A Fúria enfim justifica a alcunha

A desconfiança é tanta quando se fala na Espanha que pouca gente poderia apostar que ela chegaria à final desta Eurocopa. Da goleada de 3 a 0 sobre a Rússia, que carimbou o passaporte para a finalíssima, só consegui acompanhar o compacto.

Fala-se em um primeiro tempo equilibrado, com os russos tendo as melhores chances. No segundo, o golo cedo de Xavi, aos 4, deixou o jogo à feição para os espanhóis, que puderam explorar o contra-ataque como fizeram no primeiro duelo contra a Rússia, na estréia de ambos. Fabregas, que incrivelmente é reserva, entrou no lugar de Villa para dar as duas assistências (a primeira delas genial) para os 3 a 0 finais.

A Espanha chega à final com todas as credenciais. Venceu as três na primeira fase, derrotou a Itália campeã do mundo nos pênaltis e foi a única equipe a vencer a Rússia de Hiddink, sensação da Euro, e por duas vezes, e ambas por goleada. Na final, a temível Alemanha. Ganhando, os espanhóis não apenas levantam uma taça que não vem desde 1964. Ela também acabará com o estigma de uma seleção sempre boa, mas sempre insuficiente e perdedora.

Em tempo:
- Bonita camiseta da Fúria.

- São Paulo contrata André Lima, ex-Botafogo. Ótimo centroavante, ainda que o clube já tenha dois de excelente nível no elenco.

Foto: Reuters