Hora de mostrar força
O turno encerrou-se para o Grêmio na derrota intragável diante do Corinthians. Foi uma semana de contestações sobre Mano Menezes, de julgamentos e punição de 3 jogos a Tcheco, de uma possível venda de Carlos Eduardo. Seis dias complicados, alguns dos piores do ano na Azenha. Pois bem. Dito isso, temos um Grêmio com 28 pontos, 49% de aproveitamento. Está a 3 da zona da Libertadores, com 1 jogo a mais que o Vasco. Tem chances de alcançar seu objetivo mínimo, portanto. Hoje, o quarto melhor aproveitamento (mínimo necessário para chegar à América) indica 65 pontos de projeção. O Grêmio precisaria ainda de 37, quase dois terços de seus pontos a disputar. Este número deve baixar um pouco, mas dá a dimensão exata da complicação que terá o tricolor. Para alcançar isto, quase todas as rodadas serão fundamentais. Tudo começa por uma vitória sobre o Paraná (14º, 24) hoje, sem Tcheco e com Kelly, ainda com Tuta e sem Marcel, por opção de Mano. Indispensáveis os 3 pontos hoje. Depois, tem de somar no mínimo 2 ou 3 pontos contra Fluminense e Sport fora, e 6 em casa contra os diretíssimos rivais Botafogo e Vasco. Se tudo isso for alcançado, até uma derrota para o Cruzeiro no Mineirão pode ser tolerada (e desde que venham mais 4 pontos contra Inter e Santos, no Olímpico). Projeção alongada, sim, mas são os próximos 35 dias do Grêmio: jogos difíceis contra adversários diretos, a maioria deles em casa. Não há mais como adiar as vitórias. Perder ponto em casa já está proibido. Desde que o norte seja a Libertadores 2008, claro. Para jogar a Sul-Americana, é só manter este aproveitamento atual, beirando 50%. Das duas uma: ou veremos hoje um Grêmio recuperado, que aproveitou bem a semana como foi naquela que antecedeu a virada sobre o Caxias; ou então, um time ainda desencontrado, em decadência, e sem dar sinais de melhora na tabela. Tenho a impressão de que a primeira opção prevalecerá, se não tanto como naquele 20 de abril, em parte, ao menos. O jogo de hoje, portanto, é fundamental, e mais do que poder, precisa ser o marco inicial de um processo de reação do time. Atlético-PR (16º, 22) x Figueirense (15º, 24): dificilmente o Atlético repetirá os 6 a 3 do turno. O Figueirense vem um pouco melhor e o time da Arena apresenta-se como sério candidato ao rebaixamento. Santos (8º, 27) x Sport (10º, 27): o Santos vinha em ascensão, mas levou goleada do Fluminense. Se as pretensões forem de Libertadores, a vitória hoje é obrigatória. Não será fácil, pois o Sport é tinhoso. Um empate hoje cairá bem no estômago pernambucano.
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