Redescobrindo o caminho da América
Mais uma vez, o Grêmio cumpriu seu objetivo. Bateu o Santos, rival direto, por 1 a 0. Foi a quarta vitória em cinco jogos, que fecha aquela série considerada decisiva que somente 11 pontos ou mais seriam interessantes se o objetivo fosse a volta à Libertadores. Com a conquista de 12 pontos, a volta ao G-4 acabou mesmo sendo a conseqüência.
A mobilização foi forte para esta partida, encarada por ambas as partes como uma espécie de decisão. O Grêmio começou bem melhor, pressionando o time de Luxemburgo com toques rápidos e objetivos na frente, além da bola aérea. Faltavam duas coisas, duas peças apagadas: Diego Souza e Marcel. Diego foi anulado pelo excelente Maldonado. Sua colocação na meia-esquerda não é de hoje que não deu certo. Para quem não lembra, foi nessa função que ele começou a Libertadores, com atuações apagadas. Depois, na direita, fez o que fez.
O Santos aos poucos foi se impondo, ganhando a grande maioria dos rebotes. Com Diego Souza anulado, o tricolor passou a dispor de poucas opções. Tcheco ia bem, Luciano Marreta se esforçava muito mas era fraco, Bustos apoiava de vez em quando, com certa qualidade. Anderson Pico ficou mais preso, devido ao perigo de Renatinho e aos constantes desarmes que Diego sofria, que armaram alguns contra-golpes do Santos. Mesmo assim, os praianos levaram perigo algumas poucas vezes. Mas terminaram o primeiro tempo melhor.
Mano consolidou no segundo tempo uma idéia que esboçou ao final do primeiro: inverter o posicionamento dos meias. Assim, Tcheco saiu do centro para a direita, e Diego da esquerda para o centro. Isto possibilitou que Bustos tivesse mais agudez ofensiva ao lado do camisa 10, bem como a dupla Pico-Souza no lado canhoto. Foi porém numa jogada toda pessoal de Marcel, como convém a um centroavante trombador, que saiu o golo: a falta foi batida por ele com força, matando Fábio Costa.
Luxemburgo tentou mexer, dispõe de um ótimo reservado para isto. Mas os substitutos não entraram bem: Renatinho produzia pouco, mas era uma dor de cabeça ao tricolor. Marcos Aurélio quase não viu a cor da bola. Tabata e Pedrinho também pouco acrescentaram.
Exceto por um chute de Kléber que Saja fez defesaça, o Santos não levou perigo no segundo tempo. Kléber Pereira só veio a Porto Alegre de corpo presente. Só Maldonado foi bem, além de Alessandro, aplicado na marcação (saiu aplaudido pelos gremistas por sua boa passagem pelo clube em 2005 e 2006). Carlinhos continua sendo uma enganação sem tamanho. Mal no apoio, sofreu para marcar Bustos e o fraco Luciano Marreta.
No mais, o Santos é um bom time, com jogadores de alto nível, e deve se classificar para a Libertadores junto com o Grêmio. A vitória tricolor de hoje alça o clube gaúcho na condição de um dos favoritos a conquistar a vaga: vence todas no Olímpico, bateu adversários diretos e agora pega vários times fracos. A primavera chega à Azenha trazendo um certo perfume de Libertadores.
Em tempo:
- Comentários sobre as atuações de William e Eduardo Costa já tornaram-se enfadonhos e desnecessários.
Campeonato Brasileiro 2007 - 27ª rodada
22/setembro/2007
GRÊMIO 1 x SANTOS 0
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)
Público: 22.832
Renda: R$ 327.725,00
Golo: Marcel 10 do 2º
Cartão amarelo: Anderson Pico, Sandro Goiano, Adaílton, Carlinhos e Kléber
GRÊMIO: Saja (6,5), Bustos (6), Léo (6), William (7) e Anderson Pico (5); Eduardo Costa (6,5), Sandro Goiano (5,5), Tcheco (6) e Diego Souza (5); Luciano Marreta (5) (Danilo Rios, 48 do 2º - sem nota) e Marcel (6,5) (Ramon, 39 do 2º - sem nota). Treinador: Mano Menezes (6,5)
SANTOS: Fábio Costa (5,5), Alessandro (5,5) (Rodrigo Tabata, 22 do 2º - 5), Domingos (5), Adaílton (5) e Carlinhos (4,5); Rodrigo Souto (5,5), Maldonado (6,5), Kléber (5) e Petkovic (5) (Pedrinho, 27 do 2º - 4,5); Renatinho (5,5) (Marcos Aurélio, 22 do 2º - 4,5) e Kléber Pereira (4,5). Treinador: Vanderlei Luxemburgo (5,5)
A mobilização foi forte para esta partida, encarada por ambas as partes como uma espécie de decisão. O Grêmio começou bem melhor, pressionando o time de Luxemburgo com toques rápidos e objetivos na frente, além da bola aérea. Faltavam duas coisas, duas peças apagadas: Diego Souza e Marcel. Diego foi anulado pelo excelente Maldonado. Sua colocação na meia-esquerda não é de hoje que não deu certo. Para quem não lembra, foi nessa função que ele começou a Libertadores, com atuações apagadas. Depois, na direita, fez o que fez.
