamento perfeito de Marcelinho Paraíba e a cabeçada precisa do argentino Ariel deram ao Coritiba o direito de disputar a semifinal da Copa do Brasil contra Inter ou Flamengo. A Ponte Preta, apesar de eliminada, mostra time e potencial de quem pode voltar à Série A em 2010.
- Vasco administrará vantagem no Barradão. É só não dar fiasco. Já Fluminense x Corinthians fazem jogaço para encher o Maracanã. Copa do Brasil cada vez mais quente, matando um pouco a saudade dos velhos tempos em que todos os grandes a jogavam.
Depois do duelo de certo equilíbrio na semana passada, o que fica para o jogo de hoje à noite é que nada está definido. O Inter tem o favoritismo por ter melhores jogadores, viver melhor momento técnico e jogar em casa, com estádio lotado. Mas o Flamengo tem a seu lado um melhor retrospecto diante do adversário, uma maior tradição na Copa do Brasil e a vantagem de poder empatar com gols para eliminar o colorado. Diante disso, a tendência é de uma vaga decidida nos detalhes.
Ainda não se sabe quais as escalações irão a campo. Mistérios de última hora ocorrem em jogos desta magnitude. A tendência indica Rosinei, mas para o Inter o ideal deveria ser escalar Andrezinho ao lado de D'Alessandro. O jogo do Maracanã deixou uma mensagem clara: o Flamengo soube anular o argentino, e os atacantes colorados morreram de fome com isso. Um meio com Sandro, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro, ao contrário do que possa parecer, não deixará o time vulnerável. Isto porque a postura dos laterais deverá ser obrigatoriamente cautelosa, o que robustece sombremaneira o sistema defensivo. Leonardo Moura e Juan naturalmente exigirão maior atenção na marcação de Kléber e Danilo Silva. O time de Tite tem se notabilizado pelo pouco avanço dos laterais, e, ao enfrentar um time com a característica de muita força no uso dos flancos, isto se torna um imperativo.
Para o Flamengo, o uso de Juan e Léo Moura será a grande arma, tem sido assim há três temporadas. Sem um parceiro realmente criativo, D'Alessandro certamente sofrerá marcação fortíssima, e aí está a mais primária maneira de tentar conter o Inter. É claro que o ímpeto ofensivo colorado será muito maior no Beira-Rio do que foi no jogo de ida, o que dificultará demais a vida de Cuca e seus comandados. A defesa não tem sido problema rubro-negro, um time rápido e que certamente se aproveitará das contra-ataques. Mas a notória falta de qualidade ofensiva não será perdoada desta vez. Nas poucas chances que tiver, o Flamengo será obrigado a aproveitar. Por isso, Josiel, único atacante na Gávea que sabe realmente concluir, será importante. Será um erro não escalá-lo, pois é quem mais tem potencial para fazer gols, mesmo que esteja em má fase técnica.
Há dois pecados claros que as equipes poderão cometer, e que podem comprometer seus respectivos andamentos na partida. No caso dos gaúchos, a afobação. O Internacional normalmente se impõe muito bem no Beira-Rio e dificilmente não vence seus compromissos lá, pois imprime um ritmo fortíssimo, com grande volúpia ofensiva à base de toques rápidos, que cavocam espaços nas defesas rivais. Mas o Flamengo, dos times que virão fechados a Porto Alegre, é o mais qualificado. Como sabe se defender bem, a tendência é de que, passada uma normal pressão inicial, as oportunidades de fazer gol não sejam tantas. Será necessária grande movimentação ofensiva da equipe de Tite, para não centralizar apenas em D'Alessandro a criação de jogadas (outra razão para escalar Andrezinho), e muita paciência por parte do time e dos cerca de 50 mil torcedores que forem ao Beira-Rio.
Pelo lado do Flamengo, o maior perigo é se fechar demais. O Internacional mostrou dificuldades sempre que enfrentou equipes fechadas, mas venceu todas elas também. Não que Cuca tenha de botar seu time para jogar de igual para igual, mas será importante ocupar o campo do Inter sem medo e sem descuidar do trio perigoso colorado, formado pelos homens de frente. Um bom modo de segurar a pressão inicial (o Inter tem feito gols cedo em quase todos os jogos) é este. Pode ser arriscado por um lado, mas ter de buscar uma desvantagem em pleno Beira-Rio, mesmo que cedo no jogo, é tudo o que o Flamengo não precisa.
Em tempo:
- 1.000 dias de Carta na Manga. Uma marca que não imaginei que chegaríamos lá no 1º dia de existência do blog. Obrigado a todos que passaram por aqui neste período!
- Juventude demite Gilmar Iser. Cedo demais para tomar esta decisão. O que de melhor tinha o clube era o treinador, pois o grupo de jogadores é sabidamente inferior a temporadas anteriores.
- Cannavaro volta, mas parte da torcida da Juventus protesta. Não sem boa dose de razão. O capitão do tetra italiano saiu no momento em que o clube mais precisou; agora, depois de três temporadas irregulares em Madrid, aos 35 anos, volta cheio de amor pra dar. Enquanto o futebol italiano não se renovar, seus clubes dificilmente voltarão a disputar os grandes troféus europeus.
- O cruzamento perfeito de Marcelinho Paraíba e a cabeçada precisa do argentino Ariel deram ao Coritiba o direito de disputar a semifinal da Copa do Brasil contra Inter ou Flamengo. A Ponte Preta, apesar de eliminada, mostra time e potencial de quem pode voltar à Série A em 2010.
- Vasco administrará vantagem no Barradão. É só não dar fiasco. Já Fluminense x Corinthians fazem jogaço para encher o Maracanã. Copa do Brasil cada vez mais quente, matando um pouco a saudade dos velhos tempos em que todos os grandes a jogavam.
Comentários
Ainda não me recuperei do susto.
Veremos como ficará no campo de jogo, que é onde algumas das últimas têm se salvado. Mas sigo ansioso pela volta da Adidas.
A de 2008 eu considero muito bonita, mas tem aquela invenção do azul atrás, embaixo. Esses retoques desnecessários é que matam. Na da Libertadores, a única alteração foi aquele branco no fim das mangas: discreto, sem comprometer em nada, ficou perfeito.
As camisas brancas do Grêmio, salvo esta da Libertadores, podiam ser todas iguais, pois todas são sem graça, apenas funcionais para alguns jogos.
Realmente o problema da camisa de 2008 era a parte de trás (numero + espaço azul).
A direção sabia muito bem disso. E repete o erro agora.
dsdsjdsdshsfh
http://www.torcedor.gremista.nom.br/camisa_2003_kappa_azul.htm
http://www.rlagaggio.com/_gremio2004.php
não acho que vai mudar alguma coisa, mas:
http://www.forapuma.com/