Não basta perder; tem que ter humilhação
Parece que somente resultados paralelos classificarão o Grêmio a uma Libertadores. Mais uma vez, longe de casa, o tricolor não apenas perdeu, como foi humilhado. E não se trata, desta vez, de um Palmeiras ou Flamengo, times fortes, que brigam pela Libertadores. Foi o mediano Atlético-PR, time absolutamente comum, que botou o escrete da Azenha na roda.
O que torna tudo ainda mais frustrante foram as circunstâncias. O time de Mano Menezes fez um bom primeiro tempo, jogando como se deve fora de casa. Não correu riscos, atacou mais que se defendeu, perdeu chances. Podia até ter vencido. No intervalo, entrou Jonas e saiu Tuta. O veloz atacante entrou bem e o Grêmio procurou o golo.
Aí, num lance isolado, William, até então soberano, levou um drible inadmissível de Ferreira, que marcou, com Saja habitualmente adiantado. O time gaúcho não sentiu o golo e foi para cima. Aos 16, Tcheco teve mais uma crise nervosa e foi expulso. Como naquele jogo contra o Fluminense, em 2006, o Grêmio desabou completamente. Foi aos poucos se irritando com a arbitragem (algumas vezes com razão); depois, com os gritos de olé. Após o golo de Michel, numa jogada assim, os nervos afloraram.
Um pouco antes, quando a Turma do Pivô (Alex Mineiro e Evandro) entrou, o jogo já estava resolvido. O que se viu foi uma das coisas mais patéticas dos últimos tempos. Os jogadores do Atlético tocavam a bola de forma quase provocativa, os do Grêmio se irritavam, iam agredir, mas os atleticanos davam o drible e deixavam os gremistas estatelados. Lembrando: era o só o Atlético-PR, um time nada mais que mediano.
Ao final, muita briga. Claiton, que nunca ganhou sequer um Gre-Nal na vida, veio provocar os gremistas com gritos de "chocolate, chocolate". Levou uma voadora de Eduardo Costa. Se alguém (juiz ou câmera de TV) viu, eis aí um desfalque para os próximos meses.
Não que a Libertadores tenha ido embora, não é de se fazer terra-arrasada, nada disso. Mas um time que quer algo mais no Brasileiro não pode perder jogos como este, deste jeito, ainda por cima. Sorte do tricolor que, exceto o São Paulo, não há times de regularidade de alto nível neste campeonato. Todos oscilam.
Lamentável. E era só o Atlético-PR.
Campeonato Brasileiro 2007 - 34ª rodada
31/outubro/2007
ATLÉTICO-PR 2 x GRÊMIO 0
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Wagner Tardelli de Azevedo (SC)
Público: 23.112
Renda: R$ 355.735,00
Golos: Ferreira 4 e Michel 36 do 2º
Cartão amarelo: Viáfara, Valencia, Claiton, William, Sandro Goiano e Diego Souza
Expulsão: Tcheco 16 do 2º
ATLÉTICO-PR: Viáfara (4,5), Danilo (5,5), Antônio Carlos (5,5) (Rogério Corrêa, 29 do 1º - 5,5) (Evandro, 31 do 2º - 5) e Rodolpho (5); Jancarlos (6,5), Valencia (5,5), Claiton (6), Netinho (5,5) e Michel (6); Ferreira (6,5) e Marcelo Ramos (5) (Alex Mineiro, 31 do 2º - 5). Treinador: Ney Franco (5,5)
GRÊMIO: Saja (5), Patrício (5,5) (Luciano Fonseca, 25 do 2º - 5), William (5), Léo (5,5) e Bustos (4,5); Eduardo Costa (5,5), Sandro Goiano (5), Tcheco (4) e Diego Souza (5,5); Marcel (5) (Hidalgo, 17 do 2º - 5) e Tuta (4,5) (Jonas, intervalo - 6). Treinador: Mano Menezes (5,5)
O que torna tudo ainda mais frustrante foram as circunstâncias. O time de Mano Menezes fez um bom primeiro tempo, jogando como se deve fora de casa. Não correu riscos, atacou mais que se defendeu, perdeu chances. Podia até ter vencido. No intervalo, entrou Jonas e saiu Tuta. O veloz atacante entrou bem e o Grêmio procurou o golo.
