Conhecimento mútuo
Leonardo Astrada diz conhecer o Internacional razoavelmente. Passou pelo Grêmio em 2000, sabe a "índole" do futebol gaúcho que é, de fato, semelhante em vários aspectos com o argentino. Porém, seu conhecimento talvez esteja perto apenas disso: sua desatualização evidencia-se ao não saber que Celso Roth, que o treinou em 2000, é o técnico gremista. Mas claro, convém a ele neste momento saber muito mais sobre o Inter que sobre o tricolor. Há DVDs que mostrarão que o time gaúcho é muito mais que apenas D'Alessandro, jogador mais conhecido para os hermanos. Inclusive, é muito mais Alex que D'Alessandro.
Todos se conhecem e, a exemplo de Astrada, Tite estará em bom caminho se souber que o Estudiantes é mais que apenas Juan Sebastián Verón. Na defesa, Desábato e Alayés formam uma zaga forte e razoavelmente sólida. Angeleri é bom lateral-direito, que se traveste de terceiro zagueiro ou de meio-campista pelo lado quando convém. Braña é um volante de grande energia, sem grande técnica, mas muito vigor. No ataque, há o rápido Boselli, o oportunista uruguaio Salgueiro, além do veteraníssimo Calderón, pronto para sair do banco e importunar os adversários. É um bom time, portanto. E sempre cabe relembrar sua história em torneios eliminatórios e sul-americanos, ainda que seja uma história que foi vitoriosa há algumas décadas.
Não há saldo qualificado, não há porque atirar-se em busca de um gol, portanto. Mas recuar no Ciudad de La Plata já não foi boa estratégia. O Botafogo assim procedeu, e como um homem a mais, diante deste mesmo Estudiantes, há um mês. Levou 2 a 0. É preciso estar atento com Verón, sem esquecer dos demais. Marcá-lo não será fácil, até porque ele joga numa faixa às vezes muito recuada do campo, fazendo lançamentos precisos como se estivesse ali, próximo da área e de Boselli e Salgueiro. São os detalhes iniciais da grande final da Sul-Americana, que pode reabilitar o Estudiantes dentro do cenário continental ou afirmar ainda mais o Inter como um colecionador recente de títulos na América do Sul. Vale por isso e pela grandeza do duelo, ainda que não valha Libertadores. Uma final como esta valoriza o torneio em si mesmo, que é um caminho mais saudável para a Sula que apenas tornar-se uma seletiva para algo maior.
Mandos e desmandos
O São Paulo sentiu-se prejudicado, pressionou, e o jogo contra o Goiás sai do interior goiano. Itumbiara seria o palco, os paulistas propuseram espertamente o Engenhão, que seria quase uma inversão do mando de campo. O jogo fica para Brasília, onde os paulistas, ainda assim, certamente serão maioria.
Mas a questão que quero colocar não é um eventual favorecimento ao tricolor paulista nesta reta final, é um conceito sobre este tipo de punição. Pensando sobre este caso, me vieram outros tantos na cabeça, e cheguei à conclusão de que só existe uma solução: não punir estádios quando incidentes neles ocorrem. Se fecham os portões, os torcedores de bem ficam de fora; se transferem o jogo para outro campo, o clube visitante reclama que o mandante será beneficiado por poder escolher o estádio; se a CBF escolher o mando, poderá haver pressões como a do São Paulo, pedindo um jogo ao lado de seu estado. Nenhuma solução é boa, porque o alvo da punição está sendo mal mirado. Então, que se puna quem tem de ser punido e mantenha o estádio onde ocorreram os incidentes para as próximas partidas. Punir o estádio é punir o sofá. Só casos como o da Fonte Nova, de 2007, justificam tal medida.
