Porto Alegre não sai do mapa
Desde 2005, Porto Alegre aparece no mapa das decisões no país. Esta semana, a capital gaúcha viverá uma semana como poucas em sua história futebolística. Na quarta, o Internacional pode até empatar com o Estudiantes para sair campeão da Copa Sul-Americana. No domingo, é a vez do Grêmio tentar o título brasileiro contra o Atlético-MG e contando com uma mãozinha do Goiás. Beira-Rio e Olímpico certamente receberão seus maiores públicos do ano.
Se o São Paulo tivesse vencido o Fluminense, tornaria o duelo da Azenha um mero amistoso. Mas não: empatou, quase perdeu, e deixa a decisão do título para a última rodada. Imortal é exagero, mas que o Grêmio demora a jogar a toalha não há dúvida. O primeiro tempo parece ter sido do tricolor carioca, e o gol de Tartá, dizem, fazia justiça ao que era o jogo. Borges, sempre ele, empatou no golpe de vista de Fernando Henrique. E, incrivelmente, os são-paulinos saíram do Morumbi calados, como se tivessem perdido as chances. De fato, ninguém esperava algo que não fosse a vitória e o título antecipado. Eram favas contadas, e a ansiedade com cada gol perdido ficava estampada na cara de cada um dos jogadores. O São Paulo sentiu o golpe, Rogério Ceni deu uma entrevista arrogante, mas Muricy Ramalho tem uma semana para pôr ordem na casa. Sair com um empate contra o Goiás num campo neutro não é uma das tarefas mais difíceis, mas também está longe de ser fácil. A quase certeza de que o Grêmio deva vencer o Atlético-MG preocupa.
As dificuldades que terá o São Paulo podem ser as mesmas do Flamengo, que goleava este Goiás por 3 a 0 mas, mais uma vez, viveu um momento trágico no Maracanã em 2008, como fizeram América-MEX, Atlético-MG e Portuguesa. Este 3 a 3 provavelmente será o responsável final pela perda da vaga rubrio-negra à Libertadores. O Cruzeiro, mesmo com o fiasco de levar 1 a 0 dos reservas colorados, segue à frente, com 64 também, mas duas vitórias a mais, 20 a 18. E recebe a rebaixada Portuguesa, enquanto os cariocas enfrentam um desesperado Atlético-PR na Arena da Baixada. O Palmeiras, com o 0 a 0 contra o Vitória, fica com 65, próximo da vaga, mas não alcança mais o Grêmio e o vice-campeonato. Pega o Botafogo na última, e deve vencer e garantir um lugarzinho na Libertadores, e sem precisar passar pelo estorvo da fase preliminar.
Na ponta de baixo, quem não venceu se complicou demais. Ipatinga e Portuguesa caíram, restam duas vagas para cinco concorrentes. O Santos ficou no 0 a 0 com o Atlético-MG (garantido na Sula), e ainda corre risco. Recebe o Náutico na última. Um empate "amigo" livra ambos, mas quem vencer pode ir à Sul-Americana ainda. O Atlético-PR vencia, se livrava, mas levou a virada e ainda pode cair. O Vasco, que venceu o Coritiba com a autoridade de um 2 a 0, está nas mãos do Flamengo. Mais uma ironia, das tantas que sempre ocorrem. Nas mãos do Botafogo, os cruz-maltinos viram o Figueirense fazer 3 a 1 no Engenhão, mas ainda permanecer na degola. Domingo que vem, 9 dos 10 jogos são decisivos.
Será uma semana de mistérios, treinos secretos, especulações, malas-pretas e contagem regressiva compulsiva de todos. Trata-se do melhor Campeonato Brasileiro de todos os tempos em termos de emoções.
