Tropeço cor de vinho

O Uruguai tinha tudo para manter a liderança tranquila das eliminatórias sul-americanas. Fez 1 a 0, com Forlán, mas viu a Venezuela (uma das boas seleções do continente) crescer no segundo tempo. Nos minutos finais, o empate. O 1 a 1 está longe de ser trágico: a Celeste fica no 3º lugar, ultrapassada por Chile e Argentina, mas tem um jogo a menos e pode retomar a ponta se ganhá-lo.

Neste sentido, se foi ruim perder a ponta, a goleada da Argentina por 4 a 0 sobre o Equador foi positiva por serem os equatorianos rivais dos uruguaios na briga por uma vaga na Copa, que é o que interessa, afinal de contas. Grande atuação da equipe de Sabella, aliás. O quarteto Di María, Messi, Agüero e Higuaín esteve imparável.

O Chile, por sua vez, fez 2 a 0 na fraca Bolívia e já se posta entre os primeiros.

Pés no chão
Sem imediatismo nem terra arrasada. O Brasil vinha melhorando, mas ainda carece de conjunto. É um processo complicado. A derrota por 2 a 0 para o México não foi um resultado atípico - os mexicanos jogaram em Dallas, praticamente em casa. Faz parte do processo de crescimento de qualquer equipe. Não há sentido em questionar acertos de jogos anteriores, como Oscar e Marcelo, por exemplo.

Um dos jogadores mais interessantes, novamente, foi Hulk - um dos únicos que teve vitória pessoal, quase sempre na base da força física. É quem vem merecendo a titularidade ao lado de Neymar. Leandro Damião não tem conseguido render à altura. Mano Menezes faria bem retirando o centroavante colorado do time e recheando um pouco mais a meia-cancha. Daria mais consistência a um setor que vem precisando e faria os atacantes baterem menos cabeça.

Atrás, Marcelo é um acerto - jogou muito bem, apesar da derrota. Falta, ainda, definir o companheiro de Thiago Silva. Dedé, do Vasco, seria a melhor opção - mesmo sendo além da idade olímpica, afinal, qual o problema de preencher uma das três vagas com um zagueiro, já que é uma deficiência do time? Juan, que cometeu o pênalti hoje, nem no Inter conseguiu se firmar.

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