Sofrido, mas necessário

A tarde viu a perda da invencibilidade de 400 minutos do Inter sem sofrer gols, a manutenção da campanha invicta de Fernandão no comando colorado e, enfim, uma boa atuação de Diego Forlán com a camisa rubra. Mesmo sem ter marcado gols nem ter participado de nenhum na vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, o uruguaio foi perigoso em vários momentos. Por ele passavam quase todas as jogadas de ataque do time da casa, especialmente no segundo tempo. Foi uma atuação bem mais participativa.

O primeiro tempo foi uma repetição dos últimos jogos: sem força ofensiva, o Inter ameaçava pouco o adversário fechado. Teve um bom começo, mas logo a marcação da Ponte se impôs, esfriando o jogo. O gol de Cicinho foi quase acidental, tanto pela jogada, como pela circunstância do jogo. Mas serviram para mostrar a Fernandão que há vida sem três volantes. Mesmo muito desfalcado, jogar em casa contra Náutico e Ponte Preta com três jogadores de marcação no meio é um exagero tremendo, que retira agressividade do time.

O Inter mudou no intervalo, voltou mais ofensivo, mas o jogo continuou mais para a Ponte Preta. O gol colorado saiu após uma bola na trave do time paulista. Até então, o time de Fernandão era pura afobação. Mas, aí, a equipe ganhou corpo. Pressionou, criou chances, fez por merecer um gol. Que só veio no fim, com o improvável Mike.

A vitória, mais que importante, era necessária. Fazer dois pontos em casa contra adversários da metade de baixo da tabela seria trágico. O Inter se mantém entre os cinco primeiros, segue coladinho no G-4, e com reforços por chegar (Rafael Moura, Leandro Damião - será que volta?, Dátolo). Quinta-feira tem o Corinthians, aí sim, o maior teste para Fernandão em sua curta e vitoriosa campanha na casamata do Beira-Rio.

INTERNACIONAL (2): Muriel; Nei, Bolívar, Rodrigo Moledo e Kléber (Mike); Ygor (Maurides), Élton, Guiñazu, Fred (Lucas Lima) e Jajá; Forlán.
Técnico: Fernandão
PONTE PRETA (1): Édson Bastos; Gerônimo, Tiago Alves, Gustavo e Uendel (João Paulo); Baraka, Somália, Cicinho e Marcinho (Caio); Rildo (Bruno Nunes) e André Luís.
Técnico: Gílson Kleina
Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre (RS); Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF); Público: 11.147; Renda: R$ 148.835,00; Gols: Cicinho 40 do 1º; Jajá 14 e Mike 46 do 2º; Cartão amarelo: Ygor, Guiñazu, Lucas Lima e Rildo


Comentários

Vine disse…
Fernandão é realmente versátil e sem frescura na hora de mudar o panorama do time, mas começa sempre muito preocupado. Outro erro básico que está cometendo é não vetar a "Lei do atacante único", que vai atrapalhar bastante agora com 2 ótimos jogadores pra jogar ao lado do Forlán... Boa sorte pra ele.

Pra complementar: emocionante essa rodada pros gaúchos sem time, heinhô?