Decisão para o Brasil
Muitos dizem não se importar muito com o Ranking da FIFA. Mas ver a seleção brasileira na 14ª colocação, atrás de países como Colômbia e Grécia, sendo a quarta força atual do futebol sul-americano, é grave. É vergonhoso. E, pior ainda, um sinal de que as coisas não andam nada bem.
Muita coisa pesa nesta conta. A não participação nas Eliminatórias é uma delas. Não estou entre os que acham que o Brasil estaria correndo risco de ficar fora da Copa de 2014 se tivesse que disputar a classificação para o torneio. Tudo seria muito diferente. Mano Menezes seria obrigado, na marra, a formar uma equipe que pensasse de forma mais competitiva, como teve de fazer Dunga, entre 2007 e 2009. Por mais que a base esteja sendo mantida nestes últimos dois anos, que vários jogadores convocados sejam os mesmos para que a equipe forme corpe e ganhe em entrosamento, não é a mesma coisa. Disputar um amistoso com a China em Recife é muito diferente de ter que buscar um ponto no Defensores del Chaco contra o Paraguai.
A Copa Roca, ou Superclássico das Américas, qualquer que seja sua denominação, é importantíssima. Não apenas por ser contra a Argentina, mas por ser uma disputa competitiva no deserto de competições que vive o Brasil. A seleção pode encarar como jogo oficial qualquer amistoso, mas seus adversários dificilmente encaram assim estas partidas. Pegar o Brasil é sempre um bom teste para o que realmente importa para as demais seleções - as Eliminatórias para 2014.
Assim, fica fácil concluir que o jogo de hoje vale mais para brasileiros que para argentinos. Os hermanos têm preocupações maiores, como as Eliminatórias. A maioria de seus craques joga no exterior, e este clássico só permite atletas que joguem em clubes de ambos os países. O Brasil não: só se prepara para a Copa das Confederações e para 2014, a maioria de seus titulares joga no Brasil. É um teste competitivo para uma seleção que precisa de testes competitivos. E de vitórias, fundamentalmente.
O jogo de hoje à noite é ótimo para testar o caráter da equipe de Mano Menezes. Enfrentar um caldeirão acanhado, no interior do país vizinho, com uma vantagem pequena obtida no jogo de ida. Não sei se Mano resiste a uma derrota, dependendo de como ela vier. Contestado por quase a totalidade da imprensa e torcedores desde a Copa América de 2011, realizou uma convocação muito criticada na semana passada, que para muitos foi a gota d'água de que seu trabalho na CBF está esgotado. Não está. Mas pode se esgotar hoje à noite.
Já disse aqui, e repito: Mano não vem bem realmente, mas a geração atual não é tão brilhante como outras anteriores e foi jogada aos leões. Não houve nenhum jogador experiente que fizesse a transição do time de 2010 para o que pensa para 2014. Muito porque nomes como Kaká, Robinho e Adriano se tornaram decadentes cedo demais, mas também porque surgiu a estapafúrdia e precipitada ideia de que tudo o que Dunga fez foi ruim. Criou-se um consenso absurdo de que a equipe que jogou o Mundial da África do Sul precisava ser deletada para sempre, em nome do pensamento mágico de que Ganso e Neymar resolveriam tudo sozinhos.
Quem tem pagado esta conta é Mano Menezes, o próprio Neymar e companhia limitada. Por isso o jogo de hoje é tão decisivo para eles.
Muita coisa pesa nesta conta. A não participação nas Eliminatórias é uma delas. Não estou entre os que acham que o Brasil estaria correndo risco de ficar fora da Copa de 2014 se tivesse que disputar a classificação para o torneio. Tudo seria muito diferente. Mano Menezes seria obrigado, na marra, a formar uma equipe que pensasse de forma mais competitiva, como teve de fazer Dunga, entre 2007 e 2009. Por mais que a base esteja sendo mantida nestes últimos dois anos, que vários jogadores convocados sejam os mesmos para que a equipe forme corpe e ganhe em entrosamento, não é a mesma coisa. Disputar um amistoso com a China em Recife é muito diferente de ter que buscar um ponto no Defensores del Chaco contra o Paraguai.
A Copa Roca, ou Superclássico das Américas, qualquer que seja sua denominação, é importantíssima. Não apenas por ser contra a Argentina, mas por ser uma disputa competitiva no deserto de competições que vive o Brasil. A seleção pode encarar como jogo oficial qualquer amistoso, mas seus adversários dificilmente encaram assim estas partidas. Pegar o Brasil é sempre um bom teste para o que realmente importa para as demais seleções - as Eliminatórias para 2014.
Assim, fica fácil concluir que o jogo de hoje vale mais para brasileiros que para argentinos. Os hermanos têm preocupações maiores, como as Eliminatórias. A maioria de seus craques joga no exterior, e este clássico só permite atletas que joguem em clubes de ambos os países. O Brasil não: só se prepara para a Copa das Confederações e para 2014, a maioria de seus titulares joga no Brasil. É um teste competitivo para uma seleção que precisa de testes competitivos. E de vitórias, fundamentalmente.
O jogo de hoje à noite é ótimo para testar o caráter da equipe de Mano Menezes. Enfrentar um caldeirão acanhado, no interior do país vizinho, com uma vantagem pequena obtida no jogo de ida. Não sei se Mano resiste a uma derrota, dependendo de como ela vier. Contestado por quase a totalidade da imprensa e torcedores desde a Copa América de 2011, realizou uma convocação muito criticada na semana passada, que para muitos foi a gota d'água de que seu trabalho na CBF está esgotado. Não está. Mas pode se esgotar hoje à noite.
Já disse aqui, e repito: Mano não vem bem realmente, mas a geração atual não é tão brilhante como outras anteriores e foi jogada aos leões. Não houve nenhum jogador experiente que fizesse a transição do time de 2010 para o que pensa para 2014. Muito porque nomes como Kaká, Robinho e Adriano se tornaram decadentes cedo demais, mas também porque surgiu a estapafúrdia e precipitada ideia de que tudo o que Dunga fez foi ruim. Criou-se um consenso absurdo de que a equipe que jogou o Mundial da África do Sul precisava ser deletada para sempre, em nome do pensamento mágico de que Ganso e Neymar resolveriam tudo sozinhos.
Quem tem pagado esta conta é Mano Menezes, o próprio Neymar e companhia limitada. Por isso o jogo de hoje é tão decisivo para eles.
Comentários
GÊNIO.
(tu, não o Pico)
Seria como se o Osama dissesse: "terrorismo é coisa de meia dúzia de fanáticos pra matar inocentes".
Franke, duvido muito que o Brasil caia na primeira fase da Copa do Mundo. Só a África do Sul, em todas as 19 Copas anteriores, não conseguiu. Mesmo com time rendendo bem menos do que o costume, acho que a seleção chega no mínimo às semifinais em 2014.