Opção por um atacante

É difícil mexer em time que vai bem, e mais ainda quando não há muitas opções de escalação. Por isso não dá muito para culpar Fernandão por escalar o Internacional num 4-3-2-1 para enfrentar o Náutico, hoje à noite, no Beira-Rio. Por mais que seja jogo em casa, contra um adversário tecnicamente inferior, onde geralmente se pede um time mais ousado.

Uma coisa é certa: com estes jogadores, o 4-3-2-1 é melhor que o 4-4-2. Trocando em miúdos: é melhor ter Jajá mais recuado, como meia, do que formando o ataque com Forlán. Por mais incrível que pareça, jogar como único atacante isola menos o uruguaio do resto do time que ter um falso companheiro a seu lado. Jajá, em Barueri, jogou ao lado de Fred na armação e colaborou com ótimos lançamentos e infiltrações de bola. Contra o Vasco, uma semana antes, foi um dos piores em campo numa função que não sabe realizar. Guiñazu (!) é quem melhor armava jogadas para Forlán.

A partida de hoje, embora a tabela indique o contrário, é complicada. O adversário é traiçoeiro. Apesar de ser um recém-promovido da Série B e eterno io-iô, sempre candidato a subir ou descer de divisão, o Náutico este ano vem fazendo uma campanha um pouco mais encorpada. Tem um time experiente, vem bem nos Aflitos, mas ainda deixa a desejar fora de casa. Perdeu seis de sete jogos como visitante. Qualquer pontinho hoje é bem-vindo.

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