Crise? Aonde?
Parece haver um certo exagero, mais um dos tantos, por parte da grande imprensa, sobre o que diz respeito ao momento do Internacional. Como infelizmente a lógica do mercado da comunicação manda que as manchetes precisam ser impactuantes e inéditas, muitas vezes é criada uma situação que não necessariamente corresponde à realidade dos fatos. E a ponderação, algo absolutamente necessário para que uma análise seja feita com a devida correção, é deixada de lado.
As entrevistas concedidas pelo vice-de-futebol Giovanni Luigi desde a eliminação na Copa do Brasil culminam sempre com a mesma pergunta: "Abel será mantido ou é refém dos resultados?" Ou então, com um pouco mais de originalidade e hipocrisia: "o grupo do Inter é bom?" O que esperam que ele responda? É a pergunta que deixo.
Este tipo de pergunta exaustivamente repetida deixa a entender que o Internacional vive uma crise em seu futebol, o que é algo bastante questionável. Tão questionável quanto os elogios apressados do primeiro semestre, de que o grupo colorado tem reposição na mesma qualidade da titularidade, que é numeroso, maravilhoso e superior a qualquer outro no Brasil. Poucos foram aqueles que com o poder do microfone fizeram a avaliação de que os titulares colorados são de primeiríssimo nível e que em algumas posições o time estava bem servido de reforços, mas em outras precisou apelar para jovens e/ou jogadores de segunda linha que não conseguiram nem conseguirão dar resposta à altura das exigências e aspirações do clube.
O Internacional tem um time titular muito qualificado e um grupo de jogadores acima da média dos maiores clubes brasileiros, mas tem também suas carências. Abel Braga tem feito a equipe render bem na maioria das partidas do ano, o que considero um bom trabalho. De uma hora para outra, o oba-oba do maravilhoso carrossel transformou-se em um time comum e dependente de dois ou três grandes jogadores. Isso é motivo para gerar uma crise?
Claro que não. O Inter tem seus problemas como qualquer outro time tem, e vive uma fase de instabilidade. Mas tem soluções que poucos clubes no país têm. Mesmo necessitando de alguns reforços, tem muita base para se levantar de uma fase instável como esta. Ninguém perde cinco ou seis titulares impunemente, ainda mais simultaneamente. Fase semelhante a esta ocorreu no primeiro turno do Brasileirão de 2005, com o time embrionário da Libertadores de 2006. Algumas derrotas vieram, e o Inter terminava o turno próximo da oitava colocação, numa derrota questionável para o Palmeiras por 3 a 2. Motivo para desespero? Não. Algumas correções foram feitas e, com um plantel acima da média, o time só não saiu campeão por força de um canetaço que melou a competição.
Portanto, é hora de deixar os homens colorados trabalharem. Não há aquela euforia descabida de 2007, quando o salto-alto ufanista fez o time degringolar na tabela de classificação. Vejo um trabalho sério e bem direcionado, com objetivos traçados e homens capazes de realizá-lo com grande correção. Alguns acréscimos são necessários, mas não mudar o treinador ou a direção do futebol mudar completamente um projeto que tem boas chances de dar certo. A exigência de 2008 é alta pela qualidade do grupo, claro, e é normal que se cobre mais de quem tem mais a dar. Mas daí a demitir treinador e vice-de-futebol e esquecer o bom trabalho do começo de ano sem analisar a qualidade dos profissionais seria um grande erro. Luigi, pelo jeito, parece ter uma postura bastante equilibrada sobre este momento, para o bem dos vermelhos.
As entrevistas concedidas pelo vice-de-futebol Giovanni Luigi desde a eliminação na Copa do Brasil culminam sempre com a mesma pergunta: "Abel será mantido ou é refém dos resultados?" Ou então, com um pouco mais de originalidade e hipocrisia: "o grupo do Inter é bom?" O que esperam que ele responda? É a pergunta que deixo.
Este tipo de pergunta exaustivamente repetida deixa a entender que o Internacional vive uma crise em seu futebol, o que é algo bastante questionável. Tão questionável quanto os elogios apressados do primeiro semestre, de que o grupo colorado tem reposição na mesma qualidade da titularidade, que é numeroso, maravilhoso e superior a qualquer outro no Brasil. Poucos foram aqueles que com o poder do microfone fizeram a avaliação de que os titulares colorados são de primeiríssimo nível e que em algumas posições o time estava bem servido de reforços, mas em outras precisou apelar para jovens e/ou jogadores de segunda linha que não conseguiram nem conseguirão dar resposta à altura das exigências e aspirações do clube.
O Internacional tem um time titular muito qualificado e um grupo de jogadores acima da média dos maiores clubes brasileiros, mas tem também suas carências. Abel Braga tem feito a equipe render bem na maioria das partidas do ano, o que considero um bom trabalho. De uma hora para outra, o oba-oba do maravilhoso carrossel transformou-se em um time comum e dependente de dois ou três grandes jogadores. Isso é motivo para gerar uma crise?
Claro que não. O Inter tem seus problemas como qualquer outro time tem, e vive uma fase de instabilidade. Mas tem soluções que poucos clubes no país têm. Mesmo necessitando de alguns reforços, tem muita base para se levantar de uma fase instável como esta. Ninguém perde cinco ou seis titulares impunemente, ainda mais simultaneamente. Fase semelhante a esta ocorreu no primeiro turno do Brasileirão de 2005, com o time embrionário da Libertadores de 2006. Algumas derrotas vieram, e o Inter terminava o turno próximo da oitava colocação, numa derrota questionável para o Palmeiras por 3 a 2. Motivo para desespero? Não. Algumas correções foram feitas e, com um plantel acima da média, o time só não saiu campeão por força de um canetaço que melou a competição.
Portanto, é hora de deixar os homens colorados trabalharem. Não há aquela euforia descabida de 2007, quando o salto-alto ufanista fez o time degringolar na tabela de classificação. Vejo um trabalho sério e bem direcionado, com objetivos traçados e homens capazes de realizá-lo com grande correção. Alguns acréscimos são necessários, mas não mudar o treinador ou a direção do futebol mudar completamente um projeto que tem boas chances de dar certo. A exigência de 2008 é alta pela qualidade do grupo, claro, e é normal que se cobre mais de quem tem mais a dar. Mas daí a demitir treinador e vice-de-futebol e esquecer o bom trabalho do começo de ano sem analisar a qualidade dos profissionais seria um grande erro. Luigi, pelo jeito, parece ter uma postura bastante equilibrada sobre este momento, para o bem dos vermelhos.
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