Copa 2014: Espanha
Campeã do mundo, bicampeã europeia e dona de estrelas do maior gabarito do futebol mundial, a Espanha tinha tudo para pintar como a maior favorita para o título desta Copa. Não entra por um simples motivo: a derrota ao natural por 3 a 0 para o Brasil na final da Copa das Confederações faz a Fúria entrar sob a desconfiança de todos. A derrota por 1 a 0 para a fraca África do Sul, em novembro, ampliou as dúvidas. A geração envelheceu? Está em decadência?
Talvez a desconfiança e o envelhecimento do time sejam mesmo uma realidade, mas o fato é que não convém tirar a Espanha do rol de favoritas ao título. Desde aquela derrota para o Brasil, a equipe perdeu só um dos nove jogos que disputou até agora, justamente para os sul-africanos, ganhando sete e empatando uma vez. Entre as vitórias, um 1 a 0 sobre a Itália e um magro 2 a 1 sobre Guiné Equatorial. O empate foi um 2 a 2 contra o Chile. Resultados sem brilho, futebol sem brilho, mas ainda assim consistente. E pensando bem: quando a Espanha apresentou jogo exuberante em suas conquistas? Em alguns poucos jogos da Euro 2008, na vitória sobre a Alemanha na semifinal de 2010 e nos 4 a 0 sobre a Itália na decisão de 2012. Poucas vezes. O nível de exigência é que é alto demais.
2014 deve marcar a última Copa de alguns jogadores históricos desta seleção espanhola, como Casillas (32 anos), Xabi Alonso (32) e Xavi (34), mas nomes como Alba (25), Thiago Alcântara (22), Fabregas (26), Martínez (25), Diego Costa (25) e até Iniesta (29) têm no mínimo mais um Mundial pela frente, e muita lenha para queimar. Ou seja: a Espanha é madura, experiente, mas também apresenta renovação. As desconfianças são normais pelos resultados recentes, mas é a primeira vez que a Fúria entra num Mundial com o status de já ter sido campeã. E seleções do rol das campeãs sempre merecem o máximo de respeito.
O CAMINHO
Poucos caminhos são tão complicados quanto o da Espanha. De cara, logo na estreia, a equipe faz a reprise da final de 2010 contra a Holanda. A Austrália é a seleção mais amena da chave, mas a decisão de vaga, contra o forte Chile, promete ser dura. E mais: a Fúria deve evitar a todo custo ser a vice-líder, pois aí a tendência de pegar o Brasil nas oitavas é grande. A campeã será posta à prova desde o primeiro jogo na Copa de 2014.
DESTAQUE
Xavi ainda é o centralizador de tudo o que acontece no time espanhol, mas Iniesta é quem vive tecnicamente a melhor fase neste momento. Suas atuações na última Copa das Confederações, na Euro e pelo Barcelona foram absolutamente brilhantes. Com ele na criação e o oportunista Diego Costa no ataque, a Espanha tem condições de fazer bem mais gols do que os magros 8 tentos que anotou nos 7 jogos da vitoriosa campanha de 2010.
PONTOS FORTES
É uma seleção experiente, que conta com uma geração tecnicamente brilhante e muito vencedora. Possui jogadores tecnicamente impecáveis, e não apenas de toque de bola, mas também de velocidade e bom poder de conclusão. Embora chute pouco a gol e irrite por isso, é um time que apresenta um futebol extremamente pragmático, de pouco brilho ou jogadas desnecessários, usando a alta técnica de seus jogadores em favor de uma mecânica de jogo reconhecidamente vitoriosa. Poucas seleções europeias na história dos Mundiais chegaram a um torneio na América do Sul com tanta condição de quebrarem o tabu e serem campeãs no continente alheio.
PONTOS FRACOS
A mecânica de jogo espanhola, de manutenção de posse de bola e marcação-pressão, já consegue ser contida pelas seleções mais fortes. O Uruguai, na Copa das Confederações, jogou fechado e tomou um baile. A Itália resolveu fazer o oposto e adotar postura semelhante à dos espanhóis: fez um jogo equilibrado, quase empatou na posse de bola e só caiu nos pênaltis. O Brasil fez o mesmo e passeou. O Chile, em amistoso, conseguiu um empate jogando assim. A chave tem duas seleções capazes de repetir o feito - a Holanda e o próprio Chile. Vicente del Bosque terá de achar a fórmula para que sua equipe não fique manjada.
