Bayern e Barça perto das semifinais

O jogo que tinha tudo para ser o mais equilibrado das quartas de final da Liga dos Campeões foi, na verdade, um massacre. O Bayern München dominou a Juventus completamente, e literalmente desde o início. O gol de Alaba, aos 25 segundos, facilitou as coisas. A Juve teve seus minutos de pressão a seguir, mas logo passou a ser dominada pela velocidade e versatilidade do trio Müller-Robben-Ribery. O 2 a 0 saiu até barato para o time italiano, mas o confronto ainda não está definido. Dificilmente, porém, a equipe de Turim goleará no jogo de volta aquele que tem sido o melhor time europeu desta temporada.

No entanto, apesar da grande atuação, cabem alguns alertas ao Bayern, especialmente no que diz respeito ao setor ofensivo. Mandzukic é um bom centroavante. Embora um degrau abaixo de seus companheiros em termos técnicos, faz bem a parede e é um ótimo pivô. O que falta, mesmo, é o time (não só o croata) concluir melhor as jogadas. Contra o Arsenal, o Bayern massacrou e perdeu por 2 a 0 em casa, quase ficando de fora de forma incrível. Hoje, a equipe novamente abusou dos gols perdidos. Marcou um gol ocasional, em desvio, e outro em impedimento não marcado. A atenuante é que Gigi Buffon era o goleiro do outro lado.

Em Paris, o milionário PSG calçou as sandálias da humildade e se postou com um time inferior ao Barcelona - e a receita para eliminar o Barça é exatamente essa, como provaram a Inter, em 2010, e o Chelsea, no ano passado. O time catalão dominou o jogo, mas não conseguiu a vitória. O 2 a 2, porém, favorece os espanhóis, que decidem a vaga em casa na semana que vem. E se houve erros de arbitragem em Munique, em Paris não foi diferente: Ibrahimovic marcou, impedido, o primeiro gol francês.

Apesar do empate sofrido no último minuto, o Barcelona está mais perto das semifinais do que o PSG. A Liga dos Campeões deste ano, provavelmente, será decidida por dois espanhóis e dois alemães, se Barça e Bayern realmente passarem e Real Madrid e Borussia Dortmund confirmarem o favoritismo diante de Galatasaray e Málaga. Espanha e Alemanha que, por sinal, têm as duas melhores seleções europeias há alguns anos, e com folga para as demais. Não é coincidência.

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