Professor Maradona
O Olé acaba de confirmar. Diego Armando Maradona é o novo técnico da seleção argentina, em substituição a Alfio Coco Basile, que pediu demissão após os maus resultados nas Eliminatórias. É uma decisão de grande impacto não só para nossos vizinhos do Prata, como para todo o continente e até o planeta.
Talvez haja quem queira comparar esta escolha da AFA com a da CBF por Dunga. Um ex-jogador da seleção, que nunca foi treinador, assume o comando do escrete nacional num momento de crise. Porém, a escolha de Maradona é muito maior que isso. É muito mais impactante, por diversos motivos, que vão desde a importância histórica deste personagem para o futebol e a pátria argentina até seu passado polêmico.
Os argentinos têm a tendência histórica de apelar para o caudilhismo. É um modo de pensar arraigado na Argentina, a crença de que há um salvador da pátria que fará o país retomar os bons tempos do início do século XX, quando rivalizava com potências mundiais e exibia um alto padrão de vida. Maradona será a Evita do século XXI. Mesmo que sua pior fase econômica e social já tenha passado, é ainda no futebol que os platinos podem sempre figurar entre os melhores. Como há 15 anos não ganham um título com sua seleção principal, Maradona virá para tentar salvar a pátria. Literalmente.
O exemplo mais próximo que tenho deste é a escolha da Alemanha por Beckenbauer, nos anos 80. Mesmo assim, o inusitado de agora é incomparável. Porque o Kaiser, além de ser uma figura muito mais séria, sóbria e de liderança que Dieguito, vem de uma escola e de uma nação com hábitos diferentes. Sua colocação como técnico foi uma tendência natural de quem encerrou a carreira como atleta para assumir o comando. Völler e Klinsmann, mais recentemente, funcionaram assim. Van Basten na Holanda também. Na Argentina, a escolha de Maradona é muito mais emocional que técnica; é muito mais uma resposta à comoção popular em relação à seleção que um projeto de longo prazo. É um paliativo. Pode dar certo ou não, futebol não é ciência exata.
Porém, analisando a questão mais friamente, imagino que o projeto não se sustentará a longo prazo. Não apenas porque Maradona nunca foi exemplo de disciplina e conduta: Portaluppi também não era flor que se cheire, e levou o Fluminense à final da Libertadores. O que a Argentina precisava era de um treinador que soubesse harmonizar taticamente uma equipe que tem tantos jogadores de primeiríssima linha; não de um motivador, que é a impressão que tenho que Maradona será. Talvez pudesse ser Bianchi este nome; Ramón Díaz; Simeone; Russo. Algum deles, ou outros tantos. Mas os argentinos provavelmente vão passar a apoiar ainda mais incondicionalmente seu selecionado nacional, já que Maradona é agora o novo comandante e chamariz para superar este mau momento. Mais uma vez, preferiram se iludir com um caudilhismo ultrapassado que investir em algo mais sério e a longo prazo. Resta saber se, caso o resultado disso seja um fracasso, Maradona continuará sendo amado de forma incondicional em sua pátria.
Talvez haja quem queira comparar esta escolha da AFA com a da CBF por Dunga. Um ex-jogador da seleção, que nunca foi treinador, assume o comando do escrete nacional num momento de crise. Porém, a escolha de Maradona é muito maior que isso. É muito mais impactante, por diversos motivos, que vão desde a importância histórica deste personagem para o futebol e a pátria argentina até seu passado polêmico.
Os argentinos têm a tendência histórica de apelar para o caudilhismo. É um modo de pensar arraigado na Argentina, a crença de que há um salvador da pátria que fará o país retomar os bons tempos do início do século XX, quando rivalizava com potências mundiais e exibia um alto padrão de vida. Maradona será a Evita do século XXI. Mesmo que sua pior fase econômica e social já tenha passado, é ainda no futebol que os platinos podem sempre figurar entre os melhores. Como há 15 anos não ganham um título com sua seleção principal, Maradona virá para tentar salvar a pátria. Literalmente.
O exemplo mais próximo que tenho deste é a escolha da Alemanha por Beckenbauer, nos anos 80. Mesmo assim, o inusitado de agora é incomparável. Porque o Kaiser, além de ser uma figura muito mais séria, sóbria e de liderança que Dieguito, vem de uma escola e de uma nação com hábitos diferentes. Sua colocação como técnico foi uma tendência natural de quem encerrou a carreira como atleta para assumir o comando. Völler e Klinsmann, mais recentemente, funcionaram assim. Van Basten na Holanda também. Na Argentina, a escolha de Maradona é muito mais emocional que técnica; é muito mais uma resposta à comoção popular em relação à seleção que um projeto de longo prazo. É um paliativo. Pode dar certo ou não, futebol não é ciência exata.
Porém, analisando a questão mais friamente, imagino que o projeto não se sustentará a longo prazo. Não apenas porque Maradona nunca foi exemplo de disciplina e conduta: Portaluppi também não era flor que se cheire, e levou o Fluminense à final da Libertadores. O que a Argentina precisava era de um treinador que soubesse harmonizar taticamente uma equipe que tem tantos jogadores de primeiríssima linha; não de um motivador, que é a impressão que tenho que Maradona será. Talvez pudesse ser Bianchi este nome; Ramón Díaz; Simeone; Russo. Algum deles, ou outros tantos. Mas os argentinos provavelmente vão passar a apoiar ainda mais incondicionalmente seu selecionado nacional, já que Maradona é agora o novo comandante e chamariz para superar este mau momento. Mais uma vez, preferiram se iludir com um caudilhismo ultrapassado que investir em algo mais sério e a longo prazo. Resta saber se, caso o resultado disso seja um fracasso, Maradona continuará sendo amado de forma incondicional em sua pátria.
Comentários
Yo: capaz?
Vicente: sim. vai no Clic Esportes
Yo: vai cheirar a área técnica
Vicente: jsdljflsdk. a Argentina tá com CHEIRO de tricampeã em 2010, hein?
Yo: huaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... acho q o maradona tem tudo pra ter uma boa CARREIRA como treinador
Vicente: jdfkljdlkdslkfkds. pô meu, guarda essas coisas pros comentários...
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agora vou ler o texto...
(piada infame, atendendo a pedidos)
Mas Malvinas à parte, será MUITO divertido.
sfdhdshfhkdsf
Farei uma compilação de todas as piadas que vão surgir sobre esse caso.
*pensando numa piada para Maradona*
Veremos água batizada, carrinhos por trás, dedo no olho e tudo o mais.
Esperem COLOCCINI com a faixa de capitão.
todos os trocadilhos possíveis
já tá tudo batido
eu: sim, eu li, huahauhuaha
Vicente: o Zeh até botou nossa conversa por gmail
grande momento
eu: mas ninguém usou a idéia de maradona usar o CANUDO como principal lance de ataque
Vicente: djsfkljdslfjldjsf
e qual será o lugar do CANIGGIA na comissão técnica?
eu: caniggia vai ALINHAR os jogadores
para que maradona possa ASPIRAR o estrelato
Vicente: lfdsjkfslj
ou então ser o TRAFICANTE, digo, EMPRESÁRIO dos CRACKS
Qualquer trocadilho infame que se faça terá que dar seus copyrights a nós.
ainda bem que não tinha ninguém na minha sala enquanto eu lia isso...
http://www.record.pt/noticia.asp?id=807599&idCanal=44