Paciência é o nome do jogo

Para passar pelo Paraná sem Guiñazu e talvez sem Alex, o Internacional precisará de um grande esforço, de uma jornada de superação, de um estádio lotado, de cuidados em não sofrer contra-golpes. A torcida precisa comparecer em grande número (espero 40 mil colorados hoje), fazer do Beira-Rio um caldeirão e, acima de tudo isso, ter paciência. Recado que vale ao time também.


Hoje é o jogo da paciência. O Paraná vai vir bem fechado. Que não se acredite nas palavras de Bonamigo de que os tricolores virão para atacar e tentar vencer. O negócio é se fechar lá atrás, amarrar o jogo, atrasar o Inter, segurar a pressão e buscar um contra-ataque. Se encaixar um, unzinho só, o Paraná marca um golo e obriga os gaúchos a fazerem 4, o que praticamente os elimina da Copa do Brasil.


Com as ausências de seus dois principais jogadores na temporada (Guiñazu é certo, Alex pode estar passando um migué), Abel Braga dispõe de várias opções, mas nenhuma delas supre as perdas com naturalidade. Tudo isso torna a difícil tarefa de reverter a desvantagem de Curitiba em algo ainda mais complicado. É preciso pensar o jogo não em seu todo, que obriga o Inter a um 3 a 0 ou a um 2 a 0 mais os pênaltis. Um golo depois do outro é a tática. Nada de exaltações. De preferência saindo em vantagem e não levando nenhum para o intervalo.


O exemplo de ontem da Bombonera só vale em termos anímicos. O adversário do Boca Juniors ontem já estava eliminado e nada mais tinha a fazer na competição, caso absolutamente distinto do Paraná hoje. A diferença técnica dos dois times ontem também era maior. Só a necessidade é a mesma: três golos de diferença.


Vamos ver qual será a saída encontrada por Abel Braga. Numa hora dessas é que se vê o dedo de um treinador e o espírito de luta de um grupo. Já adianto que não creio em classificação colorada para hoje à noite, pelo tamanho da desvantagem e pelas ausências que o time terá. Porém, um 2 a 0 mais pênaltis, ainda que improvável, parece palpável; e se vier a vaga às quartas, não tenho motivos para não apontar, daí, que o maior favorito ao título da Copa do Brasil mora na Padre Cacique. Mesmo que favoritismo seja uma palavra capciosa nesse peculiar torneio.


Libertadores
Noite final da Fase de Grupos, ou seja: os confrontos das oitavas se definirão hoje. A tendência indica grandes confrontos como Cruzeiro x Boca Juniors e River Plate x San Lorenzo. Aguardemos o desenrolar. Pelo Grupo 4, às 19:30, o Flamengo recebe o Coronel Bolognesi para confirmar a liderança da chave e a segunda melhor campanha no geral, só atrás do Fluminense. Nacional x Cienciano duelam no Parque Central pela segunda vaga, com vantagem do empate para os uruguaios. Com vitória, o Nacional pode pegar o São Paulo nas oitavas; com empate, a tendência é pegar o Atlas, que deve ser o adversário do Cienciano, caso este vença o duelo de hoje.


Pelo Grupo 7, às 21:50, o São Paulo recebe o Nacional-COL precisando da vitória para obter a vaga. Caso empate ou perca, precisa torcer por derrota do Audax Italiano, no Paraguai, contra o Sportivo Luqueño. Passando como líder, o tricolor deve ter como adversário o Nacional do Uruguai. Sendo vice-líder, a tendência é que pegue o Flamengo.


Copa do Brasil
Além de Internacional x Paraná, mais dois duelos definem hoje os primeiros classificados às quartas-de-final. Botafogo e Portuguesa se enfrentam no Engenhão (1 a 1 no jogo de ida), assim como Criciúma e Vasco se pegam no Heriberto Hülse (1 a 0 para os cariocas na ida). Outros dois jogos ocorrem hoje, mas como partidas de ida das oitavas-de-final: Náutico x Atlético-MG e Corinthians-AL x Juventude (este ocorre às 15:15). Amanhã, Palmeiras x Sport.


Liga dos Campeões
Barcelona x Manchester United é o banquete vespertino. Grande duelo, onde o favoritismo de passar é dos ingleses, mas que muito dependerá da partida do Camp Nou.