Vocação para o drama
Não chegou a ser uma Batalha dos Aflitos, nem perto disso. Mas Grêmio e Náutico proporcionaram mais uma vez um duelo bastante emocionante na tarde quente do Olímpico. Diferentemente da partida truncada de 26 de novembro de 2005, o jogo de hoje foi um dos mais francos deste Brasileirão.
Era realmente difícil que não tivéssemos muitos golos. A começar pelo Náutico: time que tem um ataque liso, centrado de figura de Acosta como o grande nome ofensivo; e uma defesa facilmente batida: com dois ou três toques objetivos, o tricolor ficava próximo da meta de Fabiano. O Grêmio, por sua vez, sempre teve na consistência defensiva uma arma. Mas, mais uma vez, a fragilidade da marcação nas laterais expôs o miolo de zaga, prejudicando a atuação de Léo e William, que mais uma vez não foram bem, como no Rio.
O mérito gremista foi ter reagido rápido. Levou o golo de Onildo, falha de marcação no escanteio. Contou com a sorte: Tuta achou um golaço, quando o tricolor nem havia chegado com perigo ainda. Depois, veio a pressão bem feita, com vitórias em divididas e rebotes, trocas rápidas e, enfim, uma bela participação de Diego Souza. Marcel fez o segundo no abafa. O Grêmio seguiu pressionando e viveu seu melhor momento no jogo até Dieguito fazer o terceiro, também pelo alto.
O alívio durou segundos, até Acosta diminuir. O Náutico impôs o terror logo no início da segunda etapa, e buscou um empate que estava longínquo. Seriam necessárias paciência e pressão. Aos poucos, o tricolor foi se encontrando e imprimindo seu ritmo. Mano tirou Tuta, um dos melhores, e pôs Jonas. Ninguém entendeu porque não saía Marcel; depois, retirou Anderson Pico e pôs Luciano Marreta na lateral direita, puxando Bustos para a esquerda. O treinador gremista parecia perdido.
Aí, brilhou a estrela de Mano Menezes. Jonas entrou muito bem e teve várias vitórias pessoais contra a marcação. Marreta foi na verdade um ala, quase ponta-direita. Foi ele quem recebeu lançamento milimétrico de Tcheco, e cruzou ainda mais milimetricamente para Marcel, aquele que ficou em campo para sair Tuta, cumprimentar Fabiano. Grêmio 4 a 3, mais três pontinhos fundamentais na conta tricolor.
Grande jogo, cheio de nuances, alternativas, lances e substituições inusitadas. Chuva e sol, ao mesmo tempo, inclusive. E com festa tricolor, mais uma na Azenha, onde o Grêmio realmente se impõe.
Camisa 100
Bela homenagem a Sandro Goiano, 100 jogos com a camisa tricolor. Mesmo que sua atuação não tenha sido das melhores, a vitória deve ter sido um belo presente. Nada mais emblemático, aliás, que fazer sua centésima aparição contra o Náutico.
Campeonato Brasileiro 2007 - 33ª rodada
28/outubro/2007
GRÊMIO 4 x NÁUTICO 3
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP)
Público: 39.449
Renda: R$ 405.413,00
Golos: Onildo 6, Tuta 11, Marcel 22, Diego Souza 41 e Acosta 42 do 1º; Júlio César 1 e Marcel 24 do 2º
Cartão amarelo: William, Sandro Goiano, Anderson Pico, Everaldo, Daniel Paulista, Radamés, Geraldo e Acosta
GRÊMIO: Saja (5,5), Bustos (5), Léo (4,5), William (4,5) e Anderson Pico (5) (Luciano Fonseca, 20 do 2º - 6,5); Eduardo Costa (7), Sandro Goiano (5), Tcheco (6,5) (Labarthe, 31 do 2º - 5) e Diego Souza (7); Marcel (6,5) e Tuta (7) (Jonas, 13 do 2º - 6,5). Treinador: Mano Menezes (7)
NÁUTICO: Fabiano (5,5), Everaldo (5), Onildo (5,5) (Sidny, 15 do 2º - 5), Toninho (4,5) e Júlio César (5,5) (Dejair, 30 do 2º - 5); Radamés (5,5) (Serginho, 32 do 2º - 5), Elicarlos (5), Daniel Paulista (5,5) e Geraldo (5,5); Marcelinho (5,5) e Acosta (7). Treinador: Roberto Fernandes (6)
Foto: Grêmio
Era realmente difícil que não tivéssemos muitos golos. A começar pelo Náutico: time que tem um ataque liso, centrado de figura de Acosta como o grande nome ofensivo; e uma defesa facilmente batida: com dois ou três toques objetivos, o tricolor ficava próximo da meta de Fabiano. O Grêmio, por sua vez, sempre teve na consistência defensiva uma arma. Mas, mais uma vez, a fragilidade da marcação nas laterais expôs o miolo de zaga, prejudicando a atuação de Léo e William, que mais uma vez não foram bem, como no Rio.
