Com um pé nas costas
O Internacional nem precisou ser brilhante para golear a Ulbra e assegurar, com 99% de certeza, sua vaga nas semifinais do Gauchão. Uma tarde em que ficaram evidentes tanto as limitações atrozes dos comandados de Beto Almeida - desfalcados de seu goleador, Flavinho - quanto a grande fase dos dois principais jogadores colorados de 2008.
A Ulbra tentou impor uma correria nos minutos iniciais, e até chegava ao ataque com mais freqüência que o adversário porto-alegrense. Mas quando Alex e Guiñazu resolveram jogar, o Inter dominou completamente o meio-campo. Ainda mais pela fraquíssima jornada de alguns nomes importantes, como o capitão Cadu e o meia Éder Lazzari.
Fernandão esteve na sua fraca média, mas deu um passe maravilhoso para Guiñazu abrir o placar. Dali em diante, só o Inter jogou. Uma rosca do ala Júnior, um dos principais nomes da Ulbra no Gauchão, foi a síntese perfeita do pavor que tomou conta do time de Canoas. O goleiro Rafael se virava como podia para evitar o pior cada vez que os péssimos Carlinhos e Caçapa falhavam.
Logo na saída do segundo tempo, Márcio Chagas da Silva errou ao marcar pênalti de Carlinhos sobre Magrão. Não que a infração não tenha ocorrido; ela foi clara. Mas começou fora da área, e BEM fora da área. Alex bateu com categoria e premiou sua ótima atuação, até então com lançamentos precisos e passes de alta classe. Ele ainda marcaria outro, de falta, aos 33, sepultando uma incipiente reação ulbresca.
O domínio colorado foi levado às últimas conseqüências. Em uma chegada de Índio pela direita, Cadu fez golo contra, onde só havia jogadores da Ulbra. Precipitação absoluta. Beto Almeida lançou mão de Gustavo e Edílson, e eles melhoraram bastante a movimentação do ataque. Edílson descontou aos 29, e o time da casa parecia que iniciava a reação, até o segundo tento de Alex. No final, um pênalti de Jonas, que botou a mão na bola quando esta entrava no golo, mas Chagas não teve coragem de dar-lhe o segundo amarelo. Júnior bateu ridiculamente, e coroou sua péssima exibição.
De negativo, apenas o desempenho medíocre de Bustos e Iarley e mais um golo sofrido em chegadas livres dos atacantes adversários à frente do goleiro. Para um time com 3 zagueiros, o Inter sofre golos demais assim. Mas, como na Copa do Brasil, o Internacional despacha seu adversário já na partida de ida. O regulamento obriga um novo duelo semana que vem, mas certamente servirá como uma espécie de treino de luxo no Beira-Rio. Chance para corrigir estes erros que agora são perdoáveis, mas mais adiante podem ser fatais.
Campeonato Gaúcho 2008 - Quartas-de-final - Jogo de ida
30/março/2008
ULBRA 1 x INTERNACIONAL 4
Local: Complexo Esportivo da Ulbra, Canoas (RS)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Público: 1.902
Renda: R$ 46.405,00
Golos: Guiñazu 30 do 1º; Alex (pênalti) 1, Cadu (contra) 9, Edílson 29 e Alex 33 do 2º
Cartão amarelo: Neylor, Éverton Severo, Jaques, Éder Lazzari, Carlinhos, Jonas e Fernandão
ULBRA: Rafael (6,5), Caçapa (3,5) (Gustavo, 10 do 2º - 5,5), Carlinhos (3,5) e Neylor (4,5); Jonathan (4,5), Cadu (3,5) (Wanderson, 11 do 2º - 4,5), Éder Lazzari (4), Éverton Severo (5) e Júnior (3,5); Alexandre (4,5) (Edílson, 18 do 2º - 6) e Jaques (4,5). Treinador: Beto Almeida (4,5)
INTERNACIONAL: Clemer (5,5), Índio (5,5), Orozco (5,5) e Marcão (5); Bustos (4,5) (Roger, 27 do 2º - 6), Jonas (6), Magrão (6), Alex (8) e Guiñazu (7); Iarley (5) (Andrezinho, 24 do 2º - 5,5) e Fernandão (6) (Adriano, 11 do 2º - 5). Treinador: Abel Braga (6,5)
Foto: Maurício Val/VIPCOMM
A Ulbra tentou impor uma correria nos minutos iniciais, e até chegava ao ataque com mais freqüência que o adversário porto-alegrense. Mas quando Alex e Guiñazu resolveram jogar, o Inter dominou completamente o meio-campo. Ainda mais pela fraquíssima jornada de alguns nomes importantes, como o capitão Cadu e o meia Éder Lazzari.
Fernandão esteve na sua fraca média, mas deu um passe maravilhoso para Guiñazu abrir o placar. Dali em diante, só o Inter jogou. Uma rosca do ala Júnior, um dos principais nomes da Ulbra no Gauchão, foi a síntese perfeita do pavor que tomou conta do time de Canoas. O goleiro Rafael se virava como podia para evitar o pior cada vez que os péssimos Carlinhos e Caçapa falhavam.
