Sova rubro-negra
No jogo de maior público do Brasileirão, 74 mil pessoas assistiram a uma verdadeira surra aplicada pelo Flamengo no Grêmio nesta tarde-noite de domingo. O previsível resultado de 2 a 0 saiu baratíssimo para os gaúchos, numa tarde que desde o princípio começou errada para o tricolor.
Se a escalação de Nunes e Labarthe contra o Goiás foi tão temida por ser emergencial, não fez sentido algum Mano Menezes ter insistido com estes dois jogadores para um jogo tão complicado como o de hoje. Era partida para Sandro Goiano, não só por ele ser o titular e ser melhor jogador, mas por ter presença e liderança.
O resultado é que a cada bola perdida no ataque, o Grêmio tinha um buraco no meio. Quando Nunes era batido, a defesa ficava absolutamente exposta, até porque Labarthe não tem tanto poder de marcação. O Flamengo tentava o jogo em bolas esticadas a Maxi Biancucchi, Leonardo Moura e Souza. Tudo coordenado por Ibson, com (mais) uma atuação de luxo.
Mesmo assim, o jogo era equilibrado. Hoje ficou bem claro que, apesar das atuações insossas, Bustos ainda deve ser o titular. Patrício era constantemente utilizado como avenida, como no segundo tento carioca. No primeiro golo, afastou errado chutando em cima de Léo, e Souza aproveitou. Esta foi a grande diferença do primeiro tempo. Mas não foi só isso: o Flamengo era mais perigoso, estava sempre perto do golo. Sua criação funcionava, a do Grêmio não. O tricolor colocou pressão, mas foi para o intervalo em desvantagem.
Mano perdeu a paciência com Diego Souza, que vem mesmo abaixo da média ultimamente, sacando-o no intervalo. Danilo Rios entrou já chutando com perigo. Foi ilusório. Depois de alguns minutos de equilíbrio, o Flamengo fez marcação pressão na saída de bola. O segundo golo veio depois de três roubadas de bola no campo de ataque. O tricolor provava o veneno que ele mesmo utilizou naqueles 2 a 0 sobre o Santos no Olímpico.
A partir daí, a goleada não veio por méritos de Saja, por bons desarmes de Léo (apesar de envolvido por Maxi no 2 a 0), e por sorte. Leonardo Moura deu meia-lua em Anderson Pico e passou a debochar do lateral gremista, ficando parado com a bola ameaçando o drible. O Grêmio, capitulante, foi humilhado.
E o Flamengo, incrivelmente, chega junto na briga da Libertadores. Não sei se terá fôlego para chegar, mas vem crescendo muito. O tricolor, de novo, teve atuação desastrosa longe da Azenha, talvez sua pior no campeonato. E paga esta irregularidade saindo do G-4. Sorte que Santos e Cruzeiro também fracassaram.
Campeonato Brasileiro 2007 - 32ª rodada
21/outubro/2007
FLAMENGO 2 x GRÊMIO 0
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sálvio Spíndola Fagundes Filho (SP)
Público: 73.881
Renda: R$ 617.683,00
Golos: Souza 24 do 1º; Ibson 15 do 2º
Cartão amarelo: Fábio Luciano, Cristian, Souza e Labarthe
FLAMENGO: Bruno (6), Leonardo Moura (7), Fábio Luciano (6,5), Ronaldo Angelim (6) e Egídio (5,5); Cristian (6) (Léo Medeiros, 45 do 2º - sem nota), Jaílton (5,5), Ibson (8) e Toró (5,5); Maxi Biancucchi (6,5) (Renato Augusto, 26 do 2º - 5,5) e Souza (6,5) (Obina, 31 do 2º - 5,5). Treinador: Joel Santana (7,5)
GRÊMIO: Saja (6), Patrício (4), Léo (5), William (5) e Anderson Pico (4); Nunes (5) (Sandro Goiano, 17 do 2º - 5), Labarthe (5), Tcheco (5) e Diego Souza (4,5) (Danilo Rios, intervalo - 4,5); Jonas (4,5) (Marcel, 17 do 2º - 5) e Tuta (3,5). Treinador: Mano Menezes (4)
Foto: Lance
Se a escalação de Nunes e Labarthe contra o Goiás foi tão temida por ser emergencial, não fez sentido algum Mano Menezes ter insistido com estes dois jogadores para um jogo tão complicado como o de hoje. Era partida para Sandro Goiano, não só por ele ser o titular e ser melhor jogador, mas por ter presença e liderança.