Fotos: Vicente Fonseca e Reinaldo Marques/Terra
Se o São Paulo tivesse vencido o Fluminense, tornaria o duelo da Azenha um mero amistoso. Mas não: empatou, quase perdeu, e deixa a decisão do título para a última rodada. Imortal é exagero, mas que o Grêmio demora a jogar a toalha não há dúvida. O primeiro tempo parece ter sido do tricolor carioca, e o gol de Tartá, dizem, fazia justiça ao que era o jogo. Borges, sempre ele, empatou no golpe de vista de Fernando Henrique. E, incrivelmente, os são-paulinos saíram do Morumbi calados, como se tivessem perdido as chances. De fato, ninguém esperava algo que não fosse a vitória e o título antecipado. Eram favas contadas, e a ansiedade com cada gol perdido ficava estampada na cara de cada um dos jogadores. O São Paulo sentiu o golpe, Rogério Ceni deu uma entrevista arrogante, mas Muricy Ramalho tem uma semana para pôr ordem na casa. Sair com um empate contra o Goiás num campo neutro não é uma das tarefas mais difíceis, mas também está longe de ser fácil. A quase certeza de que o Grêmio deva vencer o Atlético-MG preocupa.
As dificuldades que terá o São Paulo podem ser as mesmas do Flamengo, que goleava este Goiás por 3 a 0 mas, mais uma vez, viveu um momento trágico no Maracanã em 2008, como fizeram América-MEX, Atlético-MG e Portuguesa. Este 3 a 3 provavelmente será o responsável final pela perda da vaga rubrio-negra à Libertadores. O Cruzeiro, mesmo com o fiasco de levar 1 a 0 dos reservas colorados, segue à frente, com 64 também, mas duas vitórias a mais, 20 a 18. E recebe a rebaixada Portuguesa, enquanto os cariocas enfrentam um desesperado Atlético-PR na Arena da Baixada. O Palmeiras, com o 0 a 0 contra o Vitória, fica com 65, próximo da vaga, mas não alcança mais o Grêmio e o vice-campeonato. Pega o Botafogo na última, e deve vencer e garantir um lugarzinho na Libertadores, e sem precisar passar pelo estorvo da fase preliminar.
Na ponta de baixo, quem não venceu se complicou demais. Ipatinga e Portuguesa caíram, restam duas vagas para cinco concorrentes. O Santos ficou no 0 a 0 com o Atlético-MG (garantido na Sula), e ainda corre risco. Recebe o Náutico na última. Um empate "amigo" livra ambos, mas quem vencer pode ir à Sul-Americana ainda. O Atlético-PR vencia, se livrava, mas levou a virada e ainda pode cair. O Vasco, que venceu o Coritiba com a autoridade de um 2 a 0, está nas mãos do Flamengo. Mais uma ironia, das tantas que sempre ocorrem. Nas mãos do Botafogo, os cruz-maltinos viram o Figueirense fazer 3 a 1 no Engenhão, mas ainda permanecer na degola. Domingo que vem, 9 dos 10 jogos são decisivos.
Será uma semana de mistérios, treinos secretos, especulações, malas-pretas e contagem regressiva compulsiva de todos. Trata-se do melhor Campeonato Brasileiro de todos os tempos em termos de emoções.
Fotos: Vicente Fonseca e Reinaldo Marques/Terra
Comentários
E realmente, é o melhor campeonato. Mais emocionante só se o São Paulo tivesse apenas 2 pontos na frente do Grêmio.
- Enterraremos o Figueira;
- O Goiás pode fazer o crime;
- O Atlético também;
- Impressionante o fraquíssimo desempenho do Cruzeiro fora de casa;
- Alguém precisa fazer um estudo sociológico sobre o ethos "oba-obí(ni)stico" do flamenguista.
Prestes, em 2006 ambos viveram boa fase também, no segundo semestre. Inter campeão da América disputando o título com São Paulo e Grêmio. Mas nunca mesmo houve dois gaúchos podendo ser campeões de competições grandes numa mesma semana.
Verificação de palavras: foode. Ui!
Neto também.
É lamentável termos comentaristas assim no Brasil.
Mas enfim, não quero pensar em milagres, só quero ir pro estádio no domingo de sangue doce pra aplaudir a campanha do time e vaiar o Roth. É o que me basta.