Os erros se repetem

Um dia o Botafogo aprenderá a jogar torneios sul-americanos. Todos os grandes aprendem, fatalmente: assim foi com o Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, São Paulo, Vasco, Flamengo. O Fluminense sofreu o mesmo processo este ano, para quem sabe ganhar algo num futuro próximo. Todos estes sofreram tombos em competições continentais antes, até alcançarem a glória e respeito dos seus pares na América do Sul. Só o Santos de Pelé já chegou ganhando. Mas este é um time que jamais pode servir de comparação, tal qual a seleção brasileira de 1970.

Mas parece não ter sido desta vez que o Botafogo vai colocar em prática os aprendizados que sofreu recentemente. Ano passado, levou 4 a 2 do River Plate e caiu vexatoriamente da Sul-Americana. Hoje, viu seu adversário ficar com 10 homens logo aos 18 minutos de jogo. Em vez de segurar o jogo, trocar passes no campo ofensivo e não correr riscos a partir daí, retraiu-se, como time pequeno que ainda é, em termos continentais. Nem as ausências de Carlos Alberto e Lúcio Flávio podem justificar (quem sabe amenizem um pouco) a falta de postura da equipe. Levou o primeiro tempo para um útil 0 a 0, mas todos pareciam prever que os argentinos, mais cedo ou mais tarde, fariam um gol.

Fizeram dois: o primeiro, em falha na saída de gol do bizarro goleiro uruguaio Castillo; o segundo, por desatenção de todos, que não viram a cobrança rápida de falta que resultou no golaço de Verón, que segue jogando muito em La Plata. Túlio, bom jogador que seria ainda melhor se não fosse intempestivo, ainda conseguiu a proeza de ser expulso, quando Wellington Paulista já assinalava a Carlos Amarilla sua vontade louca de ir para o chuveiro mais cedo. Aliás, este centroavante cometeu outro pecado: perdeu gol em que o goleiro já estava batido, quando o placar marcava 0 a 0. Não se pode perder chances assim, fora de casa, com um a mais, em mata-mata. Ainda mais contra o Estudiantes, cobra-criada em competições eliminatórias.

Ainda existe chance de recuperação para o alvinegro da estrela solitária. O jogo da volta, no Engenhão, precisa ser de mobilização total para que o time alcance o 3 a 0 ou, no mínimo, leve a disputa aos pênaltis. Para que 2008 não vire mais um ano em que o Botafogo ficará conhecido como o time que "jogou como nunca, mas perdeu como sempre".

Foto: EFE

Comentários

Anônimo disse…
Botafogo, Botafogo
Campeão desde 1910
Foste herói em cada jogo, Botafogo
Por isso é que tu és, e hás de ser
Nosso imenso prazer
Tradição, aos milhões tens também
Tu és o glorioso, não podes perder
Perder pra ninguém
NOUTROS ESPORTES tua fibra está presente
Honrando as cores do Brasil e da nossa gente
Na estrada dos louros, um facho de luz
Tua estrela solitária te conduz.
ioio disse…
só pras constar.. o flamengo de zico foi campeão em sua primeira libertadores...