Outra revanche se aproxima
Escalar time misto tem dado certo para vários clubes ultimamente. Não foi diferente com o Internacional. Mesmo jogando com apenas 3 titulares, o time de Tite fez um enfrentamento equilibrado com a Universidad Católica o tempo todo. Saiu perdendo, mas contava com alguns jogadores de experiência para não se abalar. Manteve o duelo em equilíbrio, arrancou um empate no finzinho, trouxe a vantagem para Porto Alegre e ainda poupou os titulares mais importantes para o Gre-Nal. Saldo mais que positivo.
O time chileno teve mais volume de jogo no primeiro tempo, apesar de não ter exatamente uma superioridade sobre o colorado. Criou mais chances, e impôs-se em determinados momentos, mas na base da correria e da vontade. Os avanços de Valenzuela eram uma constante pela direita e, aliada à grande movimentação dos atacantes Gutiérrez e Barrientos, eram as armas do time da casa. Mas faltava qualidade técnica na armação de jogadas pelo meio, o que era um problema da Católica e uma chance para o Inter. Os contra-golpes eram possíveis.
O problema do Internacional era justamente saber aproveitá-los. Ricardo Lopes e Edinho são senhores em errar passes, Rosinei esteve apático mais uma vez e Taison, que poderia dar fluidez às jogadas ofensivas, estava muito longe de Daniel Carvalho e Adriano. Os ataques colorados foram basicamente como os chilenos no primeiro tempo: trocas de passes estéreis, que culminavam com algum chute de longe ou cruzamento infrutífero. Ou lançamentos de Edinho, o que torna desnecessário qualquer comentário.
Mas o jogo tinha movimentação suficiente para que saísse um gol, e foi um belíssimo gol, diga-se. Tabela rápida dentro da área, zaga colorada só assiste a Barrientos ajeitar e fuzilar Clemer. Isto um minuto após Adriano receber um "passe" de Imboden e chutar no travessão do goleiro. A zaga chilena, por sinal, era uma teta. A do Inter também: Danny Morais teve boa atuação cobrindo erros de Bolívar, mas por cima a Católica ganhava quase todas ofensivamente. Não fez mais por incompetência.
Tite resolveu mudar as coisas colocando Magrão no lugar de Edinho. Houve uma melhora, ainda que não significativa. O jogo permaneceu equilibrado, e parecia que terminaria no 1 a 0. A melhora mesmo ocorreu a partir da entrada de Ramon no lugar de Rosinei. O esquema ficou virado num 3-5-2, onde Ramon era ala por um lado, Ricardo Lopes pelo outro, e o principal: Taison ganhou mais liberdade. Com arrancadas velozes de trás, infernizou a defesa e municiou, a toda hora, Daniel Carvalho e Adriano. O time chileno ainda chegava, mas agora com menos perigo e menos constância. O gol estava desenhado, e surgiu justamente de um lançamento, de Daniel Carvalho para Adriano, que empatou.
O Internacional encaminha bem sua classificação com este empate, precisando jogar por um 0 a 0 na próxima quinta à tarde (não entendi por que o horário). Para avançar na Sul-Americana, manter a boa fase e ter mais uma chance de revanche contra o sempre indesejável Boca Juniors.
Em tempo:
- Expulsão infantil de D'Alessandro, que nem chegou a entrar em campo.
Copa Sul-Americana 2008 - Oitavas-de-final - Jogo de ida
25/setembro/2008
UNIVERSIDAD CATÓLICA 1 x INTERNACIONAL 1
Local: San Carlos de Apoquindo, Santiago (CHI)
Árbitro: Roberto Silvera (URU)
Público: 15.000
Gols: Barrientos 42 do 1º; Adriano 39 do 2º
Cartão amarelo: Valenzuela, Rosinei e Andrezinho
UNIVERSIDAD CATÓLICA: Buljubasich (6), Valenzuela (5,5), Imboden (4,5), González (5) Pérez, 41 do 2º - sem nota) e Acevedo (5); Medel (5,5), Ormeño (5), Vásquez (4,5) e Mirosevich (5); Gutiérrez (5,5) e Barrientos (6) (Caggiano, 30 do 2º - 4,5). Técnico: Fernando Carvallo (4,5)
INTERNACIONAL: Clemer (5,5), Ricardo Lopes (5), Danny Morais (6), Bolívar (4,5) e Marcão (5,5); Edinho (4,5) (Magrão, intervalo - 5), Rosinei (4,5) (Ramon, 25 do 2º - 5,5), Taison (6,5) e Andrezinho (5,5); Daniel Carvalho (6) e Adriano (6,5). Técnico: Tite (5,5)
Foto: AP
O time chileno teve mais volume de jogo no primeiro tempo, apesar de não ter exatamente uma superioridade sobre o colorado. Criou mais chances, e impôs-se em determinados momentos, mas na base da correria e da vontade. Os avanços de Valenzuela eram uma constante pela direita e, aliada à grande movimentação dos atacantes Gutiérrez e Barrientos, eram as armas do time da casa. Mas faltava qualidade técnica na armação de jogadas pelo meio, o que era um problema da Católica e uma chance para o Inter. Os contra-golpes eram possíveis.
