A 1.000 pelo Brasil
Aos 26 minutos do primeiro tempo, Victor repôs a bola de forma errada. A bola sobrou para Keirrison, que entrou com liberdade pela direita, e chutou torto à direita, precipitadamente. Aquele lance representou o pior momento do Grêmio na tarde de hoje: depois de pressionar o Coritiba nos primeiros minutos, o time de Celso Roth se via incapaz de furar o forte bloqueio dos paranaenses, que tinha escapadas perigosas contra a meta tricolor. Faltava criação, fundamentalmente. Tudo o que o tricolor precisava era de um gol, para abrir o adversário, e Tcheco, que se escondia por trás dos marcadores. Na jogada seguinte, Tcheco recebe, avança e chuta, a bola desvia e entra.
Ali começava a ser construída a vitória gremista, tema deste milésimo post do Carta na Manga na era Blogspot, aos 27 minutos do primeiro tempo. O Grêmio tinha ali a volta da sorte que já lhe sorriu no Palestra Itália, e foi basicamente ela a diferença num primeiro tempo muito igual e equilibrado. E este equilíbrio representa que o Coritiba foi melhor, já que jogou mais e não deixou o time da casa jogar. Sustentada a pressão inicial gremista, o Coxa fechava-se de forma muito eficaz, bloqueando todas as principais alternativas de construção de jogadas do time de Celso Roth. No começo, Tcheco até vinha buscar jogo, depois sumiu até marcar seu gol. Dali cresceu e foi um dos melhores em campo.
O perigo alviverde atendia não por Keirrison, mas sim por Marlos. Meia liso, gordinho, habilidoso, de chuteiras amarelas, teve vitória pessoal na absoluta maioria dos duelos contra o grande Rafael Carioca. Mas o gol gremista obrigou o Coritiba a sair e reequilibrou a partida. A destacar, mais uma vez, o ótimo desempenho da zaga, todos os três. Amaral e Héverton, pelo jogaram nestes dois últimos jogos, dificilmente sairão do time. O primeiro, inclusive, arriscou algumas boas subidas pela direita, cumprindo função a qual Souza deixou a desejar.
A etapa final foi de um Coritiba com mais posse de bola, mas sem ameaçar realmente o Grêmio. O cansaço da dupla de ataque começou a tornar-se cada vez mais evidente, o que acabava trazendo o Coxa para o campo gremista. Estabeleceu-se uma tensão no Olímpico, que durou aproximadamente entre os 10 e os 25 do segundo tempo. A saída da dupla de frente, Reinaldo e Marcel por André Luís e Morales, deu ao tricolor nova vida na frente. Com o Coritiba cada vez mais apressado, surgiram alguns contra-golpes, normalmente puxados pelo melhor em campo, Willian Magrão. Uma pequena pressão veio, e Héverton fez o segundo. Era a tranqüilidade que faltava, e nem o gol de Ariel no finzinho abalou a festa no Olímpico.
O Grêmio vence, o que era absolutamente fundamental. Todos reclamam, com alguma razão, de os jogos não serem no mesmo horário, o que trouxe ao confronto do Olímpico um peso ainda maior ao tricolor gaúcho, já que o tricolor paulista vencera o Figueirense minutos antes. Pois aora os comandados chegam a 66 e afirmam-se como candidatos ao título, correndo atrás do São Paulo. Agora, Vitória e Vasco serão os fiéis da balança na rodada que vem. Talvez seja a grande chance de o clube da Azenha retomar a ponta, talvez não. Ninguém se atreve a prever o futuro sem fazer ressalvas.
Campeonato Brasileiro 2008 - 35ª rodada
16/novembro/2008
GRÊMIO 2 x CORITIBA 1
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Público: 43.057
Renda: R$ 760.021,75
Gols: Tcheco 27 do 1º; Héverton 30 e Ariel 46 do 2º
Cartão amarelo: Adílson, Willian Magrão, Tcheco, Maurício, Leandro Donizete e Hugo
Expulsão: Marcos Tamandaré 33 do 2º
GRÊMIO: Victor (6), Amaral (6,5), Réver (6,5) e Héverton (7); Souza (4), Rafael Carioca (5) (Adílson, 35 do 2º - sem nota), Willian Magrão (7), Tcheco (7) e Hélder (5); Reinaldo (6) (André Luís, 24 do 2º - 5) e Marcel (4,5) (Morales, 24 do 2º - 5,5). Técnico: Celso Roth (6)
CORITIBA: Vanderlei (5,5), Maurício (5), Rodrigo Mancha (5) e Felipe (5,5); Marcos Tamandaré (4,5), Alê (5), Leandro Donizete (5,5) (Carlinhos Paraíba, 15 do 2º - 5,5), Marlos (7) e Ricardinho (5,5); Hugo (4,5) (Jaílson, 27 do 2º - 5) e Keirrison (5,5) (Ariel, 16 do 2º - 5,5). Técnico: Dorival Júnior (5,5)
Ali começava a ser construída a vitória gremista, tema deste milésimo post do Carta na Manga na era Blogspot, aos 27 minutos do primeiro tempo. O Grêmio tinha ali a volta da sorte que já lhe sorriu no Palestra Itália, e foi basicamente ela a diferença num primeiro tempo muito igual e equilibrado. E este equilíbrio representa que o Coritiba foi melhor, já que jogou mais e não deixou o time da casa jogar. Sustentada a pressão inicial gremista, o Coxa fechava-se de forma muito eficaz, bloqueando todas as principais alternativas de construção de jogadas do time de Celso Roth. No começo, Tcheco até vinha buscar jogo, depois sumiu até marcar seu gol. Dali cresceu e foi um dos melhores em campo.
