8 a 6

Ontem pintou o favorito ao título da Libertadores. Só não sabemos se foi em Santos ou Santiago.

Na Vila Belmiro, o golaço espetacular de Elano logo no comecinho minou as chances do Bolívar, que já eram pequenas, apesar da vitória em La Paz. Dos oito gols, simplesmente sete foram em jogadas trabalhadas, um índice absurdo. Neymar fez de tudo, até passe de costas. Um placar que iguala os 9 a 1 aplicados no Cerro Porteño em 1962, maior goleada do Peixe na história da competição. E uma atuação que lembra os tempos de Pelé, protagonista daquele jogo.

Em Santiago, a Universidad de Chile mostrou sua força para aqueles que dela duvidavam após os 4 a 1 sofridos em Quito. Em 35 minutos, La U já fazia os 3 a 0 suficientes para eliminar os equatorianos. No fim das contas, foi um clássico três vira, seis acaba. Um show, de um timaço. Não se enganem com a história de que eles estão enfraquecidos porque perderam Vargas, Canales e outros. A base é a mesma, e é fortíssima.

A possibilidade de uma final entre esses dois grandes times existe, pela tabela. Claro: há Fluminense, Corinthians, Vasco, Boca Juniors e Vélez Sarsfield (além do Libertad), grandes times, que podem fazer excelentes finais também. E se não for possível o confronto Peixe x La U na Libertadores, lembrem-se: a Recopa deste ano é entre eles. De todo modo, esse jogo histórico vai ocorrer.

Para as quartas de final, a Universidad de Chile é favorita diante do Libertad. Santos e Corinthians têm favoritismo leve diante de Vélez e Vasco. Já Fluminense x Boca é completamente imprevisível.


Copa do Brasil
Diante de um bom público de 26 mil torcedores, o São Paulo levou um susto ao sofrer um golaço de Somália no começo do jogo, mas reuniu forças e fez os 3 a 1 necessários para eliminar a Ponte Preta. Cresce o Tricolor Paulista, que é favoritíssimo diante do Goiás. Tivesse sido eliminado e o caminho do Grêmio teria se aberto consideravelmente rumo ao título. Hoje, na Copa do Brasil, o São Paulo é o único com melhor elenco que o time de Luxemburgo.

O Grêmio enfrentará o Bahia, primeiro em Salvador, depois no Olímpico, exatamente como em 1989, nas quartas de final. É mais time, embora seja confronto perigoso e equilibrado, por ser entre equipes da primeira divisão. O vencedor pega Palmeiras ou Atlético/PR, outro jogo interessante. Daí sai um finalista. Do outro lado, o São Paulo é o mais cotado para chegar à grande final, mesmo que o Coritiba seja um bom time. O Coxa, claro, ainda tem que passar pelo Vitória, outra pedreira, antes de pensar no time de Emerson Leão nas semifinais.


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