O problema do Internacional era justamente saber aproveitá-los. Ricardo Lopes e Edinho são senhores em errar passes, Rosinei esteve apático mais uma vez e Taison, que poderia dar fluidez às jogadas ofensivas, estava muito longe de Daniel Carvalho e Adriano. Os ataques colorados foram basicamente como os chilenos no primeiro tempo: trocas de passes estéreis, que culminavam com algum chute de longe ou cruzamento infrutífero. Ou lançamentos de Edinho, o que torna desnecessário qualquer comentário.
Mas o jogo tinha movimentação suficiente para que saísse um gol, e foi um belíssimo gol, diga-se. Tabela rápida dentro da área, zaga colorada só assiste a Barrientos ajeitar e fuzilar Clemer. Isto um minuto após Adriano receber um "passe" de Imboden e chutar no travessão do goleiro. A zaga chilena, por sinal, era uma teta. A do Inter também: Danny Morais teve boa atuação cobrindo erros de Bolívar, mas por cima a Católica ganhava quase todas ofensivamente. Não fez mais por incompetência.
Tite resolveu mudar as coisas colocando Magrão no lugar de Edinho. Houve uma melhora, ainda que não significativa. O jogo permaneceu equilibrado, e parecia que terminaria no 1 a 0. A melhora mesmo ocorreu a partir da entrada de Ramon no lugar de Rosinei. O esquema ficou virado num 3-5-2, onde Ramon era ala por um lado, Ricardo Lopes pelo outro, e o principal: Taison ganhou mais liberdade. Com arrancadas velozes de trás, infernizou a defesa e municiou, a toda hora, Daniel Carvalho e Adriano. O time chileno ainda chegava, mas agora com menos perigo e menos constância. O gol estava desenhado, e surgiu justamente de um lançamento, de Daniel Carvalho para Adriano, que empatou.
O Internacional encaminha bem sua classificação com este empate, precisando jogar por um 0 a 0 na próxima quinta à tarde (não entendi por que o horário). Para avançar na Sul-Americana, manter a boa fase e ter mais uma chance de revanche contra o sempre indesejável Boca Juniors.
Em tempo:
- Expulsão infantil de D'Alessandro, que nem chegou a entrar em campo.
Copa Sul-Americana 2008 - Oitavas-de-final - Jogo de ida
25/setembro/2008
UNIVERSIDAD CATÓLICA 1 x INTERNACIONAL 1
Local: San Carlos de Apoquindo, Santiago (CHI)
Árbitro: Roberto Silvera (URU)
Público: 15.000
Gols: Barrientos 42 do 1º; Adriano 39 do 2º
Cartão amarelo: Valenzuela, Rosinei e Andrezinho
UNIVERSIDAD CATÓLICA: Buljubasich (6), Valenzuela (5,5), Imboden (4,5), González (5) Pérez, 41 do 2º - sem nota) e Acevedo (5); Medel (5,5), Ormeño (5), Vásquez (4,5) e Mirosevich (5); Gutiérrez (5,5) e Barrientos (6) (Caggiano, 30 do 2º - 4,5). Técnico: Fernando Carvallo (4,5)
INTERNACIONAL: Clemer (5,5), Ricardo Lopes (5), Danny Morais (6), Bolívar (4,5) e Marcão (5,5); Edinho (4,5) (Magrão, intervalo - 5), Rosinei (4,5) (Ramon, 25 do 2º - 5,5), Taison (6,5) e Andrezinho (5,5); Daniel Carvalho (6) e Adriano (6,5). Técnico: Tite (5,5)
Foto: AP
Comentários
Confere?
De fato, o Inter teve várias chances de gol claríssimas. Todas, basicamente, por escapadas rápidas vindas de trás. Taison cresceu muito, Adriano e Daniel Carvalho tiveram boa atuação. Andrezinho foi razoável.