A HISTÓRIA
A mística vencedora do futebol espanhol é recente. Com a Euro de 2008 veio a geração mais vencedora da história do país, ganhando a Copa de 2010 e a Euro 2012. Antes, a equipe só havia chegado às semifinais da Copa do Mundo uma vez, em 1950. A Espanha disputou 13 mundiais, chegando às quartas de final quatro vezes e às oitavas outras quatro. Desde 1978, participa ininterruptamente de todas Copas.
Talvez a desconfiança e o envelhecimento do time sejam mesmo uma realidade, mas o fato é que não convém tirar a Espanha do rol de favoritas ao título. Desde aquela derrota para o Brasil, a equipe perdeu só um dos nove jogos que disputou até agora, justamente para os sul-africanos, ganhando sete e empatando uma vez. Entre as vitórias, um 1 a 0 sobre a Itália e um magro 2 a 1 sobre Guiné Equatorial. O empate foi um 2 a 2 contra o Chile. Resultados sem brilho, futebol sem brilho, mas ainda assim consistente. E pensando bem: quando a Espanha apresentou jogo exuberante em suas conquistas? Em alguns poucos jogos da Euro 2008, na vitória sobre a Alemanha na semifinal de 2010 e nos 4 a 0 sobre a Itália na decisão de 2012. Poucas vezes. O nível de exigência é que é alto demais.
2014 deve marcar a última Copa de alguns jogadores históricos desta seleção espanhola, como Casillas (32 anos), Xabi Alonso (32) e Xavi (34), mas nomes como Alba (25), Thiago Alcântara (22), Fabregas (26), Martínez (25), Diego Costa (25) e até Iniesta (29) têm no mínimo mais um Mundial pela frente, e muita lenha para queimar. Ou seja: a Espanha é madura, experiente, mas também apresenta renovação. As desconfianças são normais pelos resultados recentes, mas é a primeira vez que a Fúria entra num Mundial com o status de já ter sido campeã. E seleções do rol das campeãs sempre merecem o máximo de respeito.
O CAMINHO
Poucos caminhos são tão complicados quanto o da Espanha. De cara, logo na estreia, a equipe faz a reprise da final de 2010 contra a Holanda. A Austrália é a seleção mais amena da chave, mas a decisão de vaga, contra o forte Chile, promete ser dura. E mais: a Fúria deve evitar a todo custo ser a vice-líder, pois aí a tendência de pegar o Brasil nas oitavas é grande. A campeã será posta à prova desde o primeiro jogo na Copa de 2014.
DESTAQUE
Xavi ainda é o centralizador de tudo o que acontece no time espanhol, mas Iniesta é quem vive tecnicamente a melhor fase neste momento. Suas atuações na última Copa das Confederações, na Euro e pelo Barcelona foram absolutamente brilhantes. Com ele na criação e o oportunista Diego Costa no ataque, a Espanha tem condições de fazer bem mais gols do que os magros 8 tentos que anotou nos 7 jogos da vitoriosa campanha de 2010.
PONTOS FORTES
É uma seleção experiente, que conta com uma geração tecnicamente brilhante e muito vencedora. Possui jogadores tecnicamente impecáveis, e não apenas de toque de bola, mas também de velocidade e bom poder de conclusão. Embora chute pouco a gol e irrite por isso, é um time que apresenta um futebol extremamente pragmático, de pouco brilho ou jogadas desnecessários, usando a alta técnica de seus jogadores em favor de uma mecânica de jogo reconhecidamente vitoriosa. Poucas seleções europeias na história dos Mundiais chegaram a um torneio na América do Sul com tanta condição de quebrarem o tabu e serem campeãs no continente alheio.
PONTOS FRACOS
A mecânica de jogo espanhola, de manutenção de posse de bola e marcação-pressão, já consegue ser contida pelas seleções mais fortes. O Uruguai, na Copa das Confederações, jogou fechado e tomou um baile. A Itália resolveu fazer o oposto e adotar postura semelhante à dos espanhóis: fez um jogo equilibrado, quase empatou na posse de bola e só caiu nos pênaltis. O Brasil fez o mesmo e passeou. O Chile, em amistoso, conseguiu um empate jogando assim. A chave tem duas seleções capazes de repetir o feito - a Holanda e o próprio Chile. Vicente del Bosque terá de achar a fórmula para que sua equipe não fique manjada.
A HISTÓRIA
A mística vencedora do futebol espanhol é recente. Com a Euro de 2008 veio a geração mais vencedora da história do país, ganhando a Copa de 2010 e a Euro 2012. Antes, a equipe só havia chegado às semifinais da Copa do Mundo uma vez, em 1950. A Espanha disputou 13 mundiais, chegando às quartas de final quatro vezes e às oitavas outras quatro. Desde 1978, participa ininterruptamente de todas Copas.

Comentários