Todos se conhecem e, a exemplo de Astrada, Tite estará em bom caminho se souber que o Estudiantes é mais que apenas Juan Sebastián Verón. Na defesa, Desábato e Alayés formam uma zaga forte e razoavelmente sólida. Angeleri é bom lateral-direito, que se traveste de terceiro zagueiro ou de meio-campista pelo lado quando convém. Braña é um volante de grande energia, sem grande técnica, mas muito vigor. No ataque, há o rápido Boselli, o oportunista uruguaio Salgueiro, além do veteraníssimo Calderón, pronto para sair do banco e importunar os adversários. É um bom time, portanto. E sempre cabe relembrar sua história em torneios eliminatórios e sul-americanos, ainda que seja uma história que foi vitoriosa há algumas décadas.
Não há saldo qualificado, não há porque atirar-se em busca de um gol, portanto. Mas recuar no Ciudad de La Plata já não foi boa estratégia. O Botafogo assim procedeu, e como um homem a mais, diante deste mesmo Estudiantes, há um mês. Levou 2 a 0. É preciso estar atento com Verón, sem esquecer dos demais. Marcá-lo não será fácil, até porque ele joga numa faixa às vezes muito recuada do campo, fazendo lançamentos precisos como se estivesse ali, próximo da área e de Boselli e Salgueiro. São os detalhes iniciais da grande final da Sul-Americana, que pode reabilitar o Estudiantes dentro do cenário continental ou afirmar ainda mais o Inter como um colecionador recente de títulos na América do Sul. Vale por isso e pela grandeza do duelo, ainda que não valha Libertadores. Uma final como esta valoriza o torneio em si mesmo, que é um caminho mais saudável para a Sula que apenas tornar-se uma seletiva para algo maior.
Mandos e desmandos
O São Paulo sentiu-se prejudicado, pressionou, e o jogo contra o Goiás sai do interior goiano. Itumbiara seria o palco, os paulistas propuseram espertamente o Engenhão, que seria quase uma inversão do mando de campo. O jogo fica para Brasília, onde os paulistas, ainda assim, certamente serão maioria.
Mas a questão que quero colocar não é um eventual favorecimento ao tricolor paulista nesta reta final, é um conceito sobre este tipo de punição. Pensando sobre este caso, me vieram outros tantos na cabeça, e cheguei à conclusão de que só existe uma solução: não punir estádios quando incidentes neles ocorrem. Se fecham os portões, os torcedores de bem ficam de fora; se transferem o jogo para outro campo, o clube visitante reclama que o mandante será beneficiado por poder escolher o estádio; se a CBF escolher o mando, poderá haver pressões como a do São Paulo, pedindo um jogo ao lado de seu estado. Nenhuma solução é boa, porque o alvo da punição está sendo mal mirado. Então, que se puna quem tem de ser punido e mantenha o estádio onde ocorreram os incidentes para as próximas partidas. Punir o estádio é punir o sofá. Só casos como o da Fonte Nova, de 2007, justificam tal medida.
Comentários
antes de determinar a punição tem que se estabelcer quem deve ser punido:
- O clube?
- O estádio?
- A torcida?
Onde está Giovanni Luigi? Largou o Inter? Voltou pra rodoviária? Ninguém mais fala do homem! E depois criticavam o Krieger quando ele falou a verdade sobre o Carvalho.
Onde está Luigi? (já sinto as piadas de quinta série com essa frase...)
http://www.finalsports.com.br/03/comando/headline.php?n_id=90250&u=0\
Parabéns, gremistas.
De qualquer forma, tudo foi tão rápido que, para mim, se o Simon desse ou não a penalidade estaria tudo bem. O problema seria (e foi) o impacto no resultado.
Mas enfim, o Simon está em decadência técnica há algum tempo já.
Impressionante a participação efetiva do Carvalho, mesmo na época em que não tinha cargo algum e em que mal se falava dele.
dá gosto ver este inter da sula miranda jogar. no brasileiro fez fiasco. muito por culpa do clemer, que tá passado. mas que bola tá jogando este alex, hein?! não vejo um jogador em tão boa fase quanto ele no futebol nacional.
saludos colorados