Rumo a lugar nenhum
Ontem era dia de vitórias. Se Internacional e Grêmio tivessem condições de disputar a Libertadores, ganhariam ontem. Ano passado, era o tipo de jogo que eles ganhavam na marra. Ou alguém não lembra daquele Fluminense x Grêmio, com o tricolor gaúcho todo desfalcado, levando pressão, e eis que surge Herrera na cobrança de um tiro-de-meta e fez o golo nos descontos? Ou então aquele Inter x Juventude, que o colorado teve dificuldades para furar o bloqueio, mas pressionou o tempo inteiro até Alex fazer um belo golo?
Na Ilha do Retiro, o Grêmio repetiu escandalosamente seu maior problema pós-Libertadores: marcar golos. Não foi exatamente um ressentimento da ausência de Carlos Eduardo, recém-saído; não faltou criação. Faltaram conclusões. Marcel perdeu duas, Diego Souza perdeu outra, e ainda teve uma cabeçada frente a frente que Magrão também defendeu.
O Sport, time mais modesto em valores individuais, conta com dois bons atacantes, Carlinhos Bala e Da Silva. Tem um meia que arma razoavelmente bem, Romerito. Uma zaga mediana, mas que tirou todas de cabeça. E um goleiro que ontem foi muito bem, defendeu quatro bolas por estar bem colocado e por contar, primordialmente, com a ineficiência dos atacantes gremistas.
Assim, o time pernambucano perdeu dois golos tão feitos quanto os do Grêmio no primeiro tempo, mas marcou outros dois por ter melhor aproveitamento no ataque. Saiu à frente em um pênalti inexistente, mas nem disso o tricolor pode reclamar, pois houve chances para reverter a situação e o time não foi capaz de convertê-las. Ao final, uma rosca de Léo que resultou no contra-golpe do 2 a 0.
Só aquela arrancada fulminante coloca o Grêmio na Libertadores. Faremos a projeção pela tarde, mas o tricolor necessita mais 34 pontos em 16 jogos, e, apesar de os adversários não estarem tão distantes na pontuação, o Grêmio é que não tem se ajudado. E quando o próprio time não se ajuda, tudo fica muito mais complicado. A chance da reviravolta é agora, com 4 dos próximos 5 jogos em casa, todos contra adversários diretos. Mas já não tenho mais motivos para crer que isto acontecerá.
Quanto ao Internacional, não comentarei porque não vi a partida. Mas penso que os 4 a 1 são suficientes para explanar bem a situação, que consegue ser ainda inferior à do rival.
Em tempo:
- Mais uma arbitragem falha e com a irritante de mania de não deixar o jogo correr.
Campeonato Brasileiro 2007 - 22ª rodada
29/agosto/2007
SPORT 2 x GRÊMIO 0
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Árbitro: Domingos de Jesus Viana Filho (PA)
Público: 18.444
Golos: Da Silva (pênalti) 43 do 1º; Carlinhos Bala 30 do 2º
Cartão amarelo: Gustavo, Durval, Diogo, Dutra, Bustos, Léo, Anderson Pico, Hidalgo, Eduardo Costa e Sandro Goiano
SPORT: Magrão (8), Igor (6), Gustavo (6,5) e Durval (5,5); Diogo (5,5), Júnior Maranhão (5,5), Rosembrick (6) (Bia, 40 do 2º - sem nota), Romerito (6,5) e Dutra (5,5); Da Silva (6) e Carlinhos Bala (6,5). Treinador: Geninho (6)
GRÊMIO: Saja (6,5), Bustos (4,5) (Patrício, 28 do 2º - 5), Léo (4,5), William (5) e Hidalgo (5); Eduardo Costa (5,5), Sandro Goiano (5), Diego Souza (5), Kelly (4) e Anderson Pico (5,5) (Ramon, intervalo - 5,5); Marcel (4,5) (Tuta, 23 do 2º - 5). Treinador: Mano Menezes (5)
Foto: Aldo Carneiro/Fotocamera/Divulgação
Na Ilha do Retiro, o Grêmio repetiu escandalosamente seu maior problema pós-Libertadores: marcar golos. Não foi exatamente um ressentimento da ausência de Carlos Eduardo, recém-saído; não faltou criação. Faltaram conclusões. Marcel perdeu duas, Diego Souza perdeu outra, e ainda teve uma cabeçada frente a frente que Magrão também defendeu.
O Sport, time mais modesto em valores individuais, conta com dois bons atacantes, Carlinhos Bala e Da Silva. Tem um meia que arma razoavelmente bem, Romerito. Uma zaga mediana, mas que tirou todas de cabeça. E um goleiro que ontem foi muito bem, defendeu quatro bolas por estar bem colocado e por contar, primordialmente, com a ineficiência dos atacantes gremistas.