O resultado é que a cada bola perdida no ataque, o Grêmio tinha um buraco no meio. Quando Nunes era batido, a defesa ficava absolutamente exposta, até porque Labarthe não tem tanto poder de marcação. O Flamengo tentava o jogo em bolas esticadas a Maxi Biancucchi, Leonardo Moura e Souza. Tudo coordenado por Ibson, com (mais) uma atuação de luxo.
Mesmo assim, o jogo era equilibrado. Hoje ficou bem claro que, apesar das atuações insossas, Bustos ainda deve ser o titular. Patrício era constantemente utilizado como avenida, como no segundo tento carioca. No primeiro golo, afastou errado chutando em cima de Léo, e Souza aproveitou. Esta foi a grande diferença do primeiro tempo. Mas não foi só isso: o Flamengo era mais perigoso, estava sempre perto do golo. Sua criação funcionava, a do Grêmio não. O tricolor colocou pressão, mas foi para o intervalo em desvantagem.
Mano perdeu a paciência com Diego Souza, que vem mesmo abaixo da média ultimamente, sacando-o no intervalo. Danilo Rios entrou já chutando com perigo. Foi ilusório. Depois de alguns minutos de equilíbrio, o Flamengo fez marcação pressão na saída de bola. O segundo golo veio depois de três roubadas de bola no campo de ataque. O tricolor provava o veneno que ele mesmo utilizou naqueles 2 a 0 sobre o Santos no Olímpico.
A partir daí, a goleada não veio por méritos de Saja, por bons desarmes de Léo (apesar de envolvido por Maxi no 2 a 0), e por sorte. Leonardo Moura deu meia-lua em Anderson Pico e passou a debochar do lateral gremista, ficando parado com a bola ameaçando o drible. O Grêmio, capitulante, foi humilhado.
E o Flamengo, incrivelmente, chega junto na briga da Libertadores. Não sei se terá fôlego para chegar, mas vem crescendo muito. O tricolor, de novo, teve atuação desastrosa longe da Azenha, talvez sua pior no campeonato. E paga esta irregularidade saindo do G-4. Sorte que Santos e Cruzeiro também fracassaram.
Campeonato Brasileiro 2007 - 32ª rodada
21/outubro/2007
FLAMENGO 2 x GRÊMIO 0
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sálvio Spíndola Fagundes Filho (SP)
Público: 73.881
Renda: R$ 617.683,00
Golos: Souza 24 do 1º; Ibson 15 do 2º
Cartão amarelo: Fábio Luciano, Cristian, Souza e Labarthe
FLAMENGO: Bruno (6), Leonardo Moura (7), Fábio Luciano (6,5), Ronaldo Angelim (6) e Egídio (5,5); Cristian (6) (Léo Medeiros, 45 do 2º - sem nota), Jaílton (5,5), Ibson (8) e Toró (5,5); Maxi Biancucchi (6,5) (Renato Augusto, 26 do 2º - 5,5) e Souza (6,5) (Obina, 31 do 2º - 5,5). Treinador: Joel Santana (7,5)
GRÊMIO: Saja (6), Patrício (4), Léo (5), William (5) e Anderson Pico (4); Nunes (5) (Sandro Goiano, 17 do 2º - 5), Labarthe (5), Tcheco (5) e Diego Souza (4,5) (Danilo Rios, intervalo - 4,5); Jonas (4,5) (Marcel, 17 do 2º - 5) e Tuta (3,5). Treinador: Mano Menezes (4)
Foto: Lance
Comentários
e no segundo gol o leo não foi envolvido, foi simplesmente deixado pra trás.
Não sei porque o Bustos não jogou. Eu já achava que ele não vinha acrescentando nada, mas também não vinha comprometendo. Hoje, o Patrício comprometeu bastante.
Foi uma jornada desastrosa, tanto que nos sonegaram um pênalti e duvido que alguém tenha ânimo de protestar sobre isso. Agora é tentar colocar a cabeça no lugar, torcer pro Mano acordar dessa insanidade temporária que o tomou nas últimas semanas e massacrar o Náutico no Olímpico para ganhar moral. A classificação segue à vista, bendito seja o Figueirense. O Grêmio não é Imortal a troco de nada, e não tem nada de terra arrasada coisa nenhuma!