A tentativa do uruguaio
Sem Willian Magrão, Celso Roth tentará a volta do equilíbrio no meio-campo com Orteman na segunda função. O uruguaio já diz ter executado estas funções em outros clubes que jogou, e participou do coletivo de ontem assim.
Vendo o desempenho dos últimos jogos, é preciso realmente mudar. Tcheco tende a cair de rendimento jogando mais recuado. No jogo contra o Vasco, onde teve grande atuação, fez o segundo homem, mas foi uma partida atípica, onde praticamente não houve a necessidade de marcar forte, já que o adversário não exigiu quase nada do Grêmio defensivamente.
Ainda penso que Makelele é o jogador mais indicado para jogar ali, não apenas pelo conservadorismo de quem, como eu, nunca viu Orteman atuar mais recuado. O ex-palmeirense tem boa saída de bola, poder de marcação e deu boa resposta até aqui. O uruguaio pode dar certo, é um jogador de muita qualidade, mas soa como mais uma tentativa de Roth de colocar os teoricamente melhores a qualquer custo. Não é a hora para mudar a dinâmica do time, já foi provado isso dentro de campo. Também não sei qual é a condição física de Orteman para jogar num lugar do campo que se exige muito do atleta. Porém, isto só deve ocorrer enquanto Willian Magrão estiver sem condições. E um ponto a favor do treinador: o Grêmio chegou a um estágio tático onde é possível que jogadores que não sejam oriundos de uma função a executem e dê tudo certo. Claro que não é o ideal, erros podem acontecer, e com Tcheco e Souza isso não se verificou; mas com Orteman pode haver sucesso, já que não seria uma improvisação tão grande.
A volta de Anderson Pico à canhota deve ser saudada. Será o retorno de uma marcação mais adiantada na frente a partir dos alas, mais um para ajudar na criação - enfim, a volta de uma jogada pela esquerda, o que facilita também o trabalho de Paulo Sérgio, sobrecarregado nos últimos duelos, pela direita. Se Orteman der a consistência defensiva necessária para manter um jogador irresponsável como Pico na ala, será um ganho para o Grêmio.
De volta ao Vasco e à zona de rebaixamento
Renato Portaluppi deixou o Vasco e um projeto sério no clube em 2007 para que Romário pudesse fazer o gol 1.000, que estava acima das competições do time na lista de prioridades em São Januário. Foi ao Fluminense, ganhou a Copa do Brasil, foi vice da Libertadores, viu o time decair na zona de rebaixamento do Brasileiro, enquanto o Vasco fazia campanhas medíocres. Agora, para salvar o time da queda, retorna.
Era realmente o melhor nome para comandar o clube de Dinamite em uma de suas piores fases da história. Não seria PC Gusmão, com quem o time fatalmente afundaria rumo à Série B. Tampouco Alexandre Gallo, de fala mansa e pouco carisma. Portaluppi tem discurso forte, tocante e que mobiliza os atletas; está em ascensão na carreira; e conhece o Rio de Janeiro e o Vasco como poucos. O argumento de alguns dentro do clube, que não o queriam porque seria mais identificado com Flamengo e Fluminense, não procede, e não deve prevalecer. Renato gosta do Rio de Janeiro, se identifica com a cidade. E com o Grêmio, claro, que tem interesse que o Vasco se recupere neste domingo.
Portaluppi terá uma estréia ingrata, contra o Palmeiras, no Palestra Itália. Pega um time que disputa o título do campeonato, fora de casa, com o Vasco em frangalhos, eliminado da Sul-Americana pelo próprio time misto do Palmeiras na quarta. É jogo onde a derrota parece certa. Impossível cobrar algo dele já neste fim-de-semana, mas, claro, se vier a zebra, será tratado como herói por todos.
Em tempo:
- No mínimo antipática a decisão da Conmebol de marcar o jogo do Internacional contra a Universidad Católica para quinta, às 22:15, em Santiago, a 3 dias do Gre-Nal. Talvez isto force o colorado a colocar time reserva no Chile. Não dá para valorizar a Sul-Americana desse jeito.
- Pato na Udinese?
- Corinthians perderá 10 jogadores no fim do ano. Entre eles, Herrera, Diogo Rincón, Perdigão e Acosta.
- Diego Souza pode ser suspenso pela cotovelada que deu em jogador do Cruzeiro domingo passado. No Grêmio, André Luís pegou dois jogos, por jogada em partida contra o Vasco.
- Enfim, Ziza Valladares renuncia no Atlético-MG. Não precisava ser em meio ao Brasileiro, mas, de qualquer forma, é um presente de centenário que consola o torcedor do Galo.
