Tudo (quase) na mesma

Quase o Corinthians sai do Engenhão com o resultado tão sonhado: um empate, marcando golos. Não fosse pelo golo de Jorge Henrique, aos 43 minutos do segundo tempo. Tento que muda pouco em termos de placar, mas muda todo o jogo do Morumbi, semana que vem. Em vez de ter a chance de esperar pelo Botafogo, o time paulista precisará sair em busca da vitória, ainda que precise de um placar mínimo.

O torcedor corinthiano, que foi em grande número ao Engenhão, certamente saiu esperançoso, mas decepcionado com a derrota. Principalmente porque, no primeiro tempo, o time de Mano Menezes controlou a partida. Jogava no erro botafoguense, e ele aparecia a toda hora. Muitos passes precipitados, muita intranqüilidade. O timão retomava a bola e trocava passes sem pressa. Valorizava a posse de bola, impedindo o Botafogo de jogar e tentando encontrar um espaço fatal. Numa jogada assim, Diogo Rincón deu belo passe a Herrera, que fez excelente assistência a Carlos Alberto por trás da defesa carioca. Era o golo fora, logo aos 22 minutos.

Dali em diante, os erros do Botafogo foram se multiplicando, e o Corinthians era ainda mais perigoso. Só os paulistas tiveram chance de marcar na segunda metade do primeiro tempo. Na melhor delas, grande defesa de Renan em cabeçada de Diogo Rincón, que poderia ter definido a parada.

No segundo tempo, Cuca colocou outro centroavante ao lado de Wellington Paulista. Mas não foi pela entrada de Fábio que o time da casa melhorou de rendimento. Foi porque exerceu seu tradicional toque de bola com tranqüilidade, pressionou o Corinthians e o marcou de cima. Lúcio Flávio, articulador dos cariocas, finalmente entrou no jogo. Num pênalti de Carlos Alberto em Jorge Henrique, ele próprio empatou.

Mano Menezes então recuou seu time. Em vez de apostar na equipe que fez bom primeiro tempo, tirou Lulinha e pôs Fábio Ferreira. A melhora do Botafogo podia ser resolvida, quem sabe, com uma mudança de postura do Corinthians; ou talvez com a entrada de Perdigão ou Alessandro, homens que marcam e sabem segurar a bola no meio. Não a entrada de um zagueiro, modificando o esquema e chamando o adversário para um abafa com apenas 10 minutos do segundo tempo.

O Botafogo veio para cima, mas o Corinthians suportou e respirou a partir da entrada de Acosta. O jogo ficou equilibrado, mas o Botafogo sempre parecia mais perto de marcar. Num escanteio curto, Alessandro cruzou, Fábio Ferreira errou e acabou servindo Jorge Henrique, que fez o segundo, aos 43. Um golo que dá ao Botafogo a pequena vantagem que pertencia ao Corinthians.

Para a semana que vem, vários desfalques. Os quatro do Corinthians (Lulinha, Carlos Alberto, André Santos e Fabinho) tendem a pesar mais que os dois do Botafogo (Túlio e Alessandro). Tudo em aberto, quase tão aberto como antes do início do jogo de hoje.

Copa do Brasil 2008 - Semifinais - Jogo de ida
20/maio/2008
BOTAFOGO 2 x CORINTHIANS 1
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)
Público: 30.737
Renda: R$ 540.000,00
Golos: Carlos Alberto 22 do 1º; Lúcio Flávio (pênalti) 9 e Jorge Henrique 43 do 2º
Cartão amarelo: Wellington Paulista, Jorge Henrique, Alessandro, Túlio, André Santos, Carlos Alberto, Lulinha, Fábio Ferreira e Fabinho
BOTAFOGO: Renan (6,5), Renato Silva (5,5), André Luís (6,5) e Eduardo (5) (Adriano Felício, 31 do 2º - 5); Alessandro (6,5), Leandro Guerreiro (5,5), Túlio (5,5), Lúcio Flávio (6) e Zé Carlos (4,5) (Fábio, intervalo - 5,5); Jorge Henrique (7) e Wellington Paulista (4,5) (Alexsandro, 24 do 2º - 5,5). Treinador: Cuca (6,5)
CORINTHIANS: Felipe (6,5), Carlos Alberto (5,5), Chicão (5,5), William (5,5) e André Santos (5,5); Fabinho (5,5), Eduardo Ramos (5), Diogo Rincón (6) (Acosta, 23 do 2º - 5) e Lulinha (4,5) (Fábio Ferreira, 12 do 2º - 4,5); Dentinho (5,5) e Herrera (6). Treinador: Mano Menezes (5)

Foto: Agência Lance

Comentários

Anônimo disse…
Estádio feio. Nem parece de futebol.