O Santos aos poucos foi se impondo, ganhando a grande maioria dos rebotes. Com Diego Souza anulado, o tricolor passou a dispor de poucas opções. Tcheco ia bem, Luciano Marreta se esforçava muito mas era fraco, Bustos apoiava de vez em quando, com certa qualidade. Anderson Pico ficou mais preso, devido ao perigo de Renatinho e aos constantes desarmes que Diego sofria, que armaram alguns contra-golpes do Santos. Mesmo assim, os praianos levaram perigo algumas poucas vezes. Mas terminaram o primeiro tempo melhor.
Mano consolidou no segundo tempo uma idéia que esboçou ao final do primeiro: inverter o posicionamento dos meias. Assim, Tcheco saiu do centro para a direita, e Diego da esquerda para o centro. Isto possibilitou que Bustos tivesse mais agudez ofensiva ao lado do camisa 10, bem como a dupla Pico-Souza no lado canhoto. Foi porém numa jogada toda pessoal de Marcel, como convém a um centroavante trombador, que saiu o golo: a falta foi batida por ele com força, matando Fábio Costa.
Luxemburgo tentou mexer, dispõe de um ótimo reservado para isto. Mas os substitutos não entraram bem: Renatinho produzia pouco, mas era uma dor de cabeça ao tricolor. Marcos Aurélio quase não viu a cor da bola. Tabata e Pedrinho também pouco acrescentaram.
Exceto por um chute de Kléber que Saja fez defesaça, o Santos não levou perigo no segundo tempo. Kléber Pereira só veio a Porto Alegre de corpo presente. Só Maldonado foi bem, além de Alessandro, aplicado na marcação (saiu aplaudido pelos gremistas por sua boa passagem pelo clube em 2005 e 2006). Carlinhos continua sendo uma enganação sem tamanho. Mal no apoio, sofreu para marcar Bustos e o fraco Luciano Marreta.
No mais, o Santos é um bom time, com jogadores de alto nível, e deve se classificar para a Libertadores junto com o Grêmio. A vitória tricolor de hoje alça o clube gaúcho na condição de um dos favoritos a conquistar a vaga: vence todas no Olímpico, bateu adversários diretos e agora pega vários times fracos. A primavera chega à Azenha trazendo um certo perfume de Libertadores.
Em tempo:
- Comentários sobre as atuações de William e Eduardo Costa já tornaram-se enfadonhos e desnecessários.
Campeonato Brasileiro 2007 - 27ª rodada
22/setembro/2007
GRÊMIO 1 x SANTOS 0
Local: Olímpico Monumental, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)
Público: 22.832
Renda: R$ 327.725,00
Golo: Marcel 10 do 2º
Cartão amarelo: Anderson Pico, Sandro Goiano, Adaílton, Carlinhos e Kléber
GRÊMIO: Saja (6,5), Bustos (6), Léo (6), William (7) e Anderson Pico (5); Eduardo Costa (6,5), Sandro Goiano (5,5), Tcheco (6) e Diego Souza (5); Luciano Marreta (5) (Danilo Rios, 48 do 2º - sem nota) e Marcel (6,5) (Ramon, 39 do 2º - sem nota). Treinador: Mano Menezes (6,5)
SANTOS: Fábio Costa (5,5), Alessandro (5,5) (Rodrigo Tabata, 22 do 2º - 5), Domingos (5), Adaílton (5) e Carlinhos (4,5); Rodrigo Souto (5,5), Maldonado (6,5), Kléber (5) e Petkovic (5) (Pedrinho, 27 do 2º - 4,5); Renatinho (5,5) (Marcos Aurélio, 22 do 2º - 4,5) e Kléber Pereira (4,5). Treinador: Vanderlei Luxemburgo (5,5)
Foto: Nabor Goulart/AE
Comentários
Marcel sofre falta pela esquerda, perto da área, e pede para cobrar. Fica perto da bola, junto com Bustos.
Um torcedor que estava atrás da gente grita "sai daí, Marcel! tu não sabe cobrar falta! Deixa pra quem sabe!"
30 segundos depois, Marcel cobra a falta, faz o gol e o corneteiro fala: "EU FALEI! EU FALEI!!!"
- LUXEMBURGO, TU TÁ NO MEU CADERNIIIIIIINHO, LUXEMBURGO! NO CA-DER-NIIIIIIII-NHOOOOOOOOOO!!!
F-O-U! Fui!
Sobre o Eduardo Costa, sua comemoração ao final do jogo, pulando nos ombros do Dieguito como se fosse um título, mostra o quanto o Grêmio fez bem em repatriá-lo. Joga demais e é muito gremista. Grande tacada de Pelaipe essa.
O Marreta é fraco, mas impertinente. Deve ser um saco marcá-lo.