Rafa pára Felipão
Normalmente, quem vence este clássico da década do futebol inglês é aquele time em que seu grande articulador joga melhor: nas grandes vitórias do Liverpool, Gerrard sempre foi o cérebro das ações; nas do Chelsea, Lampard foi destaque. Ambos hoje jogaram um futebol parecido, de alguns bons momentos e outros mais discretos. Foi, de fato, uma partida equilibrada; mas coube a um volante normalmente de poucas aparições no campo de frente decidir e desequilibrar a partida em favor dos reds.
Xabi Alonso foi o maior nome de um jogo que o Liverpool impôs sua maneira de jogar à do Chelsea. Ou seja: apesar do equilíbrio, os visitantes jogaram melhor em Stamford Bridge. Parece contradição, mas não é: com o gol marcado cedo, logo a 9 minutos, levar a partida de um modo parelho era muito mais conveniente ao time de Rafa Benítez que ao de Felipão. E foi deste modo que terminou a invencibilidade do Chelsea de 4 anos e meio e 86 jogos na Premier League jogando no seu estádio.
A equipe de Londres sentiu o gol quase acidental, sofrido logo no início. Somente por volta dos 30 minutos foi que os atuais vice-campeões europeus começaram a pressionar com maior consistência. Foi um momento de marcação-pressão, em que a equipe da casa ganhava todos os rebotes, mas tinha pouca penetração por baixo. Alonso e Mascherano foram perfeitos na marcação a Lampard e Deco. Já os meias abertos, Kalou e Malouda, eram bem controlados pelos laterais Arbeloa e Fábio Aurélio. Restavam apenas os levantamentos, mas Carragher e Agger estiveram sempre impecáveis.
Corrigidos estes problemas no intervalo, o Liverpool foi melhor no segundo tempo. Neutralizou o Chelsea com uma postura um pouco mais adiantada, dando menos campo aos comandados de Scolari. A marcação aos pontas do Chelsea agora começavam com os meias Kuyt e Riera, o que dificultava ainda mais as chegadas pelo lado, constantes no fim da etapa inicial. Uma aula de marcação coletiva. Alonso continuou implacável, teve boa saída de jogo, e ainda bateu falta com exrema categoria no poste de Petr Cech. Felipão lançou mão de Di Santo e Belletti, adiantado como meia. Nenhuma das duas funcionou. Anelka, como de hábito, foi sumido. O treinador gaúcho é a última esperança de que este francês jogue alguma coisa. Por enquanto, não tem dado certo.
Com esta bela jornada, o Liverpool vence o duelo direto pela liderança e se isola com 23 pontos, deixando o Chelsea com 20. Já são 8 pontos de vantagem para os bicampeões do Manchester United. É cedo ainda, mas nunca, nos últimos 11 anos, o time vermelho largou tão bem. Para quem está desde 1990 sem levantar a taça nacional, é uma esperança e tanto.
Campeonato Inglês 2008/09 - 9ª rodada
26/outubro/2008
CHELSEA 0 x LIVERPOOL 1
Local: Stamford Bridge, Londres (ING)
Árbitro: Howard Webb
Público: não divulgado
Gol: Alonso 9 do 1º
Cartão amarelo: Malouda, Ashley Cole, Deco, Riera, Gerrard e Mascherano
CHELSEA: Cech (5,5), Bosingwa (5,5) (Sinclair, 39 do 2º - sem nota), Ricardo Carvalho (5,5), Terry (6) e Ashley Cole (5); Mikel (6), Deco (5), Lampard (5,5), Kalou (5) (Di Santo, 12 do 2º - 4,5) e Malouda (4,5) (Belletti, 12 do 2º - 4,5); Anelka (4). Técnico: Luiz Felipe Scolari (5)
LIVERPOOL: Reina (6), Arbeloa (5,5), Carragher (7), Agger (7) e Fábio Aurélio (6); Mascherano (5,5), Alonso (7,5), Gerrard (5,5), Kuyt (6) (Lucas, 42 do 2º - sem nota) e Riera (6) (Hyypia, 44 do 2º - sem nota); Robbie Keane (5) (Babel, 14 do 2º - 5,5). Técnico: Rafa Benítez (7,5)
Xabi Alonso foi o maior nome de um jogo que o Liverpool impôs sua maneira de jogar à do Chelsea. Ou seja: apesar do equilíbrio, os visitantes jogaram melhor em Stamford Bridge. Parece contradição, mas não é: com o gol marcado cedo, logo a 9 minutos, levar a partida de um modo parelho era muito mais conveniente ao time de Rafa Benítez que ao de Felipão. E foi deste modo que terminou a invencibilidade do Chelsea de 4 anos e meio e 86 jogos na Premier League jogando no seu estádio.
