Maracanazo a perigo

O Uruguai não tem se ajudado nas Eliminatórias, e os adversários não titubeiam. A rodada de ontem, de folga para a Celeste, teve dois resultados péssimos. Em Assunção, o Chile derrotou o Paraguai e abriu 5 pontos de vantagem para os uruguaios, que têm um jogo a menos, mas não bastará vencê-lo para alcançar os chilenos. Vargas, em boa fase no Grêmio, marcou o primeiro na vitória por 2 a 1.

Outro resultado péssimo foi a vitória do Peru sobre o Equador. Os equatorianos estão muito bem encaminhados, de modo que uma vitória sua não faria tanta diferença para a Celeste. Mas o Peru, com o 1 a 0 em casa, entra na briga, e pior: sobe para 14 e ultrapassa o Uruguai, que agora é 7º, só à frente de Bolívia e Paraguai. Por sorte, os bolivianos conseguiram no fim tirar dois pontos preciosos da Venezuela, em La Paz: 1 a 1.

Terça-feira é a grande decisão. O Uruguai vai a Puerto Ordaz precisando desesperadamente vencer a Venezuela. Conseguindo este triunfo, igualaria-se aos venezuelanos com um jogo a menos. O problema é que mesmo a vitória pode não ser suficiente para a Celeste entrar na zona da repescagem, já que agora o Peru é o primeiro da fila. Sorte que os peruanos enfrentarão a favorita Colômbia, em Bogotá.

Os colombianos, por sinal, mostraram toda a sua força ao encararem muito bem a Argentina no Monumental de Nuñez. O 0 a 0, enganoso diante da ótima partida que se viu, impede que os hermanos carimbem a vaga já nesta terça. O compromisso do time de Sabella, agora, é duríssimo: o Equador, em Quito. E os equatorianos precisam de pontos: após perder para o Peru em Lima, já ficaram ao alcance do Chile. Começando a bobear, podem entrar no bolo.

Importantíssimo
Portugal conseguiu uma vitória importantíssima sobre a Rússia. O 1 a 0 dá aos portuguesas a liderança ilusória, pois os russos têm dois jogos e dois pontos a menos. Israel tem um jogo a menos, mas três pontos atrás. O detalhe é que os israelenses ainda enfrentam russos e portugueses fora de casa, enquanto os lusitanos não enfrentarão mais a Rússia. A vitória era fundamental, e encaminhou a classificação portuguesa ao menos para a repescagem.

Emboladíssimo
A zona da Concacaf é a mais equilibrada de todas. Ninguém dispara no hexagonal final. O México está invicto, mas empatou quatro dos cinco jogos já disputados. É o 3º colocado, com um jogo a mais que quase todo mundo. Costa Rica e Estados Unidos venceram, mas a liderança de ambos é apertada, só três pontinhos à frente de Honduras, 5ª colocada, que nem estaria indo para a Copa. Só a Jamaica, com 2 pontos e um jogo a mais que quase todos, parece fora do páreo.

Riveros
Não é primeiro volante, não é o substituto de Fernando, mas é uma ótima contratação. Disputou duas Copas do Mundo, indo muito bem na boa campanha paraguaia de 2010, e pode sim formar com Souza uma boa dupla, ou até mesmo com Adriano. Luxemburgo tem razão quando diz que o conceito de titular e reserva, muito comum aqui no Brasil, precisa ser relativizado. Mas, para que o rodízio funcione, é preciso que o time esteja muito bem acertado. O Grêmio ainda não está, embora o bom início de Brasileiro aponte nesta direção.

Comentários

Franke disse…
Será que a eliminatória sul-americana não seria mais legal com dois grupos de cinco, tal como é na Europa?
Vicente Fonseca disse…
Foi um sistema utilizado em eliminatórias mais antigas. Pelo que vi dos dois, acho que a melhor opção é esta atual mesmo. A América do Sul tem poucos países, e acho que aproveita bem isso fazendo todos jogarem contra todos. São os países que chegam mais testados à Copa, que precisam de mais jogos para se classificarem. O equilíbrio do futebol sul-americano não deixa o torneio ficar chato - fora Argentina e Brasil, que costumam disparar.

Na Europa, é obrigação dividir. O problema que eu acho por lá é que às vezes os grupos são mal divididos. Neste ano, há uma chave com Espanha e França, outras com Bósnia e Grécia, Suíça e Albânia, Croácia e Bélgica.
juca disse…
Pois é, ficou muito injusto colocarem juntos Espanha e França, e praticamente darem de presente uma vaga direta à Suíça, colocando-a junto com Albânia e Finlândia. Colocar Suíça como cabeça de chave é um absurdo, deve ser culpa do tal Ranking FIFA, que coloca o Brasil lá atrás, quando provavelmente a única seleção acima do Brasil seja a Espanha.