Assim, o time pernambucano perdeu dois golos tão feitos quanto os do Grêmio no primeiro tempo, mas marcou outros dois por ter melhor aproveitamento no ataque. Saiu à frente em um pênalti inexistente, mas nem disso o tricolor pode reclamar, pois houve chances para reverter a situação e o time não foi capaz de convertê-las. Ao final, uma rosca de Léo que resultou no contra-golpe do 2 a 0.
Só aquela arrancada fulminante coloca o Grêmio na Libertadores. Faremos a projeção pela tarde, mas o tricolor necessita mais 34 pontos em 16 jogos, e, apesar de os adversários não estarem tão distantes na pontuação, o Grêmio é que não tem se ajudado. E quando o próprio time não se ajuda, tudo fica muito mais complicado. A chance da reviravolta é agora, com 4 dos próximos 5 jogos em casa, todos contra adversários diretos. Mas já não tenho mais motivos para crer que isto acontecerá.
Quanto ao Internacional, não comentarei porque não vi a partida. Mas penso que os 4 a 1 são suficientes para explanar bem a situação, que consegue ser ainda inferior à do rival.
Em tempo:
- Mais uma arbitragem falha e com a irritante de mania de não deixar o jogo correr.
Campeonato Brasileiro 2007 - 22ª rodada
29/agosto/2007
SPORT 2 x GRÊMIO 0
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Árbitro: Domingos de Jesus Viana Filho (PA)
Público: 18.444
Golos: Da Silva (pênalti) 43 do 1º; Carlinhos Bala 30 do 2º
Cartão amarelo: Gustavo, Durval, Diogo, Dutra, Bustos, Léo, Anderson Pico, Hidalgo, Eduardo Costa e Sandro Goiano
SPORT: Magrão (8), Igor (6), Gustavo (6,5) e Durval (5,5); Diogo (5,5), Júnior Maranhão (5,5), Rosembrick (6) (Bia, 40 do 2º - sem nota), Romerito (6,5) e Dutra (5,5); Da Silva (6) e Carlinhos Bala (6,5). Treinador: Geninho (6)
GRÊMIO: Saja (6,5), Bustos (4,5) (Patrício, 28 do 2º - 5), Léo (4,5), William (5) e Hidalgo (5); Eduardo Costa (5,5), Sandro Goiano (5), Diego Souza (5), Kelly (4) e Anderson Pico (5,5) (Ramon, intervalo - 5,5); Marcel (4,5) (Tuta, 23 do 2º - 5). Treinador: Mano Menezes (5)
Foto: Aldo Carneiro/Fotocamera/Divulgação
Comentários
Ontem foi brabo de assistir. Atuações ridículas de Bustos, Hidalgo (esse é podre), Eduardo Costa e Marcel. Urge a volta de Gavilán ao time. Com Sandro e Eduardo Costa o meio fica muito pesado, sem agilidade. Meio campo da libertadores já: Gavilán e Sandro.
No mais, mesmo defendendo o peruano (o que, acreditem, não me é confortável), eu concordo. Gavillan no banco é um absurdo, especialmente jogando o que estava jogando antes de ficar na casamata.
Não sou especialista nem fanático, mas a nova onda do imperador, que bem sabemos ser a da dissimulação dos atacantes, está se tornando pífia. A situaçãa está em tal ponto que ontem, quando o juiz corria para a área eu não tinha a menor idéia se ia amarelar o zagueiro gremista ou o ator pernambucano. Quase que pode haver uma nova lei, segundo a qual SEMPRE haverá cartão. Para quem será pouco importa.
Diego Souza, na minha opinião, sumiu em alguns momentos, principalmente no segundo tempo. Sandro, que sempre fui fã e o defendi pra ser titular até mesmo ano passado, por dar estabilidade ao meio-campo, errava passes bisonhos ontem. Anderson Pico é muito instável, e Kelly... Bem, esse aí moveram uma Via Láctea para trazê-lo e simplesmente não corresponde a tudo isso.
Meu maior medo é quanto ao Mano. Ele simplesmente não sabe mais o que fazer. Ontem botou os mesmos homens que colocou no segundo tempo contra o Fluminense. Tá começando a ficar parecido com o Luxemburgo.
E tristemente, a Libertadores fica mais distante...
esse foi o jogo que lembrou claramente o Fortaleza x Grêmio do ano passado, quando tínhamos tudo para chegar em segundo lugar e perdemos por causa de um gol de pênalti.
Para um time rebaixado...
Gosto do Mano Menezes, obviamente. Mas faz muito tempo que não sinto segurança com o time que ele treina. Vocês também não sentem essa sensação?
Só não me falem em fadiga dos metais. Isso é coisa pra ferro-velho.
O que quero dizer é que, mesmo com o time que tínhamos ano passado, sentíamos que tudo poderia acontecer. Como essa derrota pro Fortaleza ou a vitória sobre o Atlético-PR na Arena. Coisas que, se eu apostasse no bolão ano passado, faria 0 pontos pela lógica.
E aí me bate a dúvida: poxa, mas afinal, qual o problema do time?