Aí, num lance isolado, William, até então soberano, levou um drible inadmissível de Ferreira, que marcou, com Saja habitualmente adiantado. O time gaúcho não sentiu o golo e foi para cima. Aos 16, Tcheco teve mais uma crise nervosa e foi expulso. Como naquele jogo contra o Fluminense, em 2006, o Grêmio desabou completamente. Foi aos poucos se irritando com a arbitragem (algumas vezes com razão); depois, com os gritos de olé. Após o golo de Michel, numa jogada assim, os nervos afloraram.
Um pouco antes, quando a Turma do Pivô (Alex Mineiro e Evandro) entrou, o jogo já estava resolvido. O que se viu foi uma das coisas mais patéticas dos últimos tempos. Os jogadores do Atlético tocavam a bola de forma quase provocativa, os do Grêmio se irritavam, iam agredir, mas os atleticanos davam o drible e deixavam os gremistas estatelados. Lembrando: era o só o Atlético-PR, um time nada mais que mediano.
Ao final, muita briga. Claiton, que nunca ganhou sequer um Gre-Nal na vida, veio provocar os gremistas com gritos de "chocolate, chocolate". Levou uma voadora de Eduardo Costa. Se alguém (juiz ou câmera de TV) viu, eis aí um desfalque para os próximos meses.
Não que a Libertadores tenha ido embora, não é de se fazer terra-arrasada, nada disso. Mas um time que quer algo mais no Brasileiro não pode perder jogos como este, deste jeito, ainda por cima. Sorte do tricolor que, exceto o São Paulo, não há times de regularidade de alto nível neste campeonato. Todos oscilam.
Lamentável. E era só o Atlético-PR.
Campeonato Brasileiro 2007 - 34ª rodada
31/outubro/2007
ATLÉTICO-PR 2 x GRÊMIO 0
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Wagner Tardelli de Azevedo (SC)
Público: 23.112
Renda: R$ 355.735,00
Golos: Ferreira 4 e Michel 36 do 2º
Cartão amarelo: Viáfara, Valencia, Claiton, William, Sandro Goiano e Diego Souza
Expulsão: Tcheco 16 do 2º
ATLÉTICO-PR: Viáfara (4,5), Danilo (5,5), Antônio Carlos (5,5) (Rogério Corrêa, 29 do 1º - 5,5) (Evandro, 31 do 2º - 5) e Rodolpho (5); Jancarlos (6,5), Valencia (5,5), Claiton (6), Netinho (5,5) e Michel (6); Ferreira (6,5) e Marcelo Ramos (5) (Alex Mineiro, 31 do 2º - 5). Treinador: Ney Franco (5,5)
GRÊMIO: Saja (5), Patrício (5,5) (Luciano Fonseca, 25 do 2º - 5), William (5), Léo (5,5) e Bustos (4,5); Eduardo Costa (5,5), Sandro Goiano (5), Tcheco (4) e Diego Souza (5,5); Marcel (5) (Hidalgo, 17 do 2º - 5) e Tuta (4,5) (Jonas, intervalo - 6). Treinador: Mano Menezes (5,5)
Comentários
Em primeiro lugar, qual é a do Tcheco? Ele é adulto ou não é? É capitão ou não é? Precisava de todo aquele xilique por causa de um escanteio não dado, e ainda por cima, naquela hora da partida? Será que é esse o capitão que devemos ter?
Segundo, me parece que, como sempre, o Grêmio está falhando em conclusões e recuando demais. Não vi o jogo, mas o lance dos olés deve ter acontecido mais ou menos isso.