A equipe de Londres sentiu o gol quase acidental, sofrido logo no início. Somente por volta dos 30 minutos foi que os atuais vice-campeões europeus começaram a pressionar com maior consistência. Foi um momento de marcação-pressão, em que a equipe da casa ganhava todos os rebotes, mas tinha pouca penetração por baixo. Alonso e Mascherano foram perfeitos na marcação a Lampard e Deco. Já os meias abertos, Kalou e Malouda, eram bem controlados pelos laterais Arbeloa e Fábio Aurélio. Restavam apenas os levantamentos, mas Carragher e Agger estiveram sempre impecáveis.
Corrigidos estes problemas no intervalo, o Liverpool foi melhor no segundo tempo. Neutralizou o Chelsea com uma postura um pouco mais adiantada, dando menos campo aos comandados de Scolari. A marcação aos pontas do Chelsea agora começavam com os meias Kuyt e Riera, o que dificultava ainda mais as chegadas pelo lado, constantes no fim da etapa inicial. Uma aula de marcação coletiva. Alonso continuou implacável, teve boa saída de jogo, e ainda bateu falta com exrema categoria no poste de Petr Cech. Felipão lançou mão de Di Santo e Belletti, adiantado como meia. Nenhuma das duas funcionou. Anelka, como de hábito, foi sumido. O treinador gaúcho é a última esperança de que este francês jogue alguma coisa. Por enquanto, não tem dado certo.
Com esta bela jornada, o Liverpool vence o duelo direto pela liderança e se isola com 23 pontos, deixando o Chelsea com 20. Já são 8 pontos de vantagem para os bicampeões do Manchester United. É cedo ainda, mas nunca, nos últimos 11 anos, o time vermelho largou tão bem. Para quem está desde 1990 sem levantar a taça nacional, é uma esperança e tanto.
Campeonato Inglês 2008/09 - 9ª rodada
26/outubro/2008
CHELSEA 0 x LIVERPOOL 1
Local: Stamford Bridge, Londres (ING)
Árbitro: Howard Webb
Público: não divulgado
Gol: Alonso 9 do 1º
Cartão amarelo: Malouda, Ashley Cole, Deco, Riera, Gerrard e Mascherano
CHELSEA: Cech (5,5), Bosingwa (5,5) (Sinclair, 39 do 2º - sem nota), Ricardo Carvalho (5,5), Terry (6) e Ashley Cole (5); Mikel (6), Deco (5), Lampard (5,5), Kalou (5) (Di Santo, 12 do 2º - 4,5) e Malouda (4,5) (Belletti, 12 do 2º - 4,5); Anelka (4). Técnico: Luiz Felipe Scolari (5)
LIVERPOOL: Reina (6), Arbeloa (5,5), Carragher (7), Agger (7) e Fábio Aurélio (6); Mascherano (5,5), Alonso (7,5), Gerrard (5,5), Kuyt (6) (Lucas, 42 do 2º - sem nota) e Riera (6) (Hyypia, 44 do 2º - sem nota); Robbie Keane (5) (Babel, 14 do 2º - 5,5). Técnico: Rafa Benítez (7,5)
Comentários
Drogba, Ballack e Essien estão no DM, pelo que andei pesquisando.
Quanto tempo o Cech ainda vai usar aquele capacete? Achei que ele precisasse usá-lo apenas por um ano.
O que eu não consigo compreender são algumas contratações desses times milionários, como Anelka, Kuyt, entre outros. Qualquer jogador de meio e frente brasileiro que se destaque por aqui joga mais que estes locos.
e o kuyt acho bom jogador, guerreiro, baita artilheiro.
o anelka, realmente, e' uma uva daquelas que so' poderiam dar certo num time do felipao, como o vicente apontou.
alias, felipao que sofreu por ANOS na mao de PAULETA, POSTIGA e depois nuno gomes, dois limtados pra caraleo. ate' hoje imagino como teria sido se o jardel tivesse se naturalizado portugues. portugal tricampeao mundial.
esse jogo tem tudo pra ter sido o jogo do fim de semana. atletico de madrid comecou vencendo por 2 a 0, o primeiro uma jogada linda e um canudo do simao. depois, tomou 4 a 2 e voltou a empatar em 4, tal qual aquele bizarro gremio x fluminense. o simao parece estar em muito bota forma, participou de pelo menos tres gols de forma decisiva.