O mérito gremista foi ter reagido rápido. Levou o golo de Onildo, falha de marcação no escanteio. Contou com a sorte: Tuta achou um golaço, quando o tricolor nem havia chegado com perigo ainda. Depois, veio a pressão bem feita, com vitórias em divididas e rebotes, trocas rápidas e, enfim, uma bela participação de Diego Souza. Marcel fez o segundo no abafa. O Grêmio seguiu pressionando e viveu seu melhor momento no jogo até Dieguito fazer o terceiro, também pelo alto.
O alívio durou segundos, até Acosta diminuir. O Náutico impôs o terror logo no início da segunda etapa, e buscou um empate que estava longínquo. Seriam necessárias paciência e pressão. Aos poucos, o tricolor foi se encontrando e imprimindo seu ritmo. Mano tirou Tuta, um dos melhores, e pôs Jonas. Ninguém entendeu porque não saía Marcel; depois, retirou Anderson Pico e pôs Luciano Marreta na lateral direita, puxando Bustos para a esquerda. O treinador gremista parecia perdido.
Aí, brilhou a estrela de Mano Menezes. Jonas entrou muito bem e teve várias vitórias pessoais contra a marcação. Marreta foi na verdade um ala, quase ponta-direita. Foi ele quem recebeu lançamento milimétrico de Tcheco, e cruzou ainda mais milimetricamente para Marcel, aquele que ficou em campo para sair Tuta, cumprimentar Fabiano. Grêmio 4 a 3, mais três pontinhos fundamentais na conta tricolor.
Grande jogo, cheio de nuances, alternativas, lances e substituições inusitadas. Chuva e sol, ao mesmo tempo, inclusive. E com festa tricolor, mais uma na Azenha, onde o Grêmio realmente se impõe.
Camisa 100
Bela homenagem a Sandro Goiano, 100 jogos com a camisa tricolor. Mesmo que sua atuação não tenha sido das melhores, a vitória deve ter sido um belo presente. Nada mais emblemático, aliás, que fazer sua centésima aparição contra o Náutico.
Campeonato Brasileiro 2007 - 33ª rodada
28/outubro/2007
GRÊMIO 4 x NÁUTICO 3
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP)
Público: 39.449
Renda: R$ 405.413,00
Golos: Onildo 6, Tuta 11, Marcel 22, Diego Souza 41 e Acosta 42 do 1º; Júlio César 1 e Marcel 24 do 2º
Cartão amarelo: William, Sandro Goiano, Anderson Pico, Everaldo, Daniel Paulista, Radamés, Geraldo e Acosta
GRÊMIO: Saja (5,5), Bustos (5), Léo (4,5), William (4,5) e Anderson Pico (5) (Luciano Fonseca, 20 do 2º - 6,5); Eduardo Costa (7), Sandro Goiano (5), Tcheco (6,5) (Labarthe, 31 do 2º - 5) e Diego Souza (7); Marcel (6,5) e Tuta (7) (Jonas, 13 do 2º - 6,5). Treinador: Mano Menezes (7)
NÁUTICO: Fabiano (5,5), Everaldo (5), Onildo (5,5) (Sidny, 15 do 2º - 5), Toninho (4,5) e Júlio César (5,5) (Dejair, 30 do 2º - 5); Radamés (5,5) (Serginho, 32 do 2º - 5), Elicarlos (5), Daniel Paulista (5,5) e Geraldo (5,5); Marcelinho (5,5) e Acosta (7). Treinador: Roberto Fernandes (6)
Foto: Grêmio
Comentários
E eu já cansei de perder jogão esse ano. Mas tudo bem, contra o Figueirense estarei lá.
Abraço.
achei injustas as notas do marcel e do acosta. mereciam mais.
No mais, o que vale mesmo é a soma de três pontinhos fundamentais. Contra o Atlético PR, eu já considero empate um resultado interessante - mas acho, ao contrário da maioria com quem andei conversando, que os três pontos são possíveis. O Grêmio teria que ser um time diferente do que tem sido fora de casa, mas eu sou gremista e não desisto nunca!
Só quero ver quanto tempo de "gancho" o Valdívia, Ai Ai, vai pegar.
jagdhsagdjsahdsjjsada
Meio pontito mais pro uruguaio. Me deixou em pânico vendo o COMPACTO do jogo. Melhor atacante do Brasileirão.
Gol chorado do Bustos quarta, de falta.
William não pode ter a mesma nota que o Leo
Se o Marreta nao faz o cruzamento a imprensa já tinha assunto para uma semana.
Fato.
Se o Grêmio não ganhasse esse jogo com o cruzamento do Marreta, já estaria o Wianey hoje falando: "creio que Mano Menezes está conversando muito com Abel Braga ultimamente".
golaço do tuta, um dos mais legais que já vi no estádio. ganhou do marcador na marra e meteu uma bucha sem querer, bem na minha frente.