Contrariando estereótipos
Os dois se odeiam e têm famas diferentes: enquanto o técnico da Juventus, Claudio Ranieri, é tido como um retranqueiro incorrigível, medroso e metódico, José Mourinho, comandante da Internazionale, é reconhecido por sua capacidade de formar times equilibrados e de poder ofensivo. Mas os rumos que a partida entre os dois primeiros do Campeonato Italiano tomou ontem à tarde modificou o perfil de ambos, e esta mudança alterou o resultado da partida também, de forma dialética.
Como a maioria dos clássicos da Bota, foi uma partida extremamente disputada, equilibrada e com raras emoções ou chances criadas. O primeiro tempo teve leve superioridade da Juventus, mas a Inter conseguia controlar o rival amorcegando as ações e tentando encaixar contra-ataques, sem sucesso. Grygera impedia Ibrahimovic de puxá-los com grande eficiência, além de Chiellini, perfeito na cobertura. A única chance real veio com Balotelli, que escapou de Molinaro e chutou por baixo de Buffon, mas Grygera salvou heroicamente sobre a linha.
O segundo tempo permaneceu na mesma batida, até que veio o gol da Internazionale, num contra-golpe desta vez mortal. Ibrahimovic deu a Muntari em velocidade, e Balotelli chegou fuzilando Buffon. Ali começou a se escancarar a diferença técnica entre as duas equipes. A Juventus, mesmo muito interessada, pecava pela falta de maior qualidade do meio para a frente, ainda mais que Del Piero e Nedved não estiveram em seus melhores dias. A Inter ganhava todas com sua zaga, Stankovic fazia grande partida no meio e Ibrahimovic e Balotelli infernizavam na velocidade. Este último ainda cavou a expulsão de Tiago, aos 30 minutos. Mesmo que a escolha dele em detrimento de Julio Cruz não se justifique, foi o homem das melhores jogadas, do gol e da expulsão cavada. Foi decisivo, portanto.
E teria sido mais, não fosse o medo de Mourinho. Retirar Balotelli em favor de Vieira era uma medida para preservá-lo das provocações dos jogadores da Juve, mas a saída de Muntari para o ingresso de Burdisso trouxe o time todo para trás, diante de um adversário batido e com um homem a menos. Ranieri demorou, mas tirou o meia Marchionni para o ingresso de Trezeguet, abrindo o time. No momento em que estava mais sendo dominada pela rival, a Juventus chegou ao empate num improvável escanteio que o baixinho Grygera, melhor do time de Turim em campo, testou, aproveitando a indecisão de Júlio César e da zaga.
O resultado, dado o equilíbrio, foi correto. Tanto quanto seria a vitória da Internazionale, pois quando abriu o placar o time de Milão foi bem superior. De qualquer modo, apesar da frustração de sair de Turim com um empate quando a vitória estava nas mãos, a equipe de Mourinho segue 10 pontos à frente, a 6 rodadas do fim. O tetra segue muito próximo.
Campeonato Italiano 2008/09 - 32ª rodada
18/abril/2009
JUVENTUS 1 x INTERNAZIONALE 1
Local: Olímpico, Turim (ITA)
Árbitro: Stefano Farina
Público: 24.790
Gols: Balotelli 18 e Grygera 45 do 2º
Cartão amarelo: Legrottaglie, Poulsen, Figo e Balotelli
Expulsão: Tiago 30 do 2º
JUVENTUS: Buffon (6,5), Grygera (7), Legrottaglie (5), Chiellini (6) e Molinaro (5) (De Ceglie, 17 do 2º - 5,5); Tiago (5), Poulsen (5,5), Marchionni (4,5) (Trezeguet, 28 do 2º - 5) e Nedved (4,5); Del Piero (5) (Giovinco, 34 do 2º - 6) e Iaquinta (5). Técnico: Claudio Ranieri (5,5)
INTERNAZIONALE: Júlio César (5,5), Zanetti (5,5), Córdoba (5,5), Samuel (6) e Chivu (5); Cambiasso (5,5), Stankovic (6,5), Figo (5) (Cruz, 41 do 2º - sem nota) e Muntari (6) (Burdisso, 32 do 2º - 5); Balotelli (7) (Vieira, 31 do 2º - 5) e Ibrahimovic (6). Técnico: José Mourinho (5)
Foto: AP
Como a maioria dos clássicos da Bota, foi uma partida extremamente disputada, equilibrada e com raras emoções ou chances criadas. O primeiro tempo teve leve superioridade da Juventus, mas a Inter conseguia controlar o rival amorcegando as ações e tentando encaixar contra-ataques, sem sucesso. Grygera impedia Ibrahimovic de puxá-los com grande eficiência, além de Chiellini, perfeito na cobertura. A única chance real veio com Balotelli, que escapou de Molinaro e chutou por baixo de Buffon, mas Grygera salvou heroicamente sobre a linha.
