Tricolores perderão seu maior ídolo
O vazamento da informação de que Mano Menezes deixará o comando do Grêmio após o final desta temporada não chega a surpreender, a não ser pelo modo como ocorreu. As chances de o treinador ficar eram mais ou menos equivalentes às de sair, mas o vazamento desta informação após a reunião do Conselho Deliberativo ontem não será ruim apenas no longo prazo, mas no curtíssimo também. Imaginem se o improvável acontece e o Grêmio se classifica para a Libertadores? Desmente-se tudo e mantém-se o treinador?
Mesmo que levemos em conta que o tricolor deve ficar de fora da maior competição continental em 2008, é com pesar que a nação azul deverá reagir à perda de seu comandante na beira da cancha. No Grêmio, Mano Menezes não apenas devolveu ao clube sua verdadeira identidade aguerrida dentro de campo, mas também remontou-o, devolveu-lhe a grandeza e consolidou-se como um dos melhores treinadores do País na atualidade.
Para tanto, basta lembrar sua trajetória. E não precisamos aqui destrinchar todos os seus feitos, como a Batalha dos Aflitos ou a vitória no Gauchão sobre o então todo-poderoso Internacional. Basta lembrar que ele viajou a Brasília em sua estréia no tricolor, com um time que contava com Eduardo, Alessandro, Alessandro Lopes, Marcelo Oliveira e Marcinho (Saraiva); Marcus Vinícius, Nunes, Bruno e Márcio Oliveira (Denis); Anderson e Somália naquele 21 de abril de 2005, e dois anos e dois meses depois estava decidindo a Libertadores contra o Boca Juniors. Com outro time, claro.
Talvez a direção gremista entenda que é a hora de um substituto. Neste caso, pode-se considerar a famigerada "fadiga dos metais", ou seja: Mano não consegue tirar algo a mais deste time atual. Não está conseguindo mesmo, muito mais pela perda de qualidade notória em algumas posições do que por seus deméritos. Ou então a direção está deixando de olhar os dois anos e dois meses iniciais de Mano Menezes no Grêmio e prefira ficar com esta avaliação precipitada dos últimos cinco meses de turbulências. Aliás, sétimo lugar no Brasileiro é uma posição aceitável, não a ideal, mas não uma tragédia, bem longe disso.
Há, porém, uma variante que absolve a direção gremista se Mano Menezes de fato sair: se o próprio técnico quiser ir embora, seja por proposta melhor, seja por qualquer outro motivo. Aí, o melhor mesmo é procurar um substituto. De qualquer modo, o Grêmio sobreviverá sem Mano Menezes, claro. Se souber escolher bem um substituto, mesmo que não tão bom quanto Mano, continuará brigando lá em cima. Mas é uma era que está próxima do seu final. Uma era de reabilitações, de retomada da grandeza do clube. Que desmintam isso tudo.
E não me venham com Geninho!
Mesmo que levemos em conta que o tricolor deve ficar de fora da maior competição continental em 2008, é com pesar que a nação azul deverá reagir à perda de seu comandante na beira da cancha. No Grêmio, Mano Menezes não apenas devolveu ao clube sua verdadeira identidade aguerrida dentro de campo, mas também remontou-o, devolveu-lhe a grandeza e consolidou-se como um dos melhores treinadores do País na atualidade.
Para tanto, basta lembrar sua trajetória. E não precisamos aqui destrinchar todos os seus feitos, como a Batalha dos Aflitos ou a vitória no Gauchão sobre o então todo-poderoso Internacional. Basta lembrar que ele viajou a Brasília em sua estréia no tricolor, com um time que contava com Eduardo, Alessandro, Alessandro Lopes, Marcelo Oliveira e Marcinho (Saraiva); Marcus Vinícius, Nunes, Bruno e Márcio Oliveira (Denis); Anderson e Somália naquele 21 de abril de 2005, e dois anos e dois meses depois estava decidindo a Libertadores contra o Boca Juniors. Com outro time, claro.
Talvez a direção gremista entenda que é a hora de um substituto. Neste caso, pode-se considerar a famigerada "fadiga dos metais", ou seja: Mano não consegue tirar algo a mais deste time atual. Não está conseguindo mesmo, muito mais pela perda de qualidade notória em algumas posições do que por seus deméritos. Ou então a direção está deixando de olhar os dois anos e dois meses iniciais de Mano Menezes no Grêmio e prefira ficar com esta avaliação precipitada dos últimos cinco meses de turbulências. Aliás, sétimo lugar no Brasileiro é uma posição aceitável, não a ideal, mas não uma tragédia, bem longe disso.
Há, porém, uma variante que absolve a direção gremista se Mano Menezes de fato sair: se o próprio técnico quiser ir embora, seja por proposta melhor, seja por qualquer outro motivo. Aí, o melhor mesmo é procurar um substituto. De qualquer modo, o Grêmio sobreviverá sem Mano Menezes, claro. Se souber escolher bem um substituto, mesmo que não tão bom quanto Mano, continuará brigando lá em cima. Mas é uma era que está próxima do seu final. Uma era de reabilitações, de retomada da grandeza do clube. Que desmintam isso tudo.
E não me venham com Geninho!
Comentários
sem mano, sem diego, sem libertadores, foco na ARENA.
i have a BAD FEELING about this.
De qualquer modo, é inegável reconhecer a qualidade de todo o seu trabalho à frente do Grêmio, trabalho que, até que prove o contrário, é honesto. A qualidade da gestão no futebol se deveu, muito, a uma continuidade do trabalho do treinador, que Mano Menezes conseguiu obter com sua competência. Também por isso, acho que, caso Odone ficasse, Mano também ficaria. Mas aí já é especulação.
Zeh: acho que existe uma boa base para se começar o ano. O negócio é encontrar um técnico bom. Gaúcho, claro. E concordo: o Evaristo é o único técnico não-gaúcho que ganhou algo de nível nacional no Grêmio, e só por isso já merece um mínimo de respeito. Em 1990, fez também um belo Brasileirão.
Quanto aos nomes especulados, até não acho que Geninho seja um técnico ruim. Só acho que não é do perfil do Grêmio.
Fora ele, sempre gostei muito do trabalho do Paulo Autuori, embora não ache que seja o perfil do grêmio. Mesmo assim, acho que valeria a aposta.
No mais, torço para que essa névoa se dissipe logo.
Henrique: aguarde a nova cartada deste blog no fim de ano, com participação dos leitores .