Vendo o desempenho dos últimos jogos, é preciso realmente mudar. Tcheco tende a cair de rendimento jogando mais recuado. No jogo contra o Vasco, onde teve grande atuação, fez o segundo homem, mas foi uma partida atípica, onde praticamente não houve a necessidade de marcar forte, já que o adversário não exigiu quase nada do Grêmio defensivamente.
Ainda penso que Makelele é o jogador mais indicado para jogar ali, não apenas pelo conservadorismo de quem, como eu, nunca viu Orteman atuar mais recuado. O ex-palmeirense tem boa saída de bola, poder de marcação e deu boa resposta até aqui. O uruguaio pode dar certo, é um jogador de muita qualidade, mas soa como mais uma tentativa de Roth de colocar os teoricamente melhores a qualquer custo. Não é a hora para mudar a dinâmica do time, já foi provado isso dentro de campo. Também não sei qual é a condição física de Orteman para jogar num lugar do campo que se exige muito do atleta. Porém, isto só deve ocorrer enquanto Willian Magrão estiver sem condições. E um ponto a favor do treinador: o Grêmio chegou a um estágio tático onde é possível que jogadores que não sejam oriundos de uma função a executem e dê tudo certo. Claro que não é o ideal, erros podem acontecer, e com Tcheco e Souza isso não se verificou; mas com Orteman pode haver sucesso, já que não seria uma improvisação tão grande.
A volta de Anderson Pico à canhota deve ser saudada. Será o retorno de uma marcação mais adiantada na frente a partir dos alas, mais um para ajudar na criação - enfim, a volta de uma jogada pela esquerda, o que facilita também o trabalho de Paulo Sérgio, sobrecarregado nos últimos duelos, pela direita. Se Orteman der a consistência defensiva necessária para manter um jogador irresponsável como Pico na ala, será um ganho para o Grêmio.
De volta ao Vasco e à zona de rebaixamento
Renato Portaluppi deixou o Vasco e um projeto sério no clube em 2007 para que Romário pudesse fazer o gol 1.000, que estava acima das competições do time na lista de prioridades em São Januário. Foi ao Fluminense, ganhou a Copa do Brasil, foi vice da Libertadores, viu o time decair na zona de rebaixamento do Brasileiro, enquanto o Vasco fazia campanhas medíocres. Agora, para salvar o time da queda, retorna.
Era realmente o melhor nome para comandar o clube de Dinamite em uma de suas piores fases da história. Não seria PC Gusmão, com quem o time fatalmente afundaria rumo à Série B. Tampouco Alexandre Gallo, de fala mansa e pouco carisma. Portaluppi tem discurso forte, tocante e que mobiliza os atletas; está em ascensão na carreira; e conhece o Rio de Janeiro e o Vasco como poucos. O argumento de alguns dentro do clube, que não o queriam porque seria mais identificado com Flamengo e Fluminense, não procede, e não deve prevalecer. Renato gosta do Rio de Janeiro, se identifica com a cidade. E com o Grêmio, claro, que tem interesse que o Vasco se recupere neste domingo.
Portaluppi terá uma estréia ingrata, contra o Palmeiras, no Palestra Itália. Pega um time que disputa o título do campeonato, fora de casa, com o Vasco em frangalhos, eliminado da Sul-Americana pelo próprio time misto do Palmeiras na quarta. É jogo onde a derrota parece certa. Impossível cobrar algo dele já neste fim-de-semana, mas, claro, se vier a zebra, será tratado como herói por todos.
Em tempo:
- No mínimo antipática a decisão da Conmebol de marcar o jogo do Internacional contra a Universidad Católica para quinta, às 22:15, em Santiago, a 3 dias do Gre-Nal. Talvez isto force o colorado a colocar time reserva no Chile. Não dá para valorizar a Sul-Americana desse jeito.
- Pato na Udinese?
- Corinthians perderá 10 jogadores no fim do ano. Entre eles, Herrera, Diogo Rincón, Perdigão e Acosta.
- Diego Souza pode ser suspenso pela cotovelada que deu em jogador do Cruzeiro domingo passado. No Grêmio, André Luís pegou dois jogos, por jogada em partida contra o Vasco.
- Enfim, Ziza Valladares renuncia no Atlético-MG. Não precisava ser em meio ao Brasileiro, mas, de qualquer forma, é um presente de centenário que consola o torcedor do Galo.
Comentários
poder ajudar a impedir um título do rival é importantíssimo. Neste dilema tentaria usar a vaga na Libertadores como fiel da balança. Se ganhar do Vitória, prioriza-se a vaga na Liber (e tentar meter o Grêmio). Se perder vai com tudo pro Chile. Sei lá.