Logo na saída do segundo tempo, Márcio Chagas da Silva errou ao marcar pênalti de Carlinhos sobre Magrão. Não que a infração não tenha ocorrido; ela foi clara. Mas começou fora da área, e BEM fora da área. Alex bateu com categoria e premiou sua ótima atuação, até então com lançamentos precisos e passes de alta classe. Ele ainda marcaria outro, de falta, aos 33, sepultando uma incipiente reação ulbresca.
O domínio colorado foi levado às últimas conseqüências. Em uma chegada de Índio pela direita, Cadu fez golo contra, onde só havia jogadores da Ulbra. Precipitação absoluta. Beto Almeida lançou mão de Gustavo e Edílson, e eles melhoraram bastante a movimentação do ataque. Edílson descontou aos 29, e o time da casa parecia que iniciava a reação, até o segundo tento de Alex. No final, um pênalti de Jonas, que botou a mão na bola quando esta entrava no golo, mas Chagas não teve coragem de dar-lhe o segundo amarelo. Júnior bateu ridiculamente, e coroou sua péssima exibição.
De negativo, apenas o desempenho medíocre de Bustos e Iarley e mais um golo sofrido em chegadas livres dos atacantes adversários à frente do goleiro. Para um time com 3 zagueiros, o Inter sofre golos demais assim. Mas, como na Copa do Brasil, o Internacional despacha seu adversário já na partida de ida. O regulamento obriga um novo duelo semana que vem, mas certamente servirá como uma espécie de treino de luxo no Beira-Rio. Chance para corrigir estes erros que agora são perdoáveis, mas mais adiante podem ser fatais.
Campeonato Gaúcho 2008 - Quartas-de-final - Jogo de ida
30/março/2008
ULBRA 1 x INTERNACIONAL 4
Local: Complexo Esportivo da Ulbra, Canoas (RS)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Público: 1.902
Renda: R$ 46.405,00
Golos: Guiñazu 30 do 1º; Alex (pênalti) 1, Cadu (contra) 9, Edílson 29 e Alex 33 do 2º
Cartão amarelo: Neylor, Éverton Severo, Jaques, Éder Lazzari, Carlinhos, Jonas e Fernandão
ULBRA: Rafael (6,5), Caçapa (3,5) (Gustavo, 10 do 2º - 5,5), Carlinhos (3,5) e Neylor (4,5); Jonathan (4,5), Cadu (3,5) (Wanderson, 11 do 2º - 4,5), Éder Lazzari (4), Éverton Severo (5) e Júnior (3,5); Alexandre (4,5) (Edílson, 18 do 2º - 6) e Jaques (4,5). Treinador: Beto Almeida (4,5)
INTERNACIONAL: Clemer (5,5), Índio (5,5), Orozco (5,5) e Marcão (5); Bustos (4,5) (Roger, 27 do 2º - 6), Jonas (6), Magrão (6), Alex (8) e Guiñazu (7); Iarley (5) (Andrezinho, 24 do 2º - 5,5) e Fernandão (6) (Adriano, 11 do 2º - 5). Treinador: Abel Braga (6,5)
Foto: Maurício Val/VIPCOMM
Comentários
"Mais um golo sofrido em chegadas livres dos atacantes adversários à frente do goleiro. Para um time com 3 zagueiros, o Inter sofre golos demais assim."
"Seria bom o Internacional dar uma passadinha na Faculdade de Farmácia da Ulbra antes do jogo, aproveitando o ensejo da partida para saber, afinal, que diabos é esta diarréia coletiva que tomou conta do elenco"
"Os placares de ontem vão confirmando aquilo que eu vinha defendendo: de onde tiraram que o grupo encabeçado pelo Internacional na primeira fase era mais forte que o do Grêmio?"
Que bom - mas QUE BOM! - que posso ler esse tipo de coisa aqui. Pensei em tudo isso durante a partida (com exceção da faculdade de farmácia, esse foi de GÊNIO!). Cada vez mais viro fã dos posts daqui (sem nenhum puxa-saquismo, é sério isso).
Mas enfim, continuo achando que o Inter não tem vantagem nenhuma em um possível Gre-Nal. E na real, só vou considerar mesmo esse time se derem esses mesmos passeios contra o Caxias. Aí sim, preocupar-me-ei.
Abraço.
Quanto aos possíveis futuros Gre-Nais, o Inter não tem realmente nenhuma vantagem. Nem o Grêmio, já que o regulamento iguala completamente as duas equipes, sem qualquer tipo de vantagem para quem tem melhor campanha - exceto jogar a segunda em casa, que nem sempre é vantagem.
Entrará em vantagem real aquele que não grudar em si o rótulo de favorito. E acho que nenhum dos dois será considerado assim.
Abraço.
Piadinha interna da melhor qualidade.
Ademais, fica uma crítica: quase sempre que te referes ao Roger, faz uma alusão à Deborah Secco. Até tu, Brutus? Deixa o homem trabalhar...