Terceiro, acredito que o time vá pra Libertadores, sim. Se fizer os 9 pontos necessários, segura a vaga da pré-liber, pelo menos. Mas já não sei se isso é algo bom. Parece que o grupo precisa de uma chacoalhada, uma mudança radical. E ir pra Liber só esconderia ainda mais esse problema.
Antes de mais nada, vencer fora de casa!
Faltou ali.
No mais foi isso. O Grêmio poderia perfeitamente ter obtido pelo menos o empate, mesmo depois de ter tomado o gol, mas faltou tranquilidade na hora mais importante e acabou perdendo mais uma fora de casa. Dá para ir para a Libertadores ainda (eu acho que de repente nem perde mais na competição, sério mesmo), mas estou com o Fred: não sei mais se eu quero ir mesmo...
Notem que a imprensa (a daqui mesmo, imagino só então a do Paraná) estava há SEMANAS preparando o clima de guerra. Cada vez que a partida era mencionada, alguém acrescentava: "é, na Baixada vai dar confusão, quero só ver, porque VÃO QUERER REVIDAR A PARTIDA DO OLÍMPICO". Revidar o quê? A situação que se criou era a seguinte: ou o Atlético armava uma fumaceira ou então era automaticamente covarde. Ao fim, claro, o espetáculo que todos esperavam.
Eu, sinceramente, já não sei mais porque dou tanta importância pra um esporte cercado de sem-vergonhas, dentro e fora do campo. Já chega de sustentar essa canalha!
Realmente gostaria que o Carta na Manga, Impedimento e afins fizessem coberturas em tempo real dos jogos do Grêmio, quiçá uma transmição radiofônica via internet, a partir da televisão MUDA. Assim talvez a vida de quem gosta de futebol se tornasse bem menos irritante durante as 4 horas semanais que dedicamos a torcer.
Faraon tem toda a razão. Foi um clima de guerra, senão criado, alimentado pela imprensa. O próprio Fleury, dirigente do Atlético, fez questão de encerrar a discussão, mas ele continuaram a pôr fogo num jogo que valia muito para o Grêmio e nem tanto assim para o Atlético. Só não coloco transmissão radiofônica ou em tempo real porque o computador fica longe da peça aqui de casa que está colocada a TV com o Pay-Per-View.
mas e so o greio ganhar mais duas em sequencia que nosso animo muda radicalmente... espirito de torcedor e espirito de apaixonado.
no mais, o eduardo costa já deve ter se dado conta da MERDA que fez. como cidadão civilizado que sou, condeno a pancadaria. como torcedor e cabeça-quente de plantão, bem feito pro claiton, devia ter apanhado mais. como diria o bátima, ELE QUE COMEÇOU, AGORA SE FUDEU.
william capitão DJÁ!
De qualquer forma, o Clayton mereceu. Se fosse nos tempos do Dinho, alguns pessoas teriam sentido orgasmos ao saber da notícia.
E concordo. Passem a braçadeira pro William. Ou pro Saja, que ontem teve a hombridade de criticar o Tcheco abertamente.
pois então é agora que o Grêmio dá aquela arrancada final e garante a vaga na última rodada, com ajuda de três resultados paralelos.
ainda assim, se nos restar a copa do brasil e a sul americana, pode ser divertido disputar essas duas competições à vera.
Por outro lado, o Zeh tem razão: não ir à Libertadores não significa que 2008 foi para o ralo. Ou alguém não gostou de 2001 e 2006, por exemplo?
Acho que o Grêmio ainda pode ir à Libertadores, mas terá que ganhar os três jogos ganháveis, o que, convenhamos, não é nada impossível. Vai depender, como eu disse aqui, dos rivais de briga. O Santos já está longe, o Palmeiras pode abrir quatro também. Flamengo e Cruzeiro, quem sabe, serão os adversários mais diretos.
Sobre o Tcheco, é um ótimo jogador, importantíssimo, identificado com o clube, mas tem esse problema recorrente de se EMPUTECER dentro do jogo. Não vai mudar isso com 31 anos. William, de fato, é uma boa opção pra braçadeira.
Abraços a todos.