O segundo tempo permaneceu na mesma batida, até que veio o gol da Internazionale, num contra-golpe desta vez mortal. Ibrahimovic deu a Muntari em velocidade, e Balotelli chegou fuzilando Buffon. Ali começou a se escancarar a diferença técnica entre as duas equipes. A Juventus, mesmo muito interessada, pecava pela falta de maior qualidade do meio para a frente, ainda mais que Del Piero e Nedved não estiveram em seus melhores dias. A Inter ganhava todas com sua zaga, Stankovic fazia grande partida no meio e Ibrahimovic e Balotelli infernizavam na velocidade. Este último ainda cavou a expulsão de Tiago, aos 30 minutos. Mesmo que a escolha dele em detrimento de Julio Cruz não se justifique, foi o homem das melhores jogadas, do gol e da expulsão cavada. Foi decisivo, portanto.
E teria sido mais, não fosse o medo de Mourinho. Retirar Balotelli em favor de Vieira era uma medida para preservá-lo das provocações dos jogadores da Juve, mas a saída de Muntari para o ingresso de Burdisso trouxe o time todo para trás, diante de um adversário batido e com um homem a menos. Ranieri demorou, mas tirou o meia Marchionni para o ingresso de Trezeguet, abrindo o time. No momento em que estava mais sendo dominada pela rival, a Juventus chegou ao empate num improvável escanteio que o baixinho Grygera, melhor do time de Turim em campo, testou, aproveitando a indecisão de Júlio César e da zaga.
O resultado, dado o equilíbrio, foi correto. Tanto quanto seria a vitória da Internazionale, pois quando abriu o placar o time de Milão foi bem superior. De qualquer modo, apesar da frustração de sair de Turim com um empate quando a vitória estava nas mãos, a equipe de Mourinho segue 10 pontos à frente, a 6 rodadas do fim. O tetra segue muito próximo.
Campeonato Italiano 2008/09 - 32ª rodada
18/abril/2009
JUVENTUS 1 x INTERNAZIONALE 1
Local: Olímpico, Turim (ITA)
Árbitro: Stefano Farina
Público: 24.790
Gols: Balotelli 18 e Grygera 45 do 2º
Cartão amarelo: Legrottaglie, Poulsen, Figo e Balotelli
Expulsão: Tiago 30 do 2º
JUVENTUS: Buffon (6,5), Grygera (7), Legrottaglie (5), Chiellini (6) e Molinaro (5) (De Ceglie, 17 do 2º - 5,5); Tiago (5), Poulsen (5,5), Marchionni (4,5) (Trezeguet, 28 do 2º - 5) e Nedved (4,5); Del Piero (5) (Giovinco, 34 do 2º - 6) e Iaquinta (5). Técnico: Claudio Ranieri (5,5)
INTERNAZIONALE: Júlio César (5,5), Zanetti (5,5), Córdoba (5,5), Samuel (6) e Chivu (5); Cambiasso (5,5), Stankovic (6,5), Figo (5) (Cruz, 41 do 2º - sem nota) e Muntari (6) (Burdisso, 32 do 2º - 5); Balotelli (7) (Vieira, 31 do 2º - 5) e Ibrahimovic (6). Técnico: José Mourinho (5)
Foto: AP
Comentários
Sobre a Juve, bem, com tantos vovôs no time, nunca apelido de Velha Senhora lhe caiu tão bem...
hsdhsdhsdhj
Começa agora, com 17 minutos de atraso, a cobertura de Roma X Lecce em tempo real.
As esperanças da Roma todas em Julio Baptista e Totti, as do Lecce em Edinho. Todas as atenções em Edinho, óbvio. Mas como não poderia ser diferente, no momento, 2 a 0 para a Roma. Resultado justo, hêin ô Batista ?
hdshdshdsh
Munari para o Lecce.
A Roma pode se complicar agora, hein ô Batista ?
Caiu no pé do adversário.
O Edinho faz muitos passes errados nesse meio de campo, hein ô Batista ?
Reconheçam ao menos que aquele bigodinho de pedreiro do Ibrahimovic é muito bagaceiro.
Que merda, hein ô Batista ?
[fim da transmissão]
Só senti falta dos bons tempos que o Figueroa comentava. "Fernandón, Perdigón"... Era brabo de ouvir.