O perigo alviverde atendia não por Keirrison, mas sim por Marlos. Meia liso, gordinho, habilidoso, de chuteiras amarelas, teve vitória pessoal na absoluta maioria dos duelos contra o grande Rafael Carioca. Mas o gol gremista obrigou o Coritiba a sair e reequilibrou a partida. A destacar, mais uma vez, o ótimo desempenho da zaga, todos os três. Amaral e Héverton, pelo jogaram nestes dois últimos jogos, dificilmente sairão do time. O primeiro, inclusive, arriscou algumas boas subidas pela direita, cumprindo função a qual Souza deixou a desejar.
A etapa final foi de um Coritiba com mais posse de bola, mas sem ameaçar realmente o Grêmio. O cansaço da dupla de ataque começou a tornar-se cada vez mais evidente, o que acabava trazendo o Coxa para o campo gremista. Estabeleceu-se uma tensão no Olímpico, que durou aproximadamente entre os 10 e os 25 do segundo tempo. A saída da dupla de frente, Reinaldo e Marcel por André Luís e Morales, deu ao tricolor nova vida na frente. Com o Coritiba cada vez mais apressado, surgiram alguns contra-golpes, normalmente puxados pelo melhor em campo, Willian Magrão. Uma pequena pressão veio, e Héverton fez o segundo. Era a tranqüilidade que faltava, e nem o gol de Ariel no finzinho abalou a festa no Olímpico.
O Grêmio vence, o que era absolutamente fundamental. Todos reclamam, com alguma razão, de os jogos não serem no mesmo horário, o que trouxe ao confronto do Olímpico um peso ainda maior ao tricolor gaúcho, já que o tricolor paulista vencera o Figueirense minutos antes. Pois aora os comandados chegam a 66 e afirmam-se como candidatos ao título, correndo atrás do São Paulo. Agora, Vitória e Vasco serão os fiéis da balança na rodada que vem. Talvez seja a grande chance de o clube da Azenha retomar a ponta, talvez não. Ninguém se atreve a prever o futuro sem fazer ressalvas.
Campeonato Brasileiro 2008 - 35ª rodada
16/novembro/2008
GRÊMIO 2 x CORITIBA 1
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Público: 43.057
Renda: R$ 760.021,75
Gols: Tcheco 27 do 1º; Héverton 30 e Ariel 46 do 2º
Cartão amarelo: Adílson, Willian Magrão, Tcheco, Maurício, Leandro Donizete e Hugo
Expulsão: Marcos Tamandaré 33 do 2º
GRÊMIO: Victor (6), Amaral (6,5), Réver (6,5) e Héverton (7); Souza (4), Rafael Carioca (5) (Adílson, 35 do 2º - sem nota), Willian Magrão (7), Tcheco (7) e Hélder (5); Reinaldo (6) (André Luís, 24 do 2º - 5) e Marcel (4,5) (Morales, 24 do 2º - 5,5). Técnico: Celso Roth (6)
CORITIBA: Vanderlei (5,5), Maurício (5), Rodrigo Mancha (5) e Felipe (5,5); Marcos Tamandaré (4,5), Alê (5), Leandro Donizete (5,5) (Carlinhos Paraíba, 15 do 2º - 5,5), Marlos (7) e Ricardinho (5,5); Hugo (4,5) (Jaílson, 27 do 2º - 5) e Keirrison (5,5) (Ariel, 16 do 2º - 5,5). Técnico: Dorival Júnior (5,5)
Foto: Nabor Goulart/Futura Press
Comentários
vai dar uma casa pra mae e o coxa q se EXPLODA.
alias, TRAFFIC contratando GRANDES NOMES pra 2009... detalhes hj, na 7 edição do CARTA NA MESA.
Ganhar jogando feio, a essa altura do campeonato, é a coisa mais linda que existe.
E parabéns pelo post 1000, presidente ;D
Li na Zero Hora, Li novamente aqui (bem mais confiável) que Rafael Carioca teve dificuldade na marcação de Marlos. Surpreendente. Acho que é a primeira vez no campeonato que isso ocorre.
O cansaço da dupla de ataque começou a tornar-se cada vez mais evidente, o que acabava trazendo o Coxa para o campo gremista
Não foi a primeira vez que a troca da dupla de ataque resultou em aumento do poder de marcação.
Tirando o psicológio, não vejo maiores prejuízos em se jogar antes ou depois dos outros. Penso que só a última rodada deve ser simultanea.
Obrigado pelo elogio e pela confiança. Credibilidade é um bem valioso e, acima de tudo, uma conquista para qualquer jornalista.
Sobre o Rafael Carioca, sofreu demais com o Marlos. Perdia sempre na velocidade, foi constantemente envolvido, quase comprometeu. Mas lhe dei um 5 porque, fora isso, foi muito bem na distribuição de jogo.
Também acho que a simultaneidade pesa pelo psicológico, o que não é pouco numa situação em que todo detalhe é fundamental como esta. Tem que ocorrer no mesmo horário, a meu ver, sempre que houver possibilidades matemáticas de alguém ser campeão na rodada em questão. São Paulo ainda não poderá ser campeão domingo. Porém, todos os jogos dos dois tricolores serão concomitantes de agora em diante.
Quanto ao Grêmio... Bem, terei uma semana de sofrimento antes do jogo contra o Vitória.
Esperemos uma boa atuação da equipe de Roth. Esperemos...
Carta > Romário!
Abraço.
Carta > Pelé
Assisti ao jogo pela TV. Souza jogou pouco e Carioca teve dificuldades sim, mas nem por isso jogou mal. Não teria tirado o Reinaldo, já o Marcel apenas comprovou que é um poste.
No Impedimento deram a letra: os gols do Grêmio, assim como o do Santos, foram de PINOGOL